sábado, 1 de abril de 2017

Com a prisão de Cunha, Moro revogou o Evangelho segundo Lula
Se são colegas de conspiração, porque que o Grande Satã do chefão resolveu prender a assombração de Dilma?
No Evangelho segundo Lula, a Lava Jato é a face exposta da trama concebida pela elite golpista para derrubar um governo que vivia pensando nos pobres enquanto ampliava a fortuna dos milionários amigos, destruir as conquistas populares materializadas em 13 anos de sonho, reduzir o PT a uma organização criminosa disfarçada de partido político e impedir que o maior dos governantes desde Tomé de Souza voltasse nos braços do povo à Presidência da República. Não é pouca coisa. Mas não é tudo.
Em outros versículos, Sérgio Moro e Eduardo Cunha aparecem agindo em sintonia na mesma conspiração. Ao então presidente da Câmara coube arquitetar o  impeachment de Dilma Rousseff. Ao juiz federal de Curitiba foi confiada a missão de usar a Lava Jato para perseguir Lula com acusações sem pé nem cabeça até que fosse enfim engaiolada a alma viva mais honesta do Brasil. Ao condenação de Eduardo Cunha a mais de 15 anos de cadeia transformou o Evangelho de Lula em mais uma versão da Ópera dos Malandros. Se o alvo era o chefão, por que prender um companheiro de conspiração? Essa nem Rui Falcão saberá explicar.

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