Augusto Nunes - VEJA
Em
2005, o então presidente Lula assumiu orgulhosamente a paternidade de
uma genuína ideia de jerico: instalar José Sérgio Gabrielli no comando
da Petrobras. Como registrou o post de 2014 reproduzido na seção Vale Reprise,
o palanque ambulante desdenhou dos que discordaram da escolha
desastrosa: “Não faltaram pessoas que me diziam assim: o mercado não vai
gostar, o mercado vai reagir, é melhor deixar quem está lá”, gabou-se o
recordista sul-americano de bravata & bazófia. “Como eu não tenho
nenhuma relação de amizade com o mercado, resolvi indicar quem eu
queria”.
Quem ele queria era o companheiro baiano que, nesta quarta-feira, teve quebrado o sigilo bancário e fiscal de Gabrielli. Até agora, o piloto do naufrágio vinha escapando do mar de corrupção agarrado a ameaças veladas. Caso sentisse a aproximação do afogamento, avisou, afundaria atirando. Convém a Lula rezar para que o afilhado preze o sentimento de gratidão e não esqueça os favores devidos ao padrinho. Se contar tudo o que sabe, o Brasil saberá que Gabrielli virou presidente da empresa devastada pela ladroagem não pela desobediência às leis do mercado, mas pela obediência cega ao chefão que trata a lei a pontapés.
Quem ele queria era o companheiro baiano que, nesta quarta-feira, teve quebrado o sigilo bancário e fiscal de Gabrielli. Até agora, o piloto do naufrágio vinha escapando do mar de corrupção agarrado a ameaças veladas. Caso sentisse a aproximação do afogamento, avisou, afundaria atirando. Convém a Lula rezar para que o afilhado preze o sentimento de gratidão e não esqueça os favores devidos ao padrinho. Se contar tudo o que sabe, o Brasil saberá que Gabrielli virou presidente da empresa devastada pela ladroagem não pela desobediência às leis do mercado, mas pela obediência cega ao chefão que trata a lei a pontapés.
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