Se sair do ministério destino de Ideli deverá ser o TCU
João Bosco Rabello - OESP
Se não constar de nenhuma das movimentações
produzidas pela reforma ministerial – chegou a ser cotada para a
Secretaria de Direitos Humanos ou da Mulher -, a ministra da
Articulação, Ideli Salvati deverá ter a sua indicação para o Tribunal de
Contas da União (TCU) confirmada pela presidente Dilma Rousseff.
O ciclo de Ideli na esfera política do governo parece
ter se esgotado com as mudanças determinadas pela campanha , que
levaram à Casa Civil o ministro da Educação, Aloísio Mercadante (PT). É
notória a duplicidade na operação desde sua chegada à Casa Civil em
substituição à senador Gleisi Hoffmann, que concorrerá ao governo do
Paraná.
Ideli não logrou o apoio do PT à sua recondução ao
Senado por Santa Catarina e a sua dedicação na função de coordenadora
política, embora muito contestada no Congresso, é reconhecida pela
presidente Dilma Rousseff.
De resto, pelos primeiros dias de Mercadante no
posto, é possível confirmar o que já se sabia: a intransigência nas
negociações, que estigmatizou Ideli, é reflexo da orientação
presidencial. Já com menos visibilidade no cenário, Ideli não pode mais
ser a dona dos pecados oficiais.
A base aliada está em chamas e o incêndio é atribuído
à rigidez da presidente pela maioria dos parlamentares. Mesmo os que
não integram o bloco rebelde concordam com a avaliação de que falta ao
Planalto jogo de cintura para evitar o clima de conflito.
Ideli se sente esgotada, embora não vocalize o
estresse causado pela função, jamais exercida com tão pouca autonomia no
País. Para muitos, sem nenhuma autonomia, o que a desgastou como
interlocutora do governo junto ao Congresso, independentemente da
avaliação que se possa fazer de seu potencial negociador.
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