STF vê sinal de guerra em pedido de deputados para que Fachin explique relação com lobista
Nervos expostos A decisão de aliados de Michel
Temer de protocolar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um
pedido de explicações do ministro Edson Fachin sobre sua relação com
Ricardo Saud, lobista e delator da JBS, foi recebida no Supremo como
sinal de guerra aberta. Integrantes da corte veem a iniciativa como uma
tentativa de intimidação. Há quem aconselhe o STF a sinalizar que a
ofensiva dos deputados da base do presidente pode ser vista como
“coação” — um crime, portanto.
Sintoma Fachin não tem, porém, a solidariedade de
todo o colegiado. Há uma ala do STF que acusa o ministro de excesso de
individualismo e inexperiência. Esse grupo lembra que Teori Zavascki,
que foi relator da Lava Jato, comunicava o plenário a respeito de
decisões polêmicas.
Tão só Fachin reclama de isolamento e dos reparos
que sofre dentro e fora do Supremo. Queixa-se dos ataques e,
especialmente, da falta de defesa. O clima na corte anda pesado, com
ministros trocando farpas nos bastidores.
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