domingo, 1 de fevereiro de 2015

A vida não é um retrato
Winston Ling é um dos líderes do movimento liberal brasileiro.
Outro dia, ele comentou que os marxistas não conseguem entender a sociedade como um organismo em constante mutação, uma ordem espontânea que cria uma dinâmica incessante, com possibilidades e resultados quase infinitos. Um filme sem enredo prévio, sem começo, meio ou fim.
Os marxistas enxergam a sociedade como uma fotografia.
piramidesocialTodos os elementos e agentes econômicos aparecem congelados na situação em que se encontravam no instante em que a imagem foi capturada. Ao olharem essa fotografia, tiram as mais variadas conclusões, todas elas presumidas, incompletas e distorcidas.
Eles não captam, por falta de racionalidade, como cada um dos elementos foi criado, como os agentes econômicos chegaram naquela situação, o que fizeram para ali estarem, o que estão pensando, criando e decidindo sobre o curso que tomarão.
Para eles, não importa se aquele sujeito que está pobre, já esteve miserável mas ascendeu. Também não importa se ele estava rico e faliu. Não interessa se o sujeito que está rico, esteve pobre e ascendeu.
A primeira coisa que os marxistas pensam ao olhar a sociedade é: “Assim como está, não dá. Vejam quanta injustiça.”
Para os marxistas, aquele sujeito que está pobre, foi colocado ali por aquele sujeito que está rico.
Os marxistas não conseguem enxergar a vida em sociedade, como um filme que retrata as idas e vindas dos indivíduos que a compõem, com todas as suas interações.
Não lhes é possível entender, que a ordem espontânea responderá com a fortuna, a quem criar idêntica quantidade de valor para os demais. Assim como, responderá com a pobreza a quem nada proporciona, ou não proporciona mais, para os outros.
Os marxistas não enxergam o filme, não compreendem o roteiro, não percebem os atores interagindo, flutuando em cena, ora exercendo um papel ora outro. Para eles, quem está ali, ali ficará, para sempre. Aquela massa congelada na fotografia não tem identidade, não tem rostos, não tem origem, não tem destino.
Os marxistas então, decidem, eles mesmos, escrever um roteiro, distribuir os papéis, promover as mudanças, provocar o fluxo, designar o sentido e a direção das flutuações, de forma arbitrária, não espontânea, como se esta já não estivesse ocorrendo.
Para os marxistas, é muito mais divertido recortar uma fotografia com uma tesoura, rearranjando-a para deixá-la como eles querem que fique, do que deixar o filme rodar. Se as peças não se encaixarem, não importa, eles descartam as que lhes forem inconvenientes.
Será que Marx mudaria sua visão se tivesse conhecido o cinema que só foi inventado 12 anos depois da sua morte? Impossível saber. Provavelmente não.
O que se sabe, é que os filmes e fotografias sobre a história da humanidade, quando e onde os marxistas foram protagonistas, sempre retrataram tragédias. Quando não, mostraram apenas mentiras.

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