Com sinal de que PSDB e DEM ficarão até desfecho no TSE, Temer tenta evitar que ‘plano B’ se viabilize
A força da inércia Com o acordo tácito de que terá
o suporte do PSDB e do DEM até, ao menos, o desfecho de seu julgamento
do TSE, em junho, o presidente Michel Temer trabalha agora para conter a
construção de uma alternativa viável para substituí-lo no Planalto. A
insegurança sobre o que viria com uma possível queda favorece sua
permanência no posto. O governo jura ter o apoio do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), citado pela base aliada e partidos como o
PT como uma opção.
Dois coelhos Caberia a Rodrigo Maia conduzir o
processo de uma eleição indireta. Nesse cenário, aliados do deputado
reconhecem que ele teria dois fatores a seu favor: já estaria no comando
do país e ainda poderia negociar a cadeira de presidente da Câmara para
angariar apoio.
Fico O deputado é tratado como aliado de primeira
hora pela equipe do presidente. Um frequentador dos jantares na
residência oficial da Câmara ressalta, porém, que o governo não tira o
olho dele: sempre envia um ministro para acompanhar as conversas.
Sei não… Embora seja seu aliado, o PSDB olha a opção Maia com desconfiança.
Fio da navalha Ainda que o governo consiga
sustentar, com laudo da Polícia Federal, que houve alguma edição no
áudio feito por Joesley Batista com Michel Temer, aliados do presidente
admitem que o peemedebista ganharia apenas fôlego jurídico, não
político.
Senhor do tempo O diretor-geral da PF, Leandro
Daiello, repete a célebre frase do ex-senador gaúcho Pinheiro Machado a
quem o pergunta qual é o prazo para o fim da perícia do áudio: “Nem tão
devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo”.
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