Vinícius Torres Freire - FSP
No ano passado, o consumo de eletricidade caiu 2,1%. No apagão de 2001,
baixou 7,9%. Nos dois casos, é possível dar um desconto, pois nesses
dois anos uma parte menor da redução do consumo foi, por assim dizer,
razoável. Gastava-se energia à toa em 2001, com equipamentos
ineficientes ou até descaso, por exemplo. Em 2013 e 2014, a energia
estava barata demais, devido à mágica demagógica do governo.
Nos 12 meses até novembro de 2015, o consumo de combustíveis baixava 1,6% em relação ao ano anterior. O consumo de gasolina caía 6,8%. De diesel, 4,4%. O aumento forte do consumo de etanol evitou queda maior no setor.
O caso mais deprimente de depressão elétrica é o da indústria. O consumo caiu 5,3% em 2015. Desde que Dilma Rousseff assumiu, o consumo de eletricidade da indústria baixou 5,5%. Ruim? Desde 2011, a produção da indústria baixou uns 11%. As fábricas estão produzindo no mesmo nível de 2005, se tanto. É mais que uma década perdida.
A lambança que o governo fez na energia ajudou a arrebentar a economia brasileira.
O governo, em especial o de Dilma Rousseff, tirou todos os preços do lugar. "Preço fora do lugar" e "errado" podem parecer expressões inócuas. Não são.
Preços errados ajudaram a arruinar a Petrobras e a indústria do álcool. Ajudaram a aumentar a dívida do governo, que subsidiava (bancava parte) o preço artificialmente baixo da energia elétrica. Desorganizaram vários mercados, ao dar indicações erradas de onde investir e do que comprar, além de causar desordem financeira e jurídica enorme no setor elétrico. O reajuste violento e surpreendente (para a maioria) do preço da energia ajudou a derrubar a confiança e o poder de consumo.
Sim, há e houve choques externos no custo da energia, como seca no Brasil e variações violentas do preço do petróleo. Porém, se as empresas estivessem mais arrumadas e se a Petrobras pudesse cuidar da vida, fosse mais livre de maluquices estatais, haveria como se ajustar de modo menos catastrófica a essas variações violentas do mercado.
Não se sabe muito bem qual é o padrão de consumo de energia. Além de a economia estar se ajustando aos preços corrigidos, não se sabe o que será da estrutura produtiva brasileira depois desta recessão horrenda.
A depender quais setores sobrarem mais inteiros, o consumo pode mudar. É improvável que o consumo residencial cresça tão rapidamente como nos anos 2004-2014, quando houve grande expansão do serviço de eletricidade (Luz para Todos, entre outros fatores) e de consumo de eletrodomésticos, devido à alta da renda.
O país ficou muito desconjuntado.
Nos 12 meses até novembro de 2015, o consumo de combustíveis baixava 1,6% em relação ao ano anterior. O consumo de gasolina caía 6,8%. De diesel, 4,4%. O aumento forte do consumo de etanol evitou queda maior no setor.
O caso mais deprimente de depressão elétrica é o da indústria. O consumo caiu 5,3% em 2015. Desde que Dilma Rousseff assumiu, o consumo de eletricidade da indústria baixou 5,5%. Ruim? Desde 2011, a produção da indústria baixou uns 11%. As fábricas estão produzindo no mesmo nível de 2005, se tanto. É mais que uma década perdida.
A lambança que o governo fez na energia ajudou a arrebentar a economia brasileira.
O governo, em especial o de Dilma Rousseff, tirou todos os preços do lugar. "Preço fora do lugar" e "errado" podem parecer expressões inócuas. Não são.
Preços errados ajudaram a arruinar a Petrobras e a indústria do álcool. Ajudaram a aumentar a dívida do governo, que subsidiava (bancava parte) o preço artificialmente baixo da energia elétrica. Desorganizaram vários mercados, ao dar indicações erradas de onde investir e do que comprar, além de causar desordem financeira e jurídica enorme no setor elétrico. O reajuste violento e surpreendente (para a maioria) do preço da energia ajudou a derrubar a confiança e o poder de consumo.
Sim, há e houve choques externos no custo da energia, como seca no Brasil e variações violentas do preço do petróleo. Porém, se as empresas estivessem mais arrumadas e se a Petrobras pudesse cuidar da vida, fosse mais livre de maluquices estatais, haveria como se ajustar de modo menos catastrófica a essas variações violentas do mercado.
Não se sabe muito bem qual é o padrão de consumo de energia. Além de a economia estar se ajustando aos preços corrigidos, não se sabe o que será da estrutura produtiva brasileira depois desta recessão horrenda.
A depender quais setores sobrarem mais inteiros, o consumo pode mudar. É improvável que o consumo residencial cresça tão rapidamente como nos anos 2004-2014, quando houve grande expansão do serviço de eletricidade (Luz para Todos, entre outros fatores) e de consumo de eletrodomésticos, devido à alta da renda.
O país ficou muito desconjuntado.
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