segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pequenas Epifanias II

Tá. Admito que pisquei. Mas, logo que abri os olhos, lá estava ela: sentada no sofá. Voltada para mim. E ainda continuava a sorrir. Perguntei o motivo, e ela tão somente levantou a taça, com o vinho da cor rubi mais intenso, daqueles rubis saídos das mil e uma noites. Servi-lhe noz pecã e o sal dos seus lábios carrego aqui, comigo, na minha boca. Beijei-lhe, talvez. Não sei se é possível beijar uma ninfa. Pouco me importa. Talvez nem vivo eu esteja, portanto dane-se. Mas o sal dos seus lábios carrego comigo. Isso eu sei.

Nenhum comentário: