Venda de caças aos sauditas reforça influência dos EUA
TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL - O Estado de S.Paulo
Análise: Mark Landler e Steven Lee Myers / NYT
Numa jogada que fortifica um dos principais aliados americanos no Golfo Pérsico, o governo Obama anunciou na quinta-feira uma venda de armas à Arábia Saudita, dizendo ter fechado um acordo prevendo a transferência de caças F-15 à força aérea saudita em troca de quase US$ 30 bilhões.
O acordo e os planos paralelos do governo prevendo uma venda de armas ao Iraque estimada em quase US$ 11 bilhões são provas dramáticas da determinação em projetar a influência militar americana numa região rica em petróleo, atualmente sob a ameaça do Irã. Apesar de a Casa Branca afirmar que o acordo não foi precipitado em resposta às ameaças feitas por representantes iranianos nos últimos dias, envolvendo o fechamento do Estreito de Ormuz, o momento do seu anúncio é particularmente significativo, conforme as tensões com o Irã se aprofundam e os EUA retiram seus últimos soldados do Iraque.
O acordo também sugere que EUA e Arábia Saudita superaram o clima amargo que afetou as relações entre os dois países com relação aos levantes no mundo árabe. Embora os dois países continuem a discordar quanto à melhor maneira de lidar com as revoltas populares na região, representantes americanos e sauditas disseram que o desacordo não afetou a aliança estratégica formada em torno da preocupação comum diante do Irã.
A Arábia Saudita é uma antiga adversária do Irã e as relações entre os dois países pioraram depois que os EUA frustraram um suposto complô arquitetado pelos iranianos para matar o embaixador saudita em Washington. O Irã negou as acusações.
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