sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Há algo de NOVO no ar… Ou: A energia veio para ficar e agora precisa se mobilizar
Rodrigo Constantino - VEJA
Fui agora há pouco em mais um evento do Partido Novo, no Teatro do Fashion Mall. Mais lotado do que da última vez. Quando foi perguntado quem estava ali pela primeira vez em algum evento do partido, a imensa maioria levantou a mão. Há um crescente interesse pela novidade, pelas ideias refrescantes que o partido tem apresentado. Algo alvissareiro.
Teatro lotado: ventos de mudança
Teatro lotado: ventos de mudança
Primeiro falou o diretor do diretório do Rio, Roberto Motta, explicando os principais valores que norteiam o partido. Pediu a todos que entrassem no site e lessem o estatuto, pois é o primeiro grande diferencial em relação aos demais. Há muitos “partidos” no Brasil, sem dúvida; mas a grande maioria não passa de legenda de aluguel, e mesmo os maiores se tornaram fisiológicos, sem foco nos programas.
Roberto Motta: um partido diferente de tudo que está aí
Roberto Motta: um partido diferente de tudo que está aí
O Novo busca o poder para reduzir o poder do próprio estado, uma missão sem dúvida difícil e repleta de obstáculos. Enfrentar o status quo nunca é tarefa simples, pois confronta muitos interesses organizados. Mas é possível. E começa pela percepção de que o estado, muitas vezes, é o problema, não a solução. O importante é devolver o poder para o cidadão, para o indivíduo, que é quem efetivamente cria riqueza.
O presidente nacional João Dionísio fez sua tradicional explanação dos passos tomados até aqui, e o que vem a partir de agora. O TSE deverá validar as mais de 500 mil assinaturas ainda este ano, e aí o partido nasce de fato, podendo ter filiados. João prefere chamá-los de “sócios”, pois a ideia é justamente a de que as soluções dependem de cada um de nós, não do estado enquanto abstração.
João Dionísio: visão de longo prazo x curto prazo
João Dionísio: visão de longo prazo x curto prazo
A espinha dorsal das crenças do Novo está cravada na importância do indivíduo, cobrando dele responsabilidade também, no reconhecimento do mérito, na igualdade de todos perante as leis, no foco nos direitos em vez de privilégios. É uma mensagem liberal que tanto nos falta, em um país dominado pelo coletivismo estatizante que deposita no estado, ou seja, nos políticos, uma fé desmedida para agir como locomotiva do progresso e da justiça social.
Uma mudança revolucionária em nossa cultura
Uma mudança revolucionária em nossa cultura
Três exemplos deixam bem claro qual o objetivo do Novo. Ele defende a liberdade em vez de igualdade, pois reconhece que indivíduos são diferentes em suas habilidades, vocações, sorte. É preciso respeitar que haverá diferenças, inclusive de renda. O importante é reduzir a miséria, não a desigualdade. Ele quer incentivar o sucesso, não o discurso de vitimização, tão comum em nosso país, o dos “coitadinhos”. E quer defender direitos, não privilégios.
A palestra final coube ao publicitário Alexandre Borges, que mostrou como é preciso, agora, manter viva essa energia que foi despertada na eleição mais polarizada de todos os tempos, que ganhou as redes sociais. Para isso, é preciso ter mobilização, e dedicação. Todos aqueles que desejam um país mais livre e próspero devem lutar desde já, informar-se mais, debater, e não esperar até as próximas eleições.
Alexandre Borges: mobilização começa hoje
Alexandre Borges: mobilização começa hoje
Borges enfatizou ainda que não podemos aceitar sermos pautados pelo lado de lá, que não quer debater ideias e propostas, mas sim pessoas, sempre nos rotulando com base em nossas supostas intenções perversas, monopolizando as virtudes e os fins nobres. Acusam-nos de fascistas pois sabem que não somos; acusam-nos de racistas pois sabem que não somos. E não toleram um debate sério sobre os melhores meios para melhorar a vida de todos, inclusive e principalmente a dos mais pobres.
A enorme e crescente demanda pelo discurso do Novo me enche de esperanças. Os brasileiros cansaram desse avanço do estado sobre nosso bolso, nosso cotidiano, nossas empresas, nossas escolhas, e até nossas tomadas. Não queremos mais intervencionismo, paternalismo e um estado obeso e ineficiente. E claro, ninguém suporta mais o PT acelerando na contramão daquilo que o país precisa: reformas que reduzam o papel estatal na economia e em nossas vidas.
O mais importante no momento é impedir o Brasil de virar a próxima Argentina ou Venezuela. Mas é fundamental uma visão de longo prazo também. O que o Novo oferece é justamente isso. Sua missão é transformar o Brasil em um país admirado. Por que não podemos mirar nos melhores exemplos, nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá, na Alemanha? Sim, é possível um dia chegarmos lá. Mas para tanto é necessário começar a batalha hoje. Já!

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