Relatório final da CPI do Cachoeira traz 46 nomes entre indiciados e responsabilizados
BRASÍLIA – O relatório final da CPI do Cachoeira, de autoria do deputado Odair Cunha (PT-MG), divulgado nesta quarta-feira, pede o indiciamento de 34 pessoas, entre elas o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, a mulher e a ex-mulher do bicheiro, Andressa Soares e Andréa Aprígio. O relator livrou o governado do Distrito Federal, Agnelo Queroz, por “falta de elementos”, mas pediu a responsabilização do governador tucano Marconi Perillo (GO). O relator também pediu o indiciamento do jornalista Policarpo Junior, da revista “Veja”, e de outros quatro profissionais da imprensa local.
Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, “não se pode confundir um mau trabalho jornalístico com crime”.
— Se há crime, tem que ser investigado e seus culpados julgados, sejam jornalistas ou não - o que não parece o caso. O que temos até agora é uma relação promíscua entre fonte e jornalista. Um mau exercício da profissão. O que não podemos é tolir o nosso direito de investigar.
Documento pede que Cachoeira fique preso
O documento pede ainda a manutenção da prisão do bicheiro, alegando que “solto e de posse de um patrimônio invejável e ainda oculto, Carlos Cachoeira rapidamente restabelecerá suas atividades e seus contatos, reativando a organização criminosa e agindo para assegurar a impunidade de suas condutas e o êxito dos ilícitos que perpetrou”. Cachoeira foi solto ontem após ser condenado.
Perillo é apontado como colaborador do esquema criminoso, nos delitos de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e falso testemunho. “O governador Marconi Perillo também incorreu, com suas condutas e colaborações com o grupo criminoso”, afirma o documento. Apesar disso, não foi pedido o indiciamento do governador de Goiás.
Sobre Agnelo, o texto afirma que “não existem elementos que possam veicular a pessoa do Governador Agnelo Queiroz com a organização criminosa liderada por Carlos Cachoeira”, após realização da investigação.
O relatório da CPI pede o indiciamento de Fernando Cavendish pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O documento pede que as conclusões sejam entregues à Polícia Federal, à Receita Federal, ao Ministérios Públicos de todos os Estados em que a empresa Delta atua e ao Ministério Público Federal, incluindo dados dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da empresa.
“Recomendamos ainda que o Ministério Público e a Receita Federal promovam investigações sobre a conduta de todos os diretores da empresa Delta e suas afiliadas, especialmente em face das pessoas de Carlos Roberto Duque Pacheco e Heraldo Puccini Neto (diretores da Delta)”.
Três deputados que foram citados durante a CPI por terem relações com Cachoeira – Stephan Nercessian (sem partido-RJ), Carlos Alberto Lereia (PSDB-GP) e Sandes Júnior (PP-GO) – não tiveram o indiciamento pedido. O documento afirma que Stephan não teve o envolvimento comprovado com o grupo de Cachoeira, e pede apenas a responsabilização de Leréia. Sobre Sandes Júnior, o relatório pede que o que foi produzido pela CPI sobre ele seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde já corre processo que o envolve.
O documento, com mais de 5 mil páginas, está disponível no site do Senado.
Veja a lista das pessoas que tiveram o indiciamento e a responsabilização recomendadas pelo relatório da CPI:
INDICIADOS
1 - Carlos Cachoeira
2 - Edvaldo Cardoso de Paula
3 - Eliane Gonçalves Pinheiro
4 - Lúcio Fiúza Gouthier
5 - José Carlos Feitoza, o Zunga
6 - Marcello de Oliveira Lopes
7 - Joaquim Gomes Thomé Neto
Jairo Martins de Souza
Rodrigo Jardim do Amaral Mello
José Raimundo Santos Lima
Marco Aurélio Bezerra da Rocha
Santana da Silva Gomes (vereador)
Elias Vaz de Andrade (vereador)
Fernando de Almeida Cunha (vereador)
Wladmir Garcez
Gleyb Ferreira da Cruz
Geovani Pereira da Silva
Lenine Araujo de Souza
Adriano Aprígio de Souza
Idalberto Matias de Araujo
André Teixeira Jorge
Leide Ferreira Cruz
Andressa Mendonça de Moraes
Andréa Aprigio de Souza
Cláudio Dias Abreu
Rossini Aires Guimarães
Fernando Cavendish
Antonio Pires Perillo
Rubmaier Ferreira de Carvalho
Wagner Relâmpago
Patrícia Moraes
João Unes
Carlos Antonio Nogueira
Policarpo Júnior
RESPONSABILIZADOS
Marconi Perillo
formação quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, falso testemunho, lavagem de dinheiro
João Furtado de Mendonça Neto _ ex-sec de Segurança Pública
Jayme Rincón – presidente Agetop
Alexandr Baldy de Sant'anna Braga
Ronald Christian Alves Bicca
Marcelo Marques Siqueira
Geraldo Messias Queiroz (prefeito)
Gil Tavares (prefeito)
Raul Filho (prefeito)
Demóstenes Torres
Carlos Alberto Lereia
Julio Cesar Cardoso de Brito (desembargador)
Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, “não se pode confundir um mau trabalho jornalístico com crime”.
— Se há crime, tem que ser investigado e seus culpados julgados, sejam jornalistas ou não - o que não parece o caso. O que temos até agora é uma relação promíscua entre fonte e jornalista. Um mau exercício da profissão. O que não podemos é tolir o nosso direito de investigar.
Documento pede que Cachoeira fique preso
O documento pede ainda a manutenção da prisão do bicheiro, alegando que “solto e de posse de um patrimônio invejável e ainda oculto, Carlos Cachoeira rapidamente restabelecerá suas atividades e seus contatos, reativando a organização criminosa e agindo para assegurar a impunidade de suas condutas e o êxito dos ilícitos que perpetrou”. Cachoeira foi solto ontem após ser condenado.
Perillo é apontado como colaborador do esquema criminoso, nos delitos de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e falso testemunho. “O governador Marconi Perillo também incorreu, com suas condutas e colaborações com o grupo criminoso”, afirma o documento. Apesar disso, não foi pedido o indiciamento do governador de Goiás.
Sobre Agnelo, o texto afirma que “não existem elementos que possam veicular a pessoa do Governador Agnelo Queiroz com a organização criminosa liderada por Carlos Cachoeira”, após realização da investigação.
O relatório da CPI pede o indiciamento de Fernando Cavendish pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O documento pede que as conclusões sejam entregues à Polícia Federal, à Receita Federal, ao Ministérios Públicos de todos os Estados em que a empresa Delta atua e ao Ministério Público Federal, incluindo dados dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da empresa.
“Recomendamos ainda que o Ministério Público e a Receita Federal promovam investigações sobre a conduta de todos os diretores da empresa Delta e suas afiliadas, especialmente em face das pessoas de Carlos Roberto Duque Pacheco e Heraldo Puccini Neto (diretores da Delta)”.
Três deputados que foram citados durante a CPI por terem relações com Cachoeira – Stephan Nercessian (sem partido-RJ), Carlos Alberto Lereia (PSDB-GP) e Sandes Júnior (PP-GO) – não tiveram o indiciamento pedido. O documento afirma que Stephan não teve o envolvimento comprovado com o grupo de Cachoeira, e pede apenas a responsabilização de Leréia. Sobre Sandes Júnior, o relatório pede que o que foi produzido pela CPI sobre ele seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde já corre processo que o envolve.
O documento, com mais de 5 mil páginas, está disponível no site do Senado.
Veja a lista das pessoas que tiveram o indiciamento e a responsabilização recomendadas pelo relatório da CPI:
INDICIADOS
1 - Carlos Cachoeira
2 - Edvaldo Cardoso de Paula
3 - Eliane Gonçalves Pinheiro
4 - Lúcio Fiúza Gouthier
5 - José Carlos Feitoza, o Zunga
6 - Marcello de Oliveira Lopes
7 - Joaquim Gomes Thomé Neto
Jairo Martins de Souza
Rodrigo Jardim do Amaral Mello
José Raimundo Santos Lima
Marco Aurélio Bezerra da Rocha
Santana da Silva Gomes (vereador)
Elias Vaz de Andrade (vereador)
Fernando de Almeida Cunha (vereador)
Wladmir Garcez
Gleyb Ferreira da Cruz
Geovani Pereira da Silva
Lenine Araujo de Souza
Adriano Aprígio de Souza
Idalberto Matias de Araujo
André Teixeira Jorge
Leide Ferreira Cruz
Andressa Mendonça de Moraes
Andréa Aprigio de Souza
Cláudio Dias Abreu
Rossini Aires Guimarães
Fernando Cavendish
Antonio Pires Perillo
Rubmaier Ferreira de Carvalho
Wagner Relâmpago
Patrícia Moraes
João Unes
Carlos Antonio Nogueira
Policarpo Júnior
RESPONSABILIZADOS
Marconi Perillo
formação quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, falso testemunho, lavagem de dinheiro
João Furtado de Mendonça Neto _ ex-sec de Segurança Pública
Jayme Rincón – presidente Agetop
Alexandr Baldy de Sant'anna Braga
Ronald Christian Alves Bicca
Marcelo Marques Siqueira
Geraldo Messias Queiroz (prefeito)
Gil Tavares (prefeito)
Raul Filho (prefeito)
Demóstenes Torres
Carlos Alberto Lereia
Julio Cesar Cardoso de Brito (desembargador)
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