segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Cardozo vai para a AGU, e um aliado de Wagner (Lula) assume a Justiça
Para o lugar do petista vai o promotor de Justiça Wellington César Lima e Silva, do Ministério Público da Bahia. Ele foi procurador-geral de Justiça do Estado entre 2010 e 2014
Reinaldo Azevedo - VEJA
À diferença do que se especulou, José Eduardo Cardozo não está sendo espirrado do governo pelos petistas, mas é fato que o lulismo está comemorando.
Dilma resolveu deslocar Cardozo para outro cargo estratégico. Migra do Ministério da Justiça para a Advocacia-Geral da União. Bem, finalmente ele abandona a sua posição de juiz do jogo — é o papel reservado a um ministro da Justiça, desde que exerça com honestidade intelectual o seu papel — e passa para a de zagueiro. Nota: Cardozo sempre foi um falso juiz.
Sim, ele vai receber menos petardos na Advocacia-Geral do que no ministério. Dilma, assim, mantém no governo um dos petistas que lhe são fiéis, coloca-o numa área que é vital, sim, para tentar se defender das várias ameaças que existem contra o seu mandato e ainda o preserva do fogo amigo dos petistas.
Com a saída de Cardozo, o lulismo toma para si o Ministério da Justiça. Que implicações isso terá? Logo veremos.
Para o lugar de Cardozo vai o promotor de Justiça Wellington César Lima e Silva, do Ministério Público da Bahia. Ele foi procurador-geral de Justiça do Estado entre 2010 e 2014 e é ligado a Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, que, por sua vez, obedece no governo às ordens de Lula, não de Dilma.
A Polícia Federal é administrativamente subordinada ao Ministério da Justiça, mas tem autonomia funcional. Em princípio, um ministro não mete a mão lá, mas sabem como é…
Bem, já que era para botar um aliado de Wagner — e, pois, do lulo-petismo —, melhor que seja alguém do Ministério Público, ainda que estadual. Parece evidente que se tenta abrir um, digamos, “diálogo” com a força-tarefa de Curitiba.
Dilma está se preparando para dias ainda mais difíceis.

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