sexta-feira, 21 de julho de 2017

Meirelles antecipou a Maia que governo aumentaria imposto para conter crise fiscal
Painel - FSP 
Quem avisa amigo é Um dia antes de anunciar publicamente que haveria aumento de imposto sobre o preço da gasolina, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dar uma prévia da notícia. Meirelles traçou um longo panorama sobre a gravidade da crise fiscal para justificar a medida e pedir apoio ao remédio amargo que seria aplicado pelo governo. Deu certo. Não houve reação contrária e os dois estreitaram ainda mais as relações.
Siga-me Na conversa, Maia municiou Meirelles com informações de bastidores do Congresso. Deixou explícito que não há clima para aprovar uma política de reonerações. A dica levou a Fazenda a refazer seus cálculos, já que contava com o fim de desonerações ao menos a partir de janeiro do ano que vem.
Linha direta Meirelles e Maia se aproximaram nos últimos meses. Em dez dias, o ministro teve dois encontros privados com o deputado.
Chega disso Aliados mais próximos de Maia agora desestimulam enfaticamente qualquer especulação sobre uma eventual ascensão dele ao Planalto. A ordem é pôr um fim nas fofocas sobre uma articulação para enfraquecer o presidente Michel Temer.
Sentiu saudades? Numa reação à decisão do governo Temer de dobrar a alíquota de PIS/Cofins que incide sobre o preço dos combustíveis, a Fiesp vai ressuscitar o pato inflável. A alegoria de cinco metros amanhecerá nesta sexta-feira (21), na avenida Paulista.
Eu voltei! A medida irritou o presidente da entidade, Paulo Skaf, um dos principais aliados de Temer e nome do PMDB para a disputa do governo de São Paulo. O pato da Fiesp virou um símbolo da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Pisando em ovos Em reunião com sindicalistas nesta quinta (20), o presidente Michel Temer sinalizou que só enviará a medida provisória da reforma trabalhista ao Congresso depois que sua denúncia for votada na Câmara.
Onde pega Temer indicou que está disposto a incluir na MP uma forma de auxílio financeiro às centrais, mas teme rebelião no Congresso. Recebeu recados de que os deputados não vão tolerar a criação de uma compensação ao fim do imposto sindical.
Vai que cola… Na tentativa de protagonizar outra pauta que não a acusação de corrupção passiva feita por Rodrigo Janot, o Planalto vai centrar fogo na reorganização da base para votar a reforma da Previdência, e decidiu desencorajar os que pregam o fatiamento da proposta — fortemente impopular.

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