sexta-feira, 14 de março de 2014

Dilma Rousseff, a serial killer das letras, continua vilipendiando Nelson Rodrigues
Augusto Nunes - VEJA 
Transcrevo a mensagem que recebi do jornalista Celso Arnaldo Araújo (AN):
Ainda impunemente, embora seja uma serial killer das letras, Dilma continua vilipendiando Nelson Rodrigues, ao atribuir a ele frases que não seriam cunhadas por Tiririca ─ e que, na verdade, são gerações espontâneas de uma mente tosca e deformada que ela, delirantemente, obsessivamente, vem colocando na conta do grande cronista e frasista irretocável.
O falso Nelson de hoje é ainda mais espantoso que as contrafações anteriores de Dilma Rodrigues. Até quem tenha tido contato com textos de Nelson apenas ontem à noite, folheando a esmo numa estante de livraria qualquer uma de suas obras, perceberá num estalo que ele nunca escreveria algo tão troncho quanto o que lhe foi creditado hoje pela iletrada presidente.
Mas, por via das dúvidas, como faço sempre, consultei meu amigo Ruy Castro, seu biógrafo, que releu e organizou tudo o que Nelson escreveu, para a fabulosa coleção publicada pela Cia. das Letras ao longo de anos. A resposta de Ruy, carregada de assombro, não levou minutos e confirma o que já parecia óbvio:
“Mais uma do Nelson que a Dilma me ensina. Que textos do homem ela andará lendo e que me escaparam em exatos 59 anos como leitor dele?”
Bem, você está curioso para conhecer mais essa frase-fantasma de Nelson Rodrigues criada em regime de ectoplasma verbal pela única usuária do dilmês no mundo? Ei-la, tartamudeada hoje à tarde, numa cerimônia em Brasília para anúncio de concessão de lotes de rodovias federais ─ claro que instantaneamente incorporada à consulta do Google, pois grosseiramente atribuída a Nelson sem nenhuma checagem por parte da mídia:
“Eu aproveito e uso de uma imagem feita pelo grande Nelson Rodrigues que dizia que os pessimistas fazem parte da paisagem assim como os morros, as praças e os arruamentos”.
Se Nelson tivesse “feito” essa imagem, não teria sido grande. Ele só “disse” isso através de Dilma. E entre nós: você pode sequer imaginá-lo escrevendo arruamento?

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