André - http://www.andreassibarreto.org/
- O filme da Mulher Maravilha, cercado por polêmicas, foi, em meu modesto ver, o melhor de uma trilogia imaginária (Homem de Aço, Batman vs Superman).
- Evidente que, por se tratar de uma heroína mulher, muitos querem emplacar a narrativa de que o filme seria "feminista", fato negado por sua diretorA.
Embora a narrativa possa até ser relida como uma espécie de feminismo
soft, não há nada explícito que garanta isso, especialmente nos atos da
própria Mulher Maravilha, que não re rebela contra o "mundo dos homens"
de maneira odienta em momento algum (e, é claro, trabalha para derrubar o
Deus da Guerra que age por meio, também, de uma mulher "empoderada",
uma cientista brilhante).
- Muitas justiceiras sociais sequer tentarão emplacar a ideia que o
filme foi feminista por causa da belíssima Gal Gadot. Ela cometeu um
pecado imperdoável pra essa gente seletiva na defesa das minorias:
nasceu em Israel e serviu no exército de seu país, cumprindo a obrigação
de qualquer cidadão. Além, é claro, de não ter dado mostras de ser
feminista.
- Ares, o Deus da Guerra, pode ter sido considerado um vilão meia bomba
por alguns. Mas talvez essa seja parte da ideia, para ilustrar que o mal
nem sempre aparece nas suas expressões mais carrancudas (Ludendorff),
às vezes, as expressões mais carrancudas são a segunda mão do mal
disfarçado de alguma forma mais light, e COM UM DISCURSO PACIFISTA. Uma
possível leitura a ser feita aqui é que Ares se vende como as principais
peças de propaganda globalistas (ONU, UNESCO, União Europeia etc):
pacíficos na casca, belicosos na essência. Prometendo e supostamente
fomentando a paz para a plateia, mas germinando a guerra por trás das
cortinas para, depois, vender-se como solução para o caos por eles
próprios criados demandando mais e mais poder.
- As diversas referências simbólicas ao cristianismo, presentes nos outros filmes da trilogia seguem presentes em Mulher Maravilha (http://catholicexchange.com/lady-real-wonder-woman).
- A crítica está, nesse filme, entre dois pontos que não sabe qual
aderir: investir na ideia do filme ser feminista, a contragosto da
diretora e mentir descaradamente (não é tão difícil e muita gente
tentou), falar mal do filme e revelar seu antissemitismo - uma cadela
sempre à espreita pronta para latir -. ou reconhecer que o filme é bom, a
despeito dos fatos anteriores.
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