Após sancionar visto a americanos, Maduro anuncia prisão de supostos espiões
Presidente venezuelano concentra esforços em combater o que considera uma tentativa de golpe pelos EUA
Em pé de guerra com o que afirma ser uma tentativa de golpe
dos EUA, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na noite
deste sábado a detenção de um número não especificado de cidadãos
americanos, que ele acusou de espionagem. Segundo Maduro, eles tentavam
aliciar pessoas em diferentes regiões do país para desestabilizar o
governo. No mesmo dia, o presidente já havia anunciado a obrigatoriedade
de vistos para americanos, temendo “interferências inadequadas”.
O Globo
Maduro na comemoração de 26 anos do 'Caracazo', tido como marco inicial da incursão política de Hugo Chávez - Palacio Miraflores / REUTERS
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Capturamos alguns cidadãos americanos em atividades sigilosas de
espionagem, tentando aliciar pessoas em cidades ao longo da costa —
anunciou.
Um dos detidos é um piloto, que ele diz ter sido capturado no estado de Táchira com vários documentos.
No sábado, Maduro também anunciou a redução do número de
funcionários na embaixada americana e o veto a entrada de autoridades do
país como o ex-presidente George W. Bush e o senador Bob Menendez.
Neste sábado, o presidente venezuelano estabeleceu um
sistema de visto obrigatório para todo cidadão americano que visite a
Venezuela. Segundo Maduro, trata-se de um mecanismo de controle para
impedir interferências dos Estados Unidos. O presidente determinou,
ainda, a revisão e a redução do corpo diplomático de Washington em
Caracas.- Para proteger o nosso país, decidi implantar um sistema de
visto obrigatório para todo americano que ingressar na Venezuela —
disse Maduro durante uma manifestação de simpatizantes chavistas.
Já um grupo de missionários evangélicos americanos foi solto
após quatro dias detidos na cidade de Ocumare de la Costa. O governo
não se pronunciou sobre possíveis motivos para a detenção.
Em plena crise econômica, o governo de Maduro tem endurecido
o cerco contra empresários e a oposição. Casos de violência policial
têm sido registrados com frequência em protestos desde a prisão do
prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma.
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