EUA ignoram ameaça iraniana e continuam atividades no Golfo
Mais cedo general iraniano alertou Washington sobre o envio de porta-aviões para região
O Globo
Com agências internacionais
Envios por mail: 0 TEERÃ - Apesar da ameaça de retaliação do governo iraniano, os EUA ignoraram o alerta de Teerã e anunciaram que vão continuar a enviar porta-aviões para o Golfo Pérsico. Em comunicado, o Pentágono explicou que as incursões são necessárias para as missões americanas na região.
- Os deslocamentos do Exército americano no Golfo Pérsico vai continuar, como tem sido feito há décadas - disse o porta-voz George Little.
Apesar de ter ignorado o pedido do Irã de retirada dos porta-aviões do Golfo, os EUA reiteraram que não querem nenhum tipo de confronto com Teerã por causa das atividades no Estreito de Ormuz e pediram para que os iranianos “abaixem o tom” da discussão.
- Nosso interesse é manter a segurança marítima de navios que circulem pelo Estreito de Ormuz. Ninguém no governo quer confronto - afirmou Little.
Um dia após o governo iraniano realizar testes com mísseis capazes de derrubar navios no Golfo Pérsico, o comandante geral do exército iraniano, Ataollah Salehi, pediu que os EUA não enviem novos porta-aviões ao Golfo Pérsico. O governo de Teerã tem usado o local para exercícios, como os testes de três mísseis com capacidade de afundar navios realizados na segunda-feira. Segundo o comandante, caso os americanos resolvam retornar a embarcação haverá retaliação, segundo informou a agência de notícias estatal do país, Irna. Para os Departamento de Estado americano, a ameaça é sinal de que as sanções internacionais estão começando a fazer efeito no Irã, além de ser uma tentativa de despistar sobre os problemas internos do país.
- Não vamos repetir o alerta. Recomendo que o porta-aviões americano não retorne ao Golfo - enfatizou Salehi, nesta manhã.
Mais tarde, foi a vez do chefe da Marinha iraniana reforçar que não há necessidade de presença estrangeira no Golfo:
- O Irã atua de acordo com a lei internacional, e tropas estrangeiras não podem estar presentes em nossas águas territoriais - disse Habibollah Sayyari.
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