Cristian Klein
E-mails trocados entre a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, e os irmãos Rubens e Paulo Vieira, diretores exonerados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas (ANA), presos pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, mostram que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teria sido consultado sobre a nomeação dos envolvidos no esquema de venda de pareceres técnicos fraudulentos. As mensagens eletrônicas, divulgadas pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, fazem parte do inquérito oficial da PF e indicam a troca de favores entre Rosemary e os irmãos Vieira. Num e-mail enviado à ex-chefe de gabinete, Rubens se oferece para preencher o cargo de diretor de Infraestrutura da Anac e diz ter as qualificações necessárias.
Em resposta, no dia 20 de setembro de 2009, Rosemary afirma que iria "tentar falar com o PR", sigla utilizada por funcionários do governo para se referir ao presidente da República. Numa mensagem anterior, de 6 de abril de 2009, é Paulo quem pede a Rosemary a indicação para o cargo de diretor da ANA. A nomeação é publicada mais de um ano depois, no fim de 2010.
Depois de emplacar os dois irmãos, Rosemary pede a Paulo uma vaga de assessora na Anac para a sua filha Mirelle. Em e-mail de 8 de novembro de 2010, Rosemary Noronha tem o cuidado de solicitar ao diretor da agência que nomeie a filha depois de uma confirmação: "Peço gentileza de nomear só depois de eu falar com o presidente", escreve. Mirelle também já foi exonerada do cargo depois do estouro do escândalo.
Numa outra mensagem obtida pela revista "Veja", Rosemary pede aos Vieira, donos de uma faculdade no município paulista de Cruzeiro, a emissão de um falso diploma para que seu marido, José Cláudio de Noronha, fosse nomeado para um cargo no Conselho de Administração da Brasilprev, companhia de previdência privada que tem o Banco do Brasil como acionista.
Rosemary acompanhou Lula em mais de duas dezenas de viagens internacionais durante o mandato do ex-presidente. No inquérito, constam apenas mensagens eletrônicas, pois o sigilo telefônico não foi quebrado.
Em resposta, no dia 20 de setembro de 2009, Rosemary afirma que iria "tentar falar com o PR", sigla utilizada por funcionários do governo para se referir ao presidente da República. Numa mensagem anterior, de 6 de abril de 2009, é Paulo quem pede a Rosemary a indicação para o cargo de diretor da ANA. A nomeação é publicada mais de um ano depois, no fim de 2010.
Depois de emplacar os dois irmãos, Rosemary pede a Paulo uma vaga de assessora na Anac para a sua filha Mirelle. Em e-mail de 8 de novembro de 2010, Rosemary Noronha tem o cuidado de solicitar ao diretor da agência que nomeie a filha depois de uma confirmação: "Peço gentileza de nomear só depois de eu falar com o presidente", escreve. Mirelle também já foi exonerada do cargo depois do estouro do escândalo.
Numa outra mensagem obtida pela revista "Veja", Rosemary pede aos Vieira, donos de uma faculdade no município paulista de Cruzeiro, a emissão de um falso diploma para que seu marido, José Cláudio de Noronha, fosse nomeado para um cargo no Conselho de Administração da Brasilprev, companhia de previdência privada que tem o Banco do Brasil como acionista.
Rosemary acompanhou Lula em mais de duas dezenas de viagens internacionais durante o mandato do ex-presidente. No inquérito, constam apenas mensagens eletrônicas, pois o sigilo telefônico não foi quebrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário