sábado, 21 de janeiro de 2012

O ISLAMISMO SE TORNOU O VERDAEIRO CORAÇÃO DAS TREVAS

Mortos em ataques na Nigéria podem passar de 150
Explosões em oito edifícios foram assumidas pelo grupo extremista Boko Haram
O Globo com agências
KANO — O número de mortos nos ataques coordenados pela seita islâmica extremista Boko Haram na cidade de Kano, no norte da Nigéria, na noite da última sexta-feira chegaria a 156, um oficial militar disse à rede de TV americana CNN. De acordo com a fonte, esse número ainda deve subir:
- Os hospitais não são equipados para lidar com a quantidade e a gravidade dos danos, então esperamos que esse número ainda aumente.
Ainda segundo a CNN, Nwankpa Nwankpa, um representante da Cruz Vermelha na capital, Abuja, disse que 50 pessoas ficaram feridas nos ataques. Ele afirmou que as operações de busca e resgate ainda estão sendo realizadas e que voluntários estão ajudando as vítimas.
Funcionários do hospital Murtala Mohammed se negam a falar com a imprensa, mas jornalistas da AP contaram os cadáveres no necrotério do hospital e tiveram acesso a documentos hospitalares sobre as vítimas. O governo confirma apenas nove mortes. Entretanto, o número de mortos pode ser ainda maior: Maude Gwadabe, jornalista em Kano, disse à TV árabe al-Jazeera, por telefone, que viu pelo menos 140 corpos.
De acordo com informações da polícia, oito edifícios foram atacados, incluindo três delegacias, quartéis do serviço secreto e o escritório do chefe de imigração. Moradores relatam que tiroteios entre policiais e atiradores atravessaram a noite. Os ataques levaram o governo a decretar um toque de recolher até o amanhecer deste sábado.
- Nós ainda estamos recolhendo corpos. Nós temos nove, mas há mais, eu ainda não sei quantos. A maioria eram policiais... alguns morreram por causa dos ferimentos da explosão, outros por causa de tiros - disse um porta-voz da Agência Nacional de Administração de Emergências.
Um porta-voz do Boko Haram contatou repórteres na cidade de Maiduguri para assumir a responsabilidade pelos ataques. Cópias de uma carta, que dizia que os ataques eram uma retribuição a prisões feitas pela polícia e pela morte de membros da seita, foram jogadas em Kano.
Em um comunicado, a polícia afirmou que “está fazendo o seu melhor para tornar a situação sob controle”. “Nós estamos apelando para que a população ajude com informações sobre a identidade e a localização desses criminosos”, diz a nota.
O canal privado “Channels Television” disse que seu repórter em Kano, Enenche Akogwu, foi morto com um tiro enquanto cobria os ataques, entrevistando testemunhas.

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