sábado, 1 de julho de 2017

O absurdo silêncio brasileiro sobre a última da CNN
Lucas Berlanza - Instituto Liberal
Em tempos de denúncia de Janot contra Temer, investida do PGR contra lei da terceirização, processos sendo retirados de Moro ou tesoureiros petistas sendo inocentados, há muito que falar sobre o Brasil. Como certamente voltarei ao assunto do cenário nacional, que é preocupante, deixo isso para depois. Por ora, quero chamar atenção para um absurdo. Na verdade, uma imperdoável ausência.
A CNN – aquela mesma que o presidente americano Donald Trump chamara “fake News” – publicou uma notícia dando conta de que estariam sendo investigadas ligações indevidas entre funcionários do Republicano e um fundo de financiamento russo. Trata-se de mais um capítulo da série de textos e abordagens midiáticas trazendo insinuações desse tipo de relação espúria.
A novidade é o que ocorreu a seguir. O autor do artigo, Thomas Frank, o membro da equipe de edição Eric Lichtblau, e o responsável do grupo investigador, Lex Haris, se demitiram da CNN. O motivo? A emissora retirou o texto do ar por, segundo ela, não cumprir os requisitos técnicos de confiabilidade para ser publicado.
A CNN havia acolhido uma matéria sem fundamento, uma “fake news”, em suma, dando significado ainda mais explícito às acusações que o mandatário americano lhe fizera, e que ainda são vistas por alguns mais afobados como investidas censoras. Trump, é claro, fez mais um de seus “tweets”, tripudiando: “pegaram de surpresa o falso meio CNN, mas o que acontecerá com NBC, CBS e ABC?”.
A notícia chegou ao nosso conhecimento acompanhada de um vídeo impactante, que você pode conferir abaixo: o grupo Project Veritas exibiu recentemente um documentário sobre a questão das “fake News”, chamado American Pravda. Em trecho traduzido oportunamente pelo brilhante canal Tradutores de Direita, um produtor da CNN, John Bonifield, diz claramente que a base das acusações sobre relações entre Trump e Rússia é pífia e que a CNN insiste na exploração do assunto apenas por interesse na audiência conquistada pelo escândalo junto ao seu público de esquerda. Diz claramente ainda que, se a questão fosse com Obama, haveria outro tratamento, pois seu público não gostaria (!). Então, as “terríveis evidências”, dignas de um “impeachment”, não seriam nada, já que o presidente seria o bom moço Democrata.

O vídeo é estarrecedor. Por si só, a notícia sobre os jornalistas seria relevante o suficiente para ganhar destaque no espaço internacional de noticiários brasileiros como os da Rede Globo, sempre prontos a alardear qualquer acontecimento ou suspeita que possa soar prejudicial ao mandato de Trump. No entanto, essa é a minha pergunta: cadê?
Jornal Nacional? G1? Nada. Um mísero nada. Nem uma medíocre notinha. Alguém está surpreso? O que leva o Jornalismo brasileiro a servir de propaganda para a esquerda americana? Por que são tão escancaradamente seletivos? Nem sequer se envergonham disso! Será que precisamos de uma versão brasileira do American Pravda? Sou a favor!

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