domingo, 12 de fevereiro de 2017

Aliados de Alckmin acedem sinal de alerta e monitoram Doria para evitar sobreposição
Painel - FSP
Idas e vindas Apesar da relação de lealdade que João Doria e Geraldo Alckmin mantêm desde a disputa interna do PSDB para a Prefeitura de São Paulo, já foi acionado no Palácio dos Bandeirantes um sinal de alerta. Conselheiros do governador admitem que o “jeito Doria” de governar torna necessária uma vigia para que não haja sobreposição do prefeito. Reforçam que Alckmin não pode deixar passar qualquer oportunidade de nacionalizar o discurso em busca da candidatura ao Planalto em 2018.
Corrida A possível candidatura de Doria ao governo de São Paulo não é discutida abertamente, mas há a avaliação de que o tucano “acelerou” para mostrar resultados. “Ninguém completa uma maratona em ritmo de 100 metros”, observa um aliado.
Junto e misturado Em redes sociais, internautas cutucam Alckmin: “Isso, governador! Imita o Doria!”, alfinetou um. Houve até pedido para que ele seja candidato a vice-presidente do pupilo.
Lição de casa O Conselhão de Michel Temer volta a se reunir na semana que vem para bater o martelo em quais propostas serão levadas à Presidência. Quinze medidas de estímulo à economia serão apresentadas.
Vai que vai Longe dos holofotes, os contornos iniciais da reforma tributária de Temer já começaram a ser definidos por um grupo que reúne técnicos de órgãos como Casa Civil e Receita Federal.
Via rápida O governo quer pôr no ar já na próxima semana a primeira parte do portal único do comércio exterior. A ferramenta reunirá em um só local toda a burocracia exigida de exportadores.
Olho no lance Com a volta dos trabalhos no Congresso, o mercado esteve em peso em Brasília durante a semana passada. Representantes de ao menos seis grandes fundos, nacionais e estrangeiros, bateram à porta do governo.
Vai ou racha O PMDB no Senado está possesso com a demora na reestruturação do Ministério dos Transportes — o governo ainda não soltou o decreto que cria as três secretarias nacionais, entre elas a dos Portos, que será ocupada por um indicado do partido.
Na boa No ministério, diz-se que os trâmites dependem de pastas como o Planejamento e que há perspectiva de que se resolva em 15 dias.
Nem aí Integrantes da Lava Jato se preocupam com a “passividade” do país em relação à “guerra” da classe política para freá-la. Não veem nenhum fiapo de mobilização contra o que tratam como uma investida de governo e Congresso sobre a operação.
Na mosca A escolha de Edison Lobão para presidir a CCJ foi uma das medidas que mais chocaram a Lava Jato: o senador já foi até alvo de busca e apreensão, o que significa que não se trata de investigação inicial com indícios fracos, como faz crer o PMDB.
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Mãos à obra Disposto a não perder prestígio no Senado, Renan Calheiros decidiu derrubar as paredes da liderança do PMDB para criar um “grande ambiente de convivência política”. “Os senadores ficam muito apertados aqui nessa salinha”, justifica.
Vale a pena Aliados do presidente da Câmara fazem o seguinte raciocínio sobre a batalha pela indicação do líder do governo: em maio, quando Eduardo Cunha tinha peso na Casa, Temer preferia Rodrigo Maia, mas cedeu e aceitou André Moura.
Ver de novo Agora, sustentam, o presidente da República não tem como justificar um critério diferente para recusar um nome defendido por Maia. Os dois devem se encontrar até o início da semana para fechar a questão.
Tentativa e erro Parte da base vê o peemedebista Hugo Motta como boa solução para o cargo. Agrada a Maia e, apesar de ter sido próximo de Cunha, não ficou carimbado como outros deputados.

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