sexta-feira, 30 de junho de 2017

Olho vivo e faro fino
Congresso atua em janela de oportunidade no cotidiano da crise 
Dora Kramer - VEJA 
De olho em Michel Temer, presidente tão afeito a falácias quanto seus antecessores Dilma Rousseff e Luiz Inácio da Silva (os três prestes a serem transferidos do cenário político para o elenco de réus na Justiça), o país corre o risco de contratar pesada conta a pagar caso não apure o faro para o que se engendra no Congresso para além da interdição da denúncia por corrupção passiva contra o presidente. O cotidiano da crise põe Temer como protagonista, no centro da cena. Inevitável e indispensável. Mas, em nome da precisão de foco não se pode perder a vigilância.
A pretexto de dar continuidade à reforma política, parlamentares engendram a criação de um fundo público no valor de R$ 3,5 bilhões para financiar campanhas eleitorais em 2018. Sete partidos (PMDB, PSDB, DEM, PSB, PP, PR e PSD) já fecharam um acordo de esforço concentrado para aprovar a criação do fundo. Em tese, a reforma é necessária para corrigir defeitos do sistema partidário-político-eleitoral. Na prática está sendo usada para transferir ao público o ônus do financiamento.

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