Anna Bahr - NYT
O frenesi para colocar as crianças na elite das pré-escolas de Nova
York é bem documentado. Os pais suam, negociam e subornam para colocar
seus filhos de 4 anos nos programas pré-escolares de prestígio. As
crianças pequenas fazem testes de aptidão e participam em grupos de
atividades supervisionados para provar seu potencial.
Sim, essas
escolas privadas oferecem recursos notáveis. O número de alunos por
professor é excelente. O corpo docente em muitos casos possui diplomas
acadêmicos avançados. Mais importante, muitos dos programas
pré-escolares são uma porta para escolas de ensino fundamental e médio
igualmente respeitáveis.
Outras coisas contribuem para a mania da pré-escola. Há as vantagens sociais menos facilmente quantificáveis: ser anfitrião dos filhos dos mais ricos e poderosos da cidade pode fornecer acesso ao ar rarefeito respirado pela elite de Nova York.
Acima de tudo, há a crença implícita de que um programa pré-escolar de qualidade garante uma passo à frente na batalha de quase 14 anos para ingressar nas faculdades mais competitivas do país.
Se entrar para a faculdade exige um diploma do ensino médio, entrar em
uma faculdade de elite (ou ao menos é a crença) é facilitado por um
diploma de ensino médio de elite.
Em Nova York, esses colégios de elite existem em duas categorias: públicos e privados.
O Stuyvesant High School e o Riverdale Country School enviam porções comparáveis de seus formandos para faculdades de elite. Um é gratuito e o outro custa US$ 43.600 por ano. Qual é a atração? Por que os pais estão submetendo seus filhos de 3 anos a "vestibulares"?
Uma resposta: certeza. Todas os nove colégios públicos especializados de prestígio começam na 9ª série. Não há uma rota de entrada antecipada. Mas por um preço, os país ansiosos podem assegurar um lugar para seus filhos em um dos principais colégios particulares da cidade antes mesmo de aprenderem a ler.
E apesar da competição para assegurar um lugar em um programa pré-escolar público ser feroz (cerca de dois terços dos estimados 41 mil candidatos conseguiram vaga para o próximo ano letivo), a disputa é ainda pior entre os candidatos para as escolas particulares.
As escolas particulares de elite de Nova York costumam se manter em silêncio sobre suas estatísticas de admissão. Mas em 2011, a Trinity, uma das escolas mais competitivas da cidade, revelou que a taxa de aceitação para sua pré-escola para crianças sem qualquer conexão familiar (irmãos já matriculados, pais que são ex-alunos ou membros do corpo docente) foi de 2,4%, uma taxa de admissão mais baixa que a geral de Harvard.
A Horace Mann, uma escola preparatória de elite, oferece educação ainda mais precoce. As crianças podem ser matriculadas em sua creche ao preço anual de US$ 41.150 por horário integral. Os alunos podem passar para o jardim, pré-primário e além sem a necessidade de se recandidatarem.
A educação infantil da Riverdale Country School, a mais cara das pré-escolas particulares de Nova York, tem um preço anual de US$ 43.600 e aceita 16 alunos na creche, com 44 adicionais aceitos no jardim de infância. Riverdale aceita duas vezes mais alunos, mas com disponibilidade limitada, aceitando novas matrículas na sexta série (15 novas vagas) e nona série (65).
A admissão se baseia em múltiplos fatores: potencial acadêmico da criança, se a criança é apta à escola e, em alguns casos, testes padronizados. Mas a capacidade de pagar também importa. Apenas 16% das matrículas da Horace Mann no ano letivo de 2013-2014, por exemplo, receberam ajuda financeira para o valor anual de US$ 41.150. Trata-se de um pacote médio de ajuda de US$ 30 mil – uma contribuição imensa por parte da escola, mas ainda US$ 11 mil aquém do preço integral de um ano no jardim de infância.
Os critérios de admissão nos colégios públicos especializados de Nova York são muito mais simples. A Stuyvesant High School, Brooklyn Latin School e a Bronx School of Science admitem crianças com base exclusivamente na nota do Teste de Admissão em Colégios Especializados. O estudante que é um violoncelista prodigioso, mas terrível nas provas, não tem chance.
Neste ano, cerca de 3,4% de 28 mil adolescentes que realizaram o teste conquistaram vagas na Stuyvesant (apenas uma chance 1% maior do que conseguir uma vaga na pré-escola do Trinity em 2011 sem alguma conexão familiar), e cerca de 20% foram admitidos em um dos oito colégios especializados que baseiam suas vagas nas notas do Teste de Admissão em Colégios Especializados (uma chance oito vezes maior do que entrar na pré-escola do Trinity em 2011).
O Teste de Admissão em Colégios Especializados visa medir alta capacidade acadêmica, mas alguns críticos acreditam que mede a preparação – o conhecimento de um teste específico – não a inteligência. Isso pode significar que a prova favorece aqueles que podem bancar professores particulares e cursos que melhorarão suas chances de sucesso.
Aulas para o Teste de Admissão em Colégios Especializados podem custar às famílias cerca de US$ 5 mil, o preço de 32 horas de aulas particulares da Kaplan, a empresa de preparação para vestibulares. Isso é muito dinheiro, mas 14 anos de ensino privado custam 120 vezes mais.
Resumindo, se seu filho ou filha obtiver uma nota alta o suficiente no teste de admissão para conquistar uma vaga em Stuyvesant, as chances dele ou dela de frequentar uma universidade da Ivy League (as oito universidade privadas do Nordeste dos Estados Unidos) são comparáveis ou melhores do que às das crianças que passaram toda sua educação pré-escolar em Riverdale ou Trinity. E os pais da escola pública economizaram centenas de milhares de dólares.
E quanto aos alunos matriculados em uma escola pública comum? Não há estatísticas agregadas disponíveis para a taxa de admissão nas universidades da Ivy League de alunos provenientes de colégios não especializados de Nova York, mas é seguro dizer que é baixa, dado que apenas 38,4% dos estudantes colegiais de Nova York que se formaram em 2013 foram considerados aptos para a faculdade ou uma carreira, segundo as estatísticas de prontidão universitária compiladas pelo Departamento de Educação do Estado de Nova York.
Como seus filho de 3 anos está se saindo naquelas tabelas de multiplicação?
Tradutor: George El Khouri Andolfato
Outras coisas contribuem para a mania da pré-escola. Há as vantagens sociais menos facilmente quantificáveis: ser anfitrião dos filhos dos mais ricos e poderosos da cidade pode fornecer acesso ao ar rarefeito respirado pela elite de Nova York.
Acima de tudo, há a crença implícita de que um programa pré-escolar de qualidade garante uma passo à frente na batalha de quase 14 anos para ingressar nas faculdades mais competitivas do país.
"Universidade dos sonhos" tem cinema, sala de jogos e massagem nos EUA
Os
estudantes da Universidade de High Point, na Carolina do Norte, têm uma
experiência universitária bem diferente da maioria dos alunos de outras
instituições. No campus, eles têm cinema, sala de jogos e até um
caminhão de sorvete. Tudo isso de graça para os estudantes da
universidade. As informações são do site "Daily Mail". Reprodução/Daily Mail
Em Nova York, esses colégios de elite existem em duas categorias: públicos e privados.
O Stuyvesant High School e o Riverdale Country School enviam porções comparáveis de seus formandos para faculdades de elite. Um é gratuito e o outro custa US$ 43.600 por ano. Qual é a atração? Por que os pais estão submetendo seus filhos de 3 anos a "vestibulares"?
Uma resposta: certeza. Todas os nove colégios públicos especializados de prestígio começam na 9ª série. Não há uma rota de entrada antecipada. Mas por um preço, os país ansiosos podem assegurar um lugar para seus filhos em um dos principais colégios particulares da cidade antes mesmo de aprenderem a ler.
E apesar da competição para assegurar um lugar em um programa pré-escolar público ser feroz (cerca de dois terços dos estimados 41 mil candidatos conseguiram vaga para o próximo ano letivo), a disputa é ainda pior entre os candidatos para as escolas particulares.
As escolas particulares de elite de Nova York costumam se manter em silêncio sobre suas estatísticas de admissão. Mas em 2011, a Trinity, uma das escolas mais competitivas da cidade, revelou que a taxa de aceitação para sua pré-escola para crianças sem qualquer conexão familiar (irmãos já matriculados, pais que são ex-alunos ou membros do corpo docente) foi de 2,4%, uma taxa de admissão mais baixa que a geral de Harvard.
A Horace Mann, uma escola preparatória de elite, oferece educação ainda mais precoce. As crianças podem ser matriculadas em sua creche ao preço anual de US$ 41.150 por horário integral. Os alunos podem passar para o jardim, pré-primário e além sem a necessidade de se recandidatarem.
A educação infantil da Riverdale Country School, a mais cara das pré-escolas particulares de Nova York, tem um preço anual de US$ 43.600 e aceita 16 alunos na creche, com 44 adicionais aceitos no jardim de infância. Riverdale aceita duas vezes mais alunos, mas com disponibilidade limitada, aceitando novas matrículas na sexta série (15 novas vagas) e nona série (65).
A admissão se baseia em múltiplos fatores: potencial acadêmico da criança, se a criança é apta à escola e, em alguns casos, testes padronizados. Mas a capacidade de pagar também importa. Apenas 16% das matrículas da Horace Mann no ano letivo de 2013-2014, por exemplo, receberam ajuda financeira para o valor anual de US$ 41.150. Trata-se de um pacote médio de ajuda de US$ 30 mil – uma contribuição imensa por parte da escola, mas ainda US$ 11 mil aquém do preço integral de um ano no jardim de infância.
Os critérios de admissão nos colégios públicos especializados de Nova York são muito mais simples. A Stuyvesant High School, Brooklyn Latin School e a Bronx School of Science admitem crianças com base exclusivamente na nota do Teste de Admissão em Colégios Especializados. O estudante que é um violoncelista prodigioso, mas terrível nas provas, não tem chance.
Neste ano, cerca de 3,4% de 28 mil adolescentes que realizaram o teste conquistaram vagas na Stuyvesant (apenas uma chance 1% maior do que conseguir uma vaga na pré-escola do Trinity em 2011 sem alguma conexão familiar), e cerca de 20% foram admitidos em um dos oito colégios especializados que baseiam suas vagas nas notas do Teste de Admissão em Colégios Especializados (uma chance oito vezes maior do que entrar na pré-escola do Trinity em 2011).
O Teste de Admissão em Colégios Especializados visa medir alta capacidade acadêmica, mas alguns críticos acreditam que mede a preparação – o conhecimento de um teste específico – não a inteligência. Isso pode significar que a prova favorece aqueles que podem bancar professores particulares e cursos que melhorarão suas chances de sucesso.
Aulas para o Teste de Admissão em Colégios Especializados podem custar às famílias cerca de US$ 5 mil, o preço de 32 horas de aulas particulares da Kaplan, a empresa de preparação para vestibulares. Isso é muito dinheiro, mas 14 anos de ensino privado custam 120 vezes mais.
Resumindo, se seu filho ou filha obtiver uma nota alta o suficiente no teste de admissão para conquistar uma vaga em Stuyvesant, as chances dele ou dela de frequentar uma universidade da Ivy League (as oito universidade privadas do Nordeste dos Estados Unidos) são comparáveis ou melhores do que às das crianças que passaram toda sua educação pré-escolar em Riverdale ou Trinity. E os pais da escola pública economizaram centenas de milhares de dólares.
E quanto aos alunos matriculados em uma escola pública comum? Não há estatísticas agregadas disponíveis para a taxa de admissão nas universidades da Ivy League de alunos provenientes de colégios não especializados de Nova York, mas é seguro dizer que é baixa, dado que apenas 38,4% dos estudantes colegiais de Nova York que se formaram em 2013 foram considerados aptos para a faculdade ou uma carreira, segundo as estatísticas de prontidão universitária compiladas pelo Departamento de Educação do Estado de Nova York.
Como seus filho de 3 anos está se saindo naquelas tabelas de multiplicação?
Tradutor: George El Khouri Andolfato
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