- MSM
Como
havia dito ontem, agora virou avalanche: todos os jornalistas da
extrema-esquerda petista estão escrevendo textos em favor da Black Bloc
Sininho. Para essa turma que gosta de um pandemônio, ela virou a nova
Madre Teresa de Calcutá. Vejam o que disse Juca Kfouri:
"O
que sei é que num Estado democrático as denúncias contra ela soam
exageradas, de uma polícia que não é confiável e de uma Justiça,
infelizmente, com mais pecados que virtudes. Cuidado, pois. Transformar a
Sininho em nosso Bin Laden ofende a cidadania, a liberdade, os direitos
civis e nos remete a um passado relativamente recente que lutamos para
sepultar. Muita calma nesta hora. E a necessária indignação contra o que
pode ser uma injustiça irreparável em nossa incipiente democracia."
Antes de seguir com Juca, é o momento de tratarmos o texto 'Gravações revelam plano de protesto violento para final da Copa', do G1, que fala da matéria do Fantástico deste domingo último (27/07).
Os
Black Blocs criaram a operação “Junho Negro”, com o objetivo de deixar
explosivos em uma praça movimentada, próximo ao Maracanã, no dia da
final entre Alemanha e Argentina. A ação foi desmontada por causa de
depoimentos de ex-integrantes do grupo.
O programa Fantástico entrevistou duas testemunhas, além de acessar gravações feitas pela polícia.
Leia mais:
"Dentro
de uma barraca na frente da Câmara Municipal do Rio, em agosto de 2013,
aconteceu uma reunião, e, segundo testemunhas, foi ali que um grupo de
jovens decidiu que era preciso aumentar a violência nos protestos.
“Começou-se
a falar em coisas mais agressivas. No próximo ato, o seguinte, rolou a
coisa de quererem queimarem um ônibus ali na Rio Branco, isso aconteceu
realmente. Isso foi até noticiado, queimaram até um ônibus da polícia”,
contou uma testemunha.
Foram
mais de 30 depoimentos, milhares de horas de gravações feitas com
autorização da Justiça e sete meses de trabalho que desvendaram o
planejamento de ações violentas nos protestos.
Segundo
as investigações, na barraca, no Centro do Rio, estavam, entre outros,
Elisa Quadros, a Sininho, Igor Mendes da Silva, Camila Aparecida Jourdan
e Luiz Carlos Rendeiro Júnior, conhecido como Game Over.
Eles
fazem parte do grupo de 23 indiciados que responde na Justiça por
praticar e incitar atos violentos durante protestos. As principais
testemunhas do processo são oito pessoas.
O
Fantástico falou com duas testemunhas que prestaram depoimento para a
polícia. Elas não quiseram ser identificadas. Elas contam que
frequentaram assembleias, estiveram nas manifestações, ouviram as
orientações para atacar policiais, além do patrimônio público e privado e
se assustaram com a escalada de violência.
“O
termo que eles usam: eles falam muito em ação direta. Ação direta é o
ato de confrontar, de quebrar, é o ato de destruição, com o objetivo de
chamar atenção para eles mesmos”, disse uma testemunha.
“A
liderança vinha da Sininho, então ela que comandava, só que na hora que
o circo começava a pegar fogo, ela sumia”, contou outra testemunha.
“Ela
falava que era doida para explodir a Câmara, tinha que quebrar banco
todo mesmo, tem que queimar ônibus. Ela, dia de ato, às vezes, ela está
junto. Ela passa, eu já a vi passando bomba, ‘cabeção de nego’,
entendeu? Ela e as turminhas dela lá”, contou uma testemunha.
As
ações violentas eram comentadas por telefone pelos próprios
manifestantes: “Eles pareciam uns cachorros selvagens sem vacina”,
mostra uma delas.
Um
homem frequentou as assembleias da Frente Independente Popular, a FIP,
desde a formação, viu o movimento ganhar a adesão de várias organizações
e se ofereceu para participar do núcleo que tomava as decisões.
O
Fantástico também teve acesso exclusivo a um vídeo com o depoimento de
outro homem, gravado pela polícia. “Eu fui aceito, porque, de alguma
forma, eu já era conhecido deles, então, ninguém se opôs a me aceitar na
comissão de organização. Na verdade, eram coisas seríssimas que
discutiam , coisas criminosas”, conta.
O
inquérito policial relata que as lideranças tinham um plano: fazer
vários protestos violentos durante a Copa. Seria o que eles chamavam de
“Junho Negro”. E esta preparação, segundo as investigações, envolvia a
compra de rojões, a produção de coquetéis molotov e de outros tipos de
explosivos, que deveriam ser atirados nos policiais.
Para
que tudo funcionasse, havia uma distribuição de tarefas. “Existem os
mentores intelectuais, que são as lideranças. Eles não assumem esse
nome, líderes, porque isso vai contra a ideologia deles que é
anarquista, para eles, não tem líder. Mas eu que vi, eu sei que tem”,
disse a testemunha.
“Você
tem a função dos atiradores, que são os caras que ficam ali
responsáveis por atirar os fogos, os molotovs, o que tiver na mão. Você
tem a função das mulas, que ficam no meio da multidão com a mochila,
preparada para dar para quem quer que seja”, conta.
“E
você tem uma categoria também interessante que são funções mais
estrategicamente do ponto de vista político. Eles gostam de fazer
campanhas em grupos sociais diferentes para poder trazer a galera para
eles”, disse.
No
protesto marcado para a final da Copa, de acordo com a denúncia do
Ministério Público, eles pretendiam esconder coquetéis molotov na
madrugada do dia 12 para o dia 13 de julho. Estavam preocupados em levar
escudos e objetos para serem arremessados.
Queriam
evitar que as mochilas fossem revistadas. Decidiram que era necessário
esconder os explosivos em carros nas redondezas do Maracanã, para não
correr o risco de serem pegos com eles nas mochilas.
A
estratégia, como mostra a investigação, foi testada em protestos na
Praça Saens Peña, perto do estádio, nos dias de jogos da Copa.
Veja o que diz Camila Jourdan com outra indiciada, Rebeca Martins de Souza:
Camila: Você conseguiu?
Rebeca: O quê?
Camila: Deixar lá as coisas?
Rebeca: Não. A gente está parado, afastado, esperando ligação para ir para aí.
Camila: Eu estou distante também porque estão fazendo muita revista.
Rebeca: Eu acho assim, a gente pode até ir para aí, estaciona o carro perto e fica aí de fora.
Camila: Eu acho que é mais difícil depois pegar as paradas e levar.
Rebeca: O quê?
Camila: Deixar lá as coisas?
Rebeca: Não. A gente está parado, afastado, esperando ligação para ir para aí.
Camila: Eu estou distante também porque estão fazendo muita revista.
Rebeca: Eu acho assim, a gente pode até ir para aí, estaciona o carro perto e fica aí de fora.
Camila: Eu acho que é mais difícil depois pegar as paradas e levar.
Em
outra conversa, Camila reclama com Igor D’Icarahy, também indiciado no
processo, sobre a demora em estacionar um carro, que, segundo a polícia,
estaria com explosivos.
Camila: Você estacionou?
Igor: Não.
Camila: Cara, por que não?
Igor: Eu vou chegar aí e vou te falar.
Camila: Não, cara, não tem essa não. A gente está saindo daqui! Vai para lá e leva as paradas lá.
Igor: Não.
Camila: Cara, por que não?
Igor: Eu vou chegar aí e vou te falar.
Camila: Não, cara, não tem essa não. A gente está saindo daqui! Vai para lá e leva as paradas lá.
A pressa é porque a rua seria fechada, horas antes de um jogo.
Camila: A rua está fechada?
Igor: Isso. Eu vou chegar aí.
Camila: Eu te avisei que isso ia acontecer.
Igor - Não, não é isso…
Camila: É isso sim, cara.
Igor: Eu vou chegar aí e vou falar contigo, para de falar.
Camila: Eu não quero falar com você, cara, sinceramente eu não quero. É falta de respeito com as pessoas que estão envolvidas com essa situação. Muita falta de respeito o que você está fazendo, cara.
Igor: Isso. Eu vou chegar aí.
Camila: Eu te avisei que isso ia acontecer.
Igor - Não, não é isso…
Camila: É isso sim, cara.
Igor: Eu vou chegar aí e vou falar contigo, para de falar.
Camila: Eu não quero falar com você, cara, sinceramente eu não quero. É falta de respeito com as pessoas que estão envolvidas com essa situação. Muita falta de respeito o que você está fazendo, cara.
Neste
mesmo dia, mais tarde, Camila avisa um homem sobre uma operação da
polícia: “Aborta a missão, some da rua, some. Entendeu? Some. Foi todo
mundo pego”.
Camila
Jourdan, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, que deixaram a cadeia na
quinta-feira (24), graças a uma liminar, foram presos um dia antes da
final da Copa. Outras 18 pessoas também chegaram a ter a prisão
decretada.
Na
Praça Saens Peña, a polícia afirma ter encontrado 20 rojões recheados
com pregos e 178 ouriços, objetos de ferro com várias pontas.
A
ação batizada de “Junho Negro” acabou sendo frustrada. Os rumos tomados
pelos líderes afastaram antigos aliados e despertaram a desconfiança,
como mostra a conversa entre um homem não identificado e a advogada
Eloisa Samy, denunciada no processo.
“Eu
acho que já passou mais que da hora de a gente começar a levantar
boicote sim, começar a mostrar as verdades de quem é a FIP de fato é.
Porque eles estão levando a gente para o fundo do poço, Elô. Porque tem
muitas pessoas ali, Elô, que estão sendo enganadas. Tem muitas pessoas
de alma, de bom coração ali, que estão sendo enganadas, e aí, vão para
uma Saens Peña da vida e levam porrada. Isso é certo? Isso não certo
gente, não é certo”, disse o homem.
Todos
os acusados citados nesta reportagem foram procurados pelo Fantástico. O
Instituto de Direitos Humanos, que representa Rebeca Martins de Souza e
Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, disse que eles não querem
fazer declarações e só vão falar em juízo.
A comissão da OAB que defende a advogada Eloisa Samy também afirmou que ela não quer falar.
O
advogado Marino de Icaraí Júnior, que defende Camila Jourdan, Igor
Mendes da Silva, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, a Sininho, não retornou
nossas ligações. Também deixamos recados no telefone da própria
Sininho, mas ela também não respondeu."
Depois de ver o que trouxe a matéria do Fantástico, vamos rever os pontos encontrados no discurso de Kfouri:
- citação à polícia não confiável- crítica à Justiça
- compreensão dos motivos de um meliante (e depois das evidências trazidas na matéria do Globo, não há mais argumento que salve Sininho)
Por
muito menos que isso Rachel Sheherazade foi demonizada por toda a
extrema-esquerda, a qual, como sabemos, não fará nada contra o discurso
de alguém que, aí sim, faz apologia ao crime.
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