quinta-feira, 20 de julho de 2017

Cunha faz nova reunião com a PGR nesta semana para tentar fechar sua delação premiada
Painel - FSP 
Roleta russa Advogados do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fazem nesta semana uma nova rodada de negociações com a Procuradoria-Geral da República na tentativa de selar um acordo de delação para o peemedebista. Os investigadores têm jogado duro com Cunha. Na última reunião, disseram que o material era insuficiente e nem sequer ficaram com os anexos. Preso, ele reorganizou o arsenal, que tem foco no presidente Michel Temer e seus principais aliados no Planalto, para dar novo tiro.
A fila anda A pedra no caminho de Eduardo Cunha tem nome e sobrenome: Lúcio Funaro. Logo no início das conversas a PGR avisou que só fecharia um acordo: ou o do peemedebista ou o de seu operador. Os procuradores têm alardeado que Funaro conseguiu juntar mais elementos contra Temer.
Lá vem flecha A expectativa é que a delação de Funaro seja homologada logo após o Supremo voltar do recesso do Judiciário, em agosto. As revelações do doleiro teriam potencial para desarranjar o apoio político a Temer no Congresso.
Conselho de amigo Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), beneficiário imediato de um afastamento de Temer, dizem que a situação entre o carioca e o peemedebista, hoje, está melhor do que há uma semana. Recomendam, porém, atenção diária à relação.
Elas por elas O grupo próximo a Maia avalia que, se ele avançou o sinal ao anunciar que vetaria qualquer MP que tratasse da reforma trabalhista, Temer igualou o jogo ao insinuar que o PMDB poderia abrigar deputados que, hoje, negociam uma migração para o DEM.
Guia Maia exibe um exemplar do livro “Entre a Glória e a Vergonha”, que reúne memórias do consultor de crises Mário Rosa, na mesa de centro da sala em que faz reuniões em sua residência oficial.
Renovar os votos O senador José Serra (SP) propôs a aliados que o PSDB formule documento com as linhas gerais de uma reforma política profunda. Disse que o texto poderia ser usado, inclusive, para firmar um novo pacto programático com o PMDB.
Longo prazo A peça pregaria a adoção do parlamentarismo e do sistema distrital misto, em 2022. A transição se daria a partir de 2018.

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