sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Shell terá rede de lojas de serviços automotivos
MARIA CRISTINA FRIAS - FSP
A Shell vai trazer para o Brasil a rede americana Jiffy Lube, especializada em lubrificantes, troca de óleo e serviços automotivos.
O grupo anglo-holandês planeja abrir no país aproximadamente 200 lojas em três anos por meio de franquias, mas não revela os investimentos iniciais no projeto.
A companhia tem cerca de 2.000 pontos nos Estados Unidos e no Canadá com a mesma bandeira. São unidades que atuam de forma independente dos postos de combustíveis, com endereços próprios, principalmente em áreas urbanas.
A entrada no país ocorrerá por meio de três operações na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
"Vamos trabalhar com essas lojas até junho, em uma espécie de projeto-piloto, para fazer as adaptações necessárias do modelo ao mercado brasileiro", afirma Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes para a América Latina da Shell.
A cidade paulista foi escolhida para o início das operações por causa de características como o volume de veículos em circulação e o nível de consumo da população.
Tendo como principal atividade a troca de óleo, a rede servirá como um novo canal para os lubrificantes do portfólio da multinacional. "É uma forma de agregar serviços aos nossos produtos."
O Brasil é o quinto maior mercado de lubrificantes para a companhia, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha e Índia. O grupo tem uma fábrica no Rio de Janeiro.
Empresas de lubrificantes projetam ano sem crescimento
Com a queda na venda de veículos novos e baixas em vários segmentos da indústria, o mercado de lubrificantes também não deverá crescer neste ano, de acordo com companhias da área.
"Acreditamos que, no melhor dos cenários, o volume se manterá estável em relação a 2014", afirma Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes da Shell para a América Latina.
No ano passado, as vendas caíram 2,3%, segundo uma prévia divulgada pelo Sindicom (sindicato das distribuidoras). Foi o primeiro recuo desde a crise de 2009.
"Não é apenas a queda do segmento automobilístico [que causa reflexos]. A área industrial como um todo não vem crescendo", diz Ricardo Mussa, diretor-presidente da Cosan Lubrificantes, que produz a marca Mobil.
O único "alento" para o setor neste ano, na avaliação do executivo, é que a linha de produtos de alto padrão, formada principalmente por lubrificantes sintéticos, deverá manter a curva de alta.
"Mesmo com a redução na venda de carros, a frota nacional passa por uma renovação, o que aumenta a demanda por produtos de maior qualidade", diz Mussa.
"O mercado 'premium' continuará aquecido", complementa Perdigão, da Shell.

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