quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

TCE do Rio constata irregularidades bilionárias no fundo de previdência do estado
Lauro Jardim - O Globo
Pezão
Uma nova bomba vai estourar no colo de Sérgio Cabral, Pezão & Cia. E o petardo vem do Tribunal de Contas do Estado, que acaba de aprovar um relatório de inspeção no Fundo de Previdência social do Estado do Rio de Janeiro (Rioprevidência).
De acordo com o texto do relator José Graciosa, o Rioprevidência criou empresas em Delaware (paraíso fiscal nos EUA) que realizaram contratos de antecipação de receita com cláusulas inusitadas, como a de exigir prioridade no recebimento da dívida sobre a União ou reter 60% das receitas dos royalties de petróleo.
Para auxiliá-los, os responsáveis pelo Rioprevidência contrataram uma empresa que ficou notória na Lava-Jato, a Planner Trustee, ligada ao doleiro Alberto Youssef.  
A americana National Wilmington Trust, cujos responsáveis permenecem não identificados, e a Planner eram as representantes das empresas criadas pelo fundo no paraíso fiscal. Uma farra, como se nota.
Assim, os técnicos do TCE encontraram um débito de R$ 10,5 bilhões no Rioprevidência, com comprometimento dos royalties futuros de petróleo até 2020.
Foram constatadas ainda quebras de contrato e o Rio Previdência teve que arcar com penalidades bilionárias, segundo o relatório.
Os auditores descobriram a existência de um escritório de advocacia, que supostamente assessorou o Rioprevidência nas operações. O tal escritório recebeu R$ 16 milhões como remuneração, mas, acredite, não está identificado pelo Rioprevidência.
Na ocasião, o fundo éra presidido por Gustavo Barbosa, atual secretário de Fazenda do governo Pezão.

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