Aliados de Alckmin acedem sinal de alerta e monitoram Doria para evitar sobreposição
Idas e vindas Apesar da relação de lealdade que
João Doria e Geraldo Alckmin mantêm desde a disputa interna do PSDB para
a Prefeitura de São Paulo, já foi acionado no Palácio dos Bandeirantes
um sinal de alerta. Conselheiros do governador admitem que o “jeito
Doria” de governar torna necessária uma vigia para que não haja
sobreposição do prefeito. Reforçam que Alckmin não pode deixar passar
qualquer oportunidade de nacionalizar o discurso em busca da candidatura
ao Planalto em 2018.
Corrida A possível candidatura de Doria ao governo
de São Paulo não é discutida abertamente, mas há a avaliação de que o
tucano “acelerou” para mostrar resultados. “Ninguém completa uma
maratona em ritmo de 100 metros”, observa um aliado.
Junto e misturado Em redes sociais, internautas
cutucam Alckmin: “Isso, governador! Imita o Doria!”, alfinetou um. Houve
até pedido para que ele seja candidato a vice-presidente do pupilo.
Lição de casa O Conselhão de Michel Temer volta a se
reunir na semana que vem para bater o martelo em quais propostas serão
levadas à Presidência. Quinze medidas de estímulo à economia serão
apresentadas.
Vai que vai Longe dos holofotes, os contornos
iniciais da reforma tributária de Temer já começaram a ser definidos por
um grupo que reúne técnicos de órgãos como Casa Civil e Receita
Federal.
Via rápida O governo quer pôr no ar já na próxima
semana a primeira parte do portal único do comércio exterior. A
ferramenta reunirá em um só local toda a burocracia exigida de
exportadores.
Olho no lance Com a volta dos trabalhos no
Congresso, o mercado esteve em peso em Brasília durante a semana
passada. Representantes de ao menos seis grandes fundos, nacionais e
estrangeiros, bateram à porta do governo.
Vai ou racha O PMDB no Senado está possesso com a
demora na reestruturação do Ministério dos Transportes — o governo ainda
não soltou o decreto que cria as três secretarias nacionais, entre elas
a dos Portos, que será ocupada por um indicado do partido.
Na boa No ministério, diz-se que os trâmites dependem de pastas como o Planejamento e que há perspectiva de que se resolva em 15 dias.
Nem aí Integrantes da Lava Jato se preocupam com a
“passividade” do país em relação à “guerra” da classe política para
freá-la. Não veem nenhum fiapo de mobilização contra o que tratam como
uma investida de governo e Congresso sobre a operação.
Na mosca A escolha de Edison Lobão para presidir a
CCJ foi uma das medidas que mais chocaram a Lava Jato: o senador já foi
até alvo de busca e apreensão, o que significa que não se trata de
investigação inicial com indícios fracos, como faz crer o PMDB.
Mãos à obra Disposto a não perder prestígio no
Senado, Renan Calheiros decidiu derrubar as paredes da liderança do PMDB
para criar um “grande ambiente de convivência política”. “Os senadores
ficam muito apertados aqui nessa salinha”, justifica.
Vale a pena Aliados do presidente da Câmara fazem o
seguinte raciocínio sobre a batalha pela indicação do líder do governo:
em maio, quando Eduardo Cunha tinha peso na Casa, Temer preferia Rodrigo
Maia, mas cedeu e aceitou André Moura.
Ver de novo Agora, sustentam, o presidente da
República não tem como justificar um critério diferente para recusar um
nome defendido por Maia. Os dois devem se encontrar até o início da
semana para fechar a questão.
Tentativa e erro Parte da base vê o peemedebista
Hugo Motta como boa solução para o cargo. Agrada a Maia e, apesar de ter
sido próximo de Cunha, não ficou carimbado como outros deputados.
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