Rodrigo Constantino
É uma terrível “coincidência”: toda “manifestação” organizada pela esquerda termina em pancadaria, pichação, depredação e reação da polícia, que precisa jogar bombas de efeito moral para conter a barbárie. Quem leu Por trás da máscara, de Flavio Morgenstern, sabe muito bem que não é coincidência coisa alguma, mas sim planejamento. Ao ler as notícias nos jornais, porém, nunca se saberia disso. Vejam por exemplo como o Globo reportou o ocorrido:
A manifestação organizada por artistas contra o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), entre outras bandeiras, terminou com a Polícia Militar disparando bombas de efeito moral e spray de pimenta na Cinelândia, no Centro do Rio.
Enquanto
os artistas seguravam faixas na escadaria da Câmara de Vereadores, um
grupo com camisas pretas se posicionou atrás. Depois, quando a maior
parte dos artistas já havia ido embora, e a manifestação perdia força,
os black blocs colocaram as máscaras e picharam “Fora Temer” na parte
externa do Palácio Pedro Ernesto. Os policiais, então, expulsaram os
manifestantes com bombas de efeito moral e spray de pimenta, e houve
correria na praça.
[…]
O movimento foi capitaneado pelo #342 agora, liderado pela produtora Paula Lavigne, e tem a participação de outros grupos.
[…]
A
manifestação foi convocada pelas redes sociais com o título
“Inaceitável”, uma forma de reunir as diversas bandeiras elencadas pelos
participantes. Além da classe artística, há representantes de outros
setores da sociedade civil no ato.
— Voltamos
de uma turnê de dois anos na época da votação da primeira denúncia e
vimos que a situação do país era inaceitável. Com certeza (é o pior
momento desde o fim da ditadura). Existe uma onda reacionária que chegou
com força — afirma Paula.
[…] A Polícia Militar do Rio não faz estimativa de público em manifestações.
Pela narrativa do jornal, temos que
artistas indignados com a falta de ética na política (e onde estavam
durante os 13 anos de PT???) organizaram uma manifestação popular (qual
exatamente o público presente?), e que depois da saída dos artistas,
um grupo de black blocs mascarados, “do nada”, apareceu para quebrar as
coisas e acabou produzindo uma “reação violenta” da polícia “fascista”.
Eis a versão “progressista”.
Agora vamos aos fatos: um bando
de vagabundos pendurados nas tetas estatais da Lei Rouanet e defensores
do PT e do PSOL hibernou por 13 anos, sem ver o mensalão, o petrolão, a
destruição das estatais, da economia. Quando Dilma sofreu um
impeachment constitucional, seu vice Michel Temer assumiu, lembrando que
foram os petistas que votaram nele.
Como Temer, por senso de sobrevivência,
teve que fazer alguns cortes e as fontes dos artistas deu uma secada,
houve um despertar ético imediato, e vivemos hoje o “pior momento desde a
ditadura”, isso num país em que teve o PT quase destruindo a
democracia, perseguindo jornalistas, aparelhando a máquina estatal e
tentando levar o Brasil no rumo da Venezuela.
A turminha convocou as “massas”, mas
claro que só compareceram os desocupados de sempre, ou os “mortadelas”.
As manifestações esquerdistas têm sido um fracasso total de público, mas
os artistas ainda se julgam representantes do povo, enquanto as
manifestações pelo impeachment, que colocaram milhões nas ruas, foram
obra da “elite golpista”.
Como falta gente, sobra violência para
chamar a atenção, e porque a esquerda adora violência, e sabe que pode
contar com a conivência da “imprensa golpista” em sua narrativa. Os
black blocs, portanto, são convocados como parte do esquema.
Quem tem dúvida da ligação entre eles, do apoio que esses artistas dão
aos vagabundos criminosos, basta refrescar a memória:
Mas não pegaria bem o Globo, repleto
desses artistas, dono do Projaquistão, relatar a verdade. Os leitores
poderiam concluir, cruzes!, que os artistas desejavam a
pancadaria, a violência, a “repressão” policial, para justamente poder
bancar a vítima da “ditadura” uma vez mais. 1968 foi o ano que ainda não
terminou para essa galerinha. Venezuela com milicianos do governo
matando estudantes nas ruas é democracia; polícia brasileira reagindo a
vândalos mascarados e armados é ditadura.
Depois a hashtag #CaetanoPedófilo se
torna top trend no Twitter brasileiro e os artistas não sabem o motivo,
ficam perplexos, acusando o “fascismo” e a “intolerância” dessa “elite” –
ou seja, o povo brasileiro. Saiam já dessa bolha “progressista”, gente!
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