sábado, 30 de janeiro de 2016

Pesquisa mostra que 64% dos americanos irão cancelar viagens a áreas afetadas pelo zika
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa do Google Consumer
VEJA
Mãe segura filho que nasceu com microcefalia, no hospital IMIP em RecifeMãe segura filho que nasceu com microcefalia, no hospital IMIP em Recife(Ueslei Marcelino/Reuters)
Uma pesquisa realizada pela empresa de gestão de risco de viagens On Call International constatou que 64% dos entrevistados americanos iriam cancelar sua viagem a países afetados pelo vírus zika. Os resultados têm como base uma pesquisa do Google Consumer com 1.934 consumidores nos Estados Unidos com 18 anos ou mais.
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa. O vírus zika transmitido por mosquito está presente em 23 países e territórios nas Américas. Brasil, o país mais atingido, relatou em torno de 4.000 casos da malformação congênita devastadora chamada microcefalia, que têm forte suspeita de estar relacionado com o zika.
Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de um mês antes de visitar um país afetado pelo zika devem adiar seus planos de viagem para evitar a infecção, afirmou o chefe da área médica da On Call Internacional, Robert Wheeler, em comunicado.
Ásia - Os governos da Ásia emitiram alertas em uma tentativa de conter o avanço do zika, que rapidamente se espalha pela América Latina. Japão, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Austrália, Índia, Hong Kong e Vietnã estão entre as regiões que emitiram avisos para a população, principalmente mulheres grávidas. No Japão, o Ministério de Relações Exteriores pediu para que mulheres evitem viajar durante a gravidez para o Brasil e outros países afetados.
O governo também sugeriu para todos os viajantes o uso de roupas de mangas compridas e calças, repelentes e que evitem deixar baldes ou outros recipientes que possam acumular água, além de relatar às instituições médicas sobre o aparecimento de sintomas. As autoridades de saúde também pediram testes de pacientes suspeitos que voltarem de áreas afetadas.
Na Coreia do Sul, além do aviso para que mulheres grávidas evitem a região da América Central e do Sul, o governo irá multar médicos que não avisarem imediatamente as autoridades sobre pacientes infectados ou com sintomas. O Ministério de Saúde e Bem-Estar também incluiu o zika vírus entre as doenças infecciosas com ameaça para a saúde. Austrália, Malásia, Camboja, Hong Kong e Índia alertam a população a informar as autoridades sobre sintomas e pedem para que mulheres grávidas adiem viagens.

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