ONU impõe sanções a transportadora norte-coreana que carregava armas de Cuba
Embarcação foi
interceptada no ano passado no Panamá. A punição foi imposta devido à
violação do embargo imposto ao regime de Kim Jong-un
VEJA
Um ano após uma embarcação norte-coreana
ser interceptada no Panamá com armamentos soviéticos provenientes de
Cuba e escondidos embaixo de sacos de açúcar, um comitê do Conselho de
Segurança da ONU impôs nesta terça-feira as primeiras sanções sobre o
caso. O alvo foi a empresa de transporte norte-coreana Ocean Maritime
Management Company Ltd., que tem sede em Pyongyang. A companhia fica
impedida de funcionar fora do país por ter violado o embargo mundial de
armamentos imposto à Coreia do Norte devido ao seu programa nuclear. O
comitê determinou ainda que os países membros da ONU congelem os bens da
transportadora, informou o jornal espanhol El País.
A embaixadora americana na ONU, Samantha Power, acusou Coreia do
Norte e Cuba de terem feito uma “tentativa cínica e ilegal de evitar as
sanções da ONU que proíbem a exportação de armas” ao regime de Kim
Jong-un.
A embarcação norte-coreana foi descoberta após autoridades panamenhas
desconfiarem do transporte de drogas. O navio foi vasculhado e, sob
toneladas de açúcar, foram encontrados os armamentos. O governo cubano
tentou explicar a situação dizendo que o material era “obsoleto”, de uso defensivo, e passaria por uma manutenção na Coreia do Norte para depois ser devolvido.
Pyongyang também tentou argumentar, dizendo que o contrato firmado com a ditadura dos irmãos Castro era “legítimo”.
Após serem investigadas por especialistas do Conselho de Segurança da
ONU, as armas foram postas sob custódia da polícia panamenha. Já o
açúcar que era transportado pela embarcação permanece em celeiros do
Ministério do Desenvolvimento Agropecuário do Panamá, localizados na
zona central do país.
Dos 35 tripulantes detidos inicialmente pelas autoridades panamenhas, 32 foram liberados
no início deste ano. O capitão, um oficial e o comissário político da
embarcação foram libertados este mês, depois que a Justiça panamenha
decidir que eles não haviam cometido nenhum crime no país. Os três
oficiais viajaram para Cuba, segundo o El País.
A embarcação norte-coreana também rumou para um porto cubano, em
maio, depois do pagamento de uma multa de 693.000 dólares imposta pela
Autoridade do Canal do Panamá pela tentativa de cruzar a via
interoceânica sem declarar o carregamento de armas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário