A base de apoio do PT é uma casquinha da aparências na superfície de uma sociedade em vias de explodir.
Parem de ser hipócritas: defender “as instituições” contra o povo que as constituiu é traição. A vontade popular é clara e indisfarçável: Fora Dilma, Fora PT, Fora o Foro de São Paulo!
Interrompo
temporariamente as considerações teóricas da série “Ilusões
democráticas” para analisar brevemente o atual estado de coisas.
A
premissa básica para se chegar a compreender a presente situação
política do Brasil é a seguinte: o PT não subiu ao poder para implantar o
comunismo no Brasil, mas para salvar da extinção o movimento comunista
na América Latina e preparar o terreno para uma futura tomada do
continente inteiro pelo comunismo internacional.
É
fácil comprovar isso pelas atas das assembléias do Foro de São Paulo, o
qual foi fundado justamente para a realização desse plano.
Na
operação, o Brasil exerceria não somente a função de centro decisório e
estratégico, mas o de provedor de recursos para os governos e
movimentos comunistas falidos.
No
décimo-quinto aniversário do Foro, em 2015, o comando das FARC, Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia, reconheceu em documento oficial que
a fundação desse organismo pelo PT havia pura e simplesmente salvado da
extinção o comunismo latino-americano, debilitado e minguante desde a
queda do regime soviético.
Para
a consecução do plano, era necessário que o PT no governo prosseguisse
na aplicação firme e constante da estratégia gramsciana da “ocupação de
espaços” e da “revolução cultural”, aliando-se, ao mesmo tempo, a
grandes grupos econômicos que pudessem subsidiar e consolidar, pouco
importando se por meios lícitos ou ilícitos, a instrumentalização
partidária do Estado, o controle da classe política, a supressão de toda
oposição ideológica possível e a injeção de dinheiro salvador em vários
regimes e movimentos comunistas moribundos.
Basta
isso para explicar por que o então presidente Lula pôde ser, numa mesma
semana, homenageado no Fórum Social Mundial pela sua fidelidade ao
comunismo e no Fórum Econômico de Davos pela sua adesão ao capitalismo,
tornando-se assim o enigmático homem de duas cabeças que os “verdadeiros
crentes” da direita acusavam de comunista e os da esquerda de vendido
ao capitalismo. Mas as duas cabeças, no fundo, pensavam em harmonia: a
confusão ideológica só podia favorecer aqueles que, por trás dos
discursos eslogans, tinham um plano de longo prazo e a determinação de trocar de máscara quantas vezes fosse necessário para realizá-lo.
O plano era bom, em teoria, mas os estrategistas iluminados do comunopetismo se esqueceram de alguns detalhes:
1.
Dominando a estrutura inteira do Estado em vez de se contentar com o
Executivo, o partido se transformou no próprio “estamento burocrático”
que antes ele jurava combater. Já expliquei isso em artigo anterior (v. http://www.olavodecarvalho. org/semana/150611dc.html).
2.
O apoio dos grandes grupos econômicos o descaracterizava ainda mais
como “partido dos pobres” e o identificava cada vez mais com a elite
privilegiada que ele dizia odiar.
3.
O uso maciço das propinas e desvios de verbas como instrumentos de
controle da classe política tornava o partido ainda mais cínico, egoísta
e desonesto do que essa elite jamais tivera a ousadia de ser. O PT
tornou-se a imagem por excelência da elite criminosa e exploradora.
4.
O PT havia sido, na década de 90, a força mais ativa nas campanhas que
sensibilizaram o povo para o fenômeno da corrupção entre os políticos.
Ele criou assim a atmosfera de revolta e até a linguagem do discurso de
acusação que haveriam de fazer dele próprio, no devido tempo, o mais
odioso dos réus.
5.
A “revolução cultural”, a “ocupação de espaços” e a instrumentalição do
Estado deram ao PT os meios de fazer uma “revolução por cima”, mas o
deixaram desprovido de toda base popular autêntica. Ao longo dos anos,
pesquisas atrás de pesquisas demonstravam que o povo brasileiro
continuava acentuadamente conservador, odiando com todas as suas forças
as políticas abortistas e a “ideologia de gênero” que o partido
comungava gostosamente com a elite financeira e com o “proletariado
intelectual” das universidades e do show business. Desprovidas as
massas de todo meio de expressar-se na mídia e de canais partidários
para fazer valer a sua opinião, no coração do povo foi crescendo uma
revolta surda, inaudível nas altas esferas, que mais cedo ou mais tarde
teria de acabar eclodindo à plena luz do dia, como de fato veio a
acontecer, surpreendendo e abalando a elite petista ao ponto de
despertar nela as reações mais desesperadas e semiloucas, desde a
afetação grotesca de tranqüilidade olímpica até a fanfarronada do apelo
às “armas” seguido de trêmulas desculpas esfarrapadas.
A
convergência de todos os fatores produziu um resultado que só pessoas
de inteligência precária como os nossos congresistas, os nossos
cientistas políticos e os nossos analistas midiáticos não conseguiriam
prever: quando a mídia pressionada pelas redes sociais e pela pletora de
denúncias judiciais desistiu de continuar acobertando os crimes do PT
(voltarei a isto em artigo próximo), a revolta contra o esquema
comunopetista tomou as ruas, nas maiores manifestações de protesto de
toda a nossa História e, mesmo fora dos dias de passeata, continuou se
expressando por toda parte sob a forma de vaias e panelaços, obrigando
os falsos ídolos a esconder-se em casa, sem poder mostrar suas caras nem
mesmo nos restaurantes.
As pesquisas mostram que o apoio popular ao PT é hoje de somente um por cento, já que seis dos famosos sete consideram o governo apenas “regular”, isto é, tolerável.
Como
é possível que um partido assim desprezado, odiado e achincalhado pela
maioria ostensiva da população continue se achando no direito de
governar e habilitado a salvar o país mediante desculpinhas grotescas
que, à acusação de crimes, respondem com uma confissão de “erros”?
Em que se funda o poder que o PT, acuado e desmoralizado, continua a desfrutar? Esse poder funda-se em apenas quatro coisas:
1. O apoio da oligarquia cúmplice.
2.
A militância subsidiada, cada vez mais escassa, incapaz de mobilizar-se
sem o estímulo dos sanduíches de mortadela, dos cinqüenta reais e do
transporte em ônibus, tudo pago com dinheiro público.
3.
O apoio externos, não só do governo Obama, dos organismos
internacionais e de alguns velhos partidos da esquerda européia, mas
sobretudo do Foro de São Paulo, já articulado para mover guerra ao
Brasil em caso de destituição do PT.
4.
Uma militância estudantil , também decrescente, que tudo fará pelas
grandes causas idealísticas que a animam: drogas e camisinhas para
todos, operações transex pagas pelo governo, banheiros unissex, liberdade de fazer sexo em público no campus, reconhecimento do sexo grupal como “nova modalidade de família” etc. etc.
A base de apoio do PT é uma casquinha da aparências na superfície de uma sociedade em vias de explodir.
O
único fator que realmente mantém esse partido no poder é o temor servil
com que as forças ditas “de oposição” encaram uma possível crise de
governabilidade e, sob a desculpa da “legalidade”, e da “normalidade
democrática”, insistem em dar ao comunopetismo uma sobrevida artificial,
encarregando a classe política de ajudá-lo a respirar com aparelhos ou
pelo menos a matá-lo só aos pouquinhos, de maneira discreta e indolor.
Mas que legalidade é essa? Por favor, leiam:
Constituição
Federal, Título I, Art. V, parágrafo único: “Todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.”
Será que o “diretamente” não vale mais? Foi suprimido? Os representantes eleitos adquiriram o direito de decidir tudo por si, contra a vontade expressa do povo que os elegeu? Só eles, e não o povo, representam agora a “ordem democrática”? Senhores deputados, senadores, generais e importantões em geral : Quem meteu nas suas cabeças que a ordem constitucional é personificada só pelos representantes e não, muito acima deles, por quem os elegeu? Parem se ser hipócritas: defender “as instituições” contra o povo que as constituiu é traição. A vontade popular é clara e indisfarçável: Fora Dilma, Fora PT, Fora o Foro de São Paulo! Contra a vontade popular, a presidente, seus ministros o Congresso inteiro e o comando das Forças Armadas não têm autoridade nenhuma. Se vocês não querem fazer a vontade do povo, saiam do caminho e deixem que ele a faça por si.
Será que o “diretamente” não vale mais? Foi suprimido? Os representantes eleitos adquiriram o direito de decidir tudo por si, contra a vontade expressa do povo que os elegeu? Só eles, e não o povo, representam agora a “ordem democrática”? Senhores deputados, senadores, generais e importantões em geral : Quem meteu nas suas cabeças que a ordem constitucional é personificada só pelos representantes e não, muito acima deles, por quem os elegeu? Parem se ser hipócritas: defender “as instituições” contra o povo que as constituiu é traição. A vontade popular é clara e indisfarçável: Fora Dilma, Fora PT, Fora o Foro de São Paulo! Contra a vontade popular, a presidente, seus ministros o Congresso inteiro e o comando das Forças Armadas não têm autoridade nenhuma. Se vocês não querem fazer a vontade do povo, saiam do caminho e deixem que ele a faça por si.
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