Está surpreso, leitor?!
Dois dias depois da divulgação da
“Lista de Fachin”, um grupo de economistas, professores, sociólogos e
artistas decidiu lançar um manifesto com críticas ao governo do
presidente Michel Temer. Batizada de “Projeto Brasil Nação”, a
iniciativa conta com as assinaturas do ex-ministro Luiz Carlos
Bresser-Pereira, do chanceler Celso Amorim, do presidente da CUT, Vagner
Freitas, do ex-líder do MST, João Pedro Stédile, de André Singer, do
escritor Raduan Nassar, do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do
provável presidenciável Ciro Gomes e dos artistas Wagner Moura e Chico
Buarque de Holanda, entre outros. O texto critica o “esquartejamento da
Petrobras, a destruição da indústria, a demolição de direitos sociais” e
afirma que “o governo reacionário e carente de legitimidade não tem um
projeto para o Brasil”.
Nesse primeiro manifesto do projeto, os
ditos intelectuais de esquerda listam 5 pontos que eles consideram
essenciais para a economia brasileira:
1- Regra fiscal que permita a “atuação
contracíclica” (que medo!) do gasto público e que assegure prioridade à
educação e à saúde;
2- Taxa básica de juros em nível mais
baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de
desenvolvimento semelhantes aos do Brasil;
3- Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva;
4- Retomada do investimento público em
nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável
para empresários e salários que reflitam uma política de redução da
desigualdade;
5- Reforma tributária que torne os impostos progressivos.
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