quinta-feira, 31 de março de 2016

UE discute como reforçar a segurança nos 800 aeroportos do bloco
Na quinta-feira, países europeus debaterão algumas medidas radicais, como a colocação de detectores de metais fora dos terminais dos aeroportos
VEJA
Imagens publicadas por Ralf Usbeck, passageiro que estava em um terminal do Aeroporto de Zaventem, mostra uma nuvem de fumaça após as explosões - 22/03/2016Imagens publicadas por Ralf Usbeck, passageiro que estava em um terminal do Aeroporto de Zaventem durante os atentados da semana passado, mostra uma nuvem de fumaça após as explosões - 22/03/2016(Ralph Usbeck/AP)
O Comitê de Segurança Aérea da União Europeia (AVSEC, na sigla em Inglês) se reunirá nessa quinta-feira em Bruxelas para discutir formas de reforçar a segurança de 800 aeroportos em todo o bloco. Algumas das medidas que serão discutidas são bastante radicais, como o controle da parte de fora dos edifícios e até mesmo a instalação de detectores de metais e explosivos nos portões exteriores dos terminais.
Participarão da reunião as agências de segurança aeronáutica das 28 nações do bloco, a AVSEC e a Comissão Europeia. O encontro foi motivado pelo ataque ao aeroporto de Zaventem em Bruxelas na semana passada.
A AVSEC pretende se inspirar em aeroportos fora da Europa, como o de Moscou e Tel Aviv. Em Moscou, guardas registram os passageiros na entrada do aeroporto e suas bagagens devem passar por detectores de metal antes de entrar no prédio. O aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, supostamente um dos mais seguros no mundo, também é um exemplo a seguir.
Contudo, o Comitê admite que os 800 aeroportos da União Europeia são muito diferentes, alguns gigantes com dezenas de milhões de passageiros por ano, enquanto outros tem apenas dezenas de milhares. O nível de risco enfrentado em cada um deles também difere muito.
Cautela - Bruxelas teme que os aeroportos onde as novas medidas de segurança serão implantadas sejam vistos pelos passageiros como locais mais sujeitos a ataques terroristas e recebam um fluxo menor de viajantes. O braço executivo da UE também quer agir com cautela para evitar uma reação exagerada ou pânico entre os cidadãos.

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