quarta-feira, 7 de junho de 2017

Ofensiva sobre homens de Temer fortalece no Congresso o discurso de que há ‘caça à política’
Painel - FSP
Cadeira elétrica A ofensiva do Judiciário sobre nomes próximos a Michel Temer fortaleceu discurso de seus aliados no Congresso de que há uma caçada à política. Esse grupo diz que é improvável que, caso o presidente caia, um par escolhido em eleição indireta consiga se manter no cargo em cenário tão radicalizado. Lembram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), favorito em eventual disputa, é alvo de três inquéritos e questionam em quanto tempo ele se tornaria foco de uma denúncia.
Beco sem saída As dúvidas sobre a viabilidade de um nome eleito indiretamente ajudam Temer, mas não solucionam seu problema. Deputados e senadores admitem que, ainda que a Câmara barre denúncia da PGR contra o presidente, há expectativa de novas delações que poderiam comprometê-lo.
Fez fila Ninguém aposta que Rodrigo Rocha Loures, preso no sábado (3), resista muito tempo em silêncio. Além disso, Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha e do PMDB na Caixa Econômica Federal, já apresentou um roteiro do que pode entregar aos investigadores.
Sem fim Há ainda a expectativa de um acirramento maior de ânimos no Judiciário, com base em relatos até este momento inéditos que estão nas delações da JBS e da Odebrecht envolvendo integrantes de cortes superiores.
Cavalo de Troia Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem em mãos mandado de segurança para levar ao Supremo assim que o pedido de explicações a Edson Fachin sobre sua relação com um lobista da JBS for aprovado na Câmara.
Terapia de grupo Às vésperas do julgamento no TSE, ministros da corte conversaram sobre as “pressões de todos os lados”. Napoleão Nunes Filho comentou com colegas que sentia forte peso. Disse ter vontade de resolver de uma vez a ação.
Unidos Nesta terça (6), PT e PMDB concordavam em um ponto: o placar. Apostavam em cinco a dois pela absolvição da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Você amanhã Senadores do PT dizem que não pouparão Aécio Neves (PSDB-MG) no Conselho de Ética da Casa, mas também não vão tripudiar sobre o mineiro. Temem que, com a aliança PMDB-PSDB, haja retaliação caso os ânimos se exaltem.
Entre eles Se sobreviver até setembro, Michel Temer deu sinais de que escolherá o próximo procurador-geral da República entre os oito nomes que se candidataram ao cargo e, neste momento, disputam a preferência dos colegas da carreira.
Trânsito livre Preso nesta terça-feira (6), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves frequentou o Planalto pelo menos até a semana passada. Na quinta (1), ele esteve no gabinete de Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
Grisalhos Sob pressão, Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB, reuniu ministros e parlamentares do partido. Metade da bancada da Câmara defende que os tucanos deixem o governo mesmo que o TSE absolva Temer.
Boca fechada Durante a reunião, parlamentares reclamaram da forma como Aécio Neves (PSDB-MG) se referiu à ação no TSE em conversa grampeada por Joesley Batista. Na ocasião, o mineiro disse que tomou a iniciativa para “encher o saco do PT”.

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