sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O fim do sigilo dos inquéritos é mera alegoria de mão; o que importa é outra coisa
Reinaldo Azevedo - VEJA 
Segundo o “Painel”, da Folha, Teori Zavascki — que soltou o petista Renato Duque e manteve presos os demais, os não petistas — sinalizou que deve acatar o pedido de Rodrigo Janot, procurador-geral, e determinar o fim do sigilo nos pedidos de inquérito. É? Fim de sigilo do quê? Dos nomes, não haveria de ser porque já não há sigilo mesmo. Do andamento das investigações? É o que costumo chamar de “alegoria de mão” em direito. Serve para fazer movimento. E nada mais.
O que interessa é outra coisa: haverá ou não denúncias? Eu já havia recebido a informação de que Janot optaria principalmente pelos pedidos de abertura de inquérito, que são um pouco mais do que nada. Segundo a Folha, ele optará apenas por esse expediente.
Em tese ao menos, dá tempo de empreiteiros serem condenados em regime fechado, enquanto os principais beneficiários do petrolão estarão ainda sendo “investigados”.
Estou preocupado com os “irmãos empreiteiros” na cadeia? Não! Estou lamentando é que larápios fiquem soltos.
Se acontecer como se anuncia, a dupla Janot e Zavascki vai produzir muito barulho e pouca substância.

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