quinta-feira, 31 de março de 2016

A presidente que erra até contas que se aprendem no jardim da infância merece ser cassada por insuficiência mental
Augusto Nunes - VEJA
“Eu acredito que sou talvez a única governante que tenha tido várias vezes as contas vistas e revistas, porque comigo não basta aprovar uma vez”, desandou Dilma Rousseff na discurseira para um grupo de artistas e intelectuais que aplaudem a presidente com muito mais frequência do que são aplaudidos por plateias minguantes. “É necessário talvez aprovar duas ou três, o que é bastante interessante, é uma matemática política muito, mas muito estranha”.
A presença do talvez nas duas frases informa que até o neurônio solitário anda duvidando das coisas que diz. Mas os dependentes da bolsa-cultura crê no que for necessário para garantir a mesada. A turma acredita, por exemplo, que a aplicação de normas constitucionais regulamentadas pelo Supremo Tribunal Federal é golpe. Errado. Mas acerta ao berrar que não vai ter golpe. O que vai ter é impeachment. Ou cassação da chapa que se manteve no poder pendurada num estelionato eleitoral. Isso sim é golpe.
As contas de Dilma nunca foram vistas e revistas: foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. Há outras, ainda devassadas pela Operação Lava Jato. A república de Curitiba limita-se a somar, diminuir, multiplicar, dividir — os verbos de sempre. “Matemática política” é a inventada pelos campeões de pedaladas fiscais criminosas. “Muito estranha” é a aritmética que transforma prejuízo em lucro, roubo em superávit, débito em crédito e menos em mais.
Mais estranho ainda é constatar que o Brasil é presidido por uma nulidade incapaz de fazer contas de jardim de infância. Revejam o vídeo famoso. Quem acha que 13 menos 4 é igual a sete merece ser cassada por insuficiência mental.

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