MARINA DIAS/BRUNO BOGHOSSIAN/GUSTAVO URIBE - FSP
Temer agora estuda fazer substituições pontuais no primeiro escalão nas
próximas semanas para contemplar as siglas de sua coalizão,
redistribuindo os demais cargos de forma fatiada apenas nos meses
seguintes.
O presidente e seu núcleo político preferem fazer uma reforma completa em dezembro, antecipando a exoneração de 17 ministros que vão se candidatar no ano que vem e precisariam deixar o cargo em abril.
Após reação negativa de pelo menos cinco partidos, o presidente passou a considerar novos cenários para fazer em duas etapas as mudanças que serão determinantes na fase final de seu governo.
Nesta quarta-feira (15), em conversa reservada, Temer disse que fará apenas um ajuste em dezembro, uma vez que uma alteração ampla neste momento pode prejudicar os resultados de sua administração.
Em conversas com aliados, ele afirmou ainda que vai ouvir presidentes e líderes das siglas da base e admitiu que é praticamente impossível adotar o critério eleitoral como norma geral.
O presidente já começou a rediscutir as regras que deve adotar para redistribuir os ministérios. A linha de corte das eleições ainda é considerada o principal critério, defendido pelos principais auxiliares de Temer: os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Moreira disse nesta quarta-feira (15) à Folha que exonerar os ministros que disputarão as eleições "é bom para o país, mas nem tanto para o governo" e que o presidente ainda está avaliando os critérios que utilizará em sua reforma ministerial.
O Palácio do Planalto está disposto a negociar a permanência de alguns ministros que vão disputar eleições. Henrique Meirelles (Fazenda), Gilberto Kassab (Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior), por exemplo, ainda não decidiram se disputarão eleições.
Eles poderiam ficar em seus postos até o início de abril, quando a legislação eleitoral obriga que os futuros candidatos deixem seus cargos.
Temer também vai estudar os pedidos de outros ministros que querem continuar no cargo até essa data.
Os políticos que ocupam os cargos de primeiro escalão reclamam que a saída prematura de suas pastas, antes do fim do ano, os impediria de colher os benefícios dos projetos desenvolvidos pela máquina federal -com impacto em suas bases eleitorais.
O presidente pode dilatar o prazo da troca ministerial para permitir que as ações dos ministérios sejam finalizadas. Nesse caso, ele discutiria, caso a caso, a data de exoneração de cada titular.
Integrantes do governo dizem ser provável a realização de uma reforma por etapas. A primeira mudança deve ser a nomeação de novos ministros para os cargos ocupados pelo PSDB, que está em processo de desembarque do governo, e substituições em outras pastas.
Aliados de Temer dizem que Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), alvo de críticas frequentes de partidos do "centrão", pode ser deslocado para o Turismo.
O atual ministro, Marx Beltrão, sairia do cargo porque deve trocar o PMDB pelo PSD, que já tem dois postos no primeiro escalão.
A SITUAÇÃO DE CADA UM
Ricardo Barros (PP): PP não quer abrir mão do posto
Mendonça Filho (DEM): Tendência é que DEM mantenha a pasta, mas ministro deve sair para disputar eleições
Raul Jungmann (PPS): Ministro pretende se candidatar, o que o levaria a deixar o cargo na reforma
Ronaldo Nogueira (PTB): Ministro deve sair, mas PTB quer manter o ministério e ganhar espaço na Esplanada
Maurício Quintella (PR): PR pretende manter o espaço, mesmo que o ministro deixe o cargo para as eleições
Henrique Meirelles (PSD): Temer quer manter o ministro no cargo até março, mesmo que ele decida disputar o Planalto em 2018
Gilberto Kassab (PSD): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando decide sobre possível candidatura no ano que vem
Bruno Araújo (PSDB): Pediu demissão. PP e PMDB reivindicam o posto; Gilberto Occhi, do PP, é o favorito para o cargo
Blairo Maggi (PP): Por mais espaço no governo, PP diz que abre mão do posto em troca do Ministério das Cidades
Helder Barbalho (PMDB): Ministro deve deixar o cargo na reforma para se candidatar ao governo do Pará
Fernando Coelho (Sem partido): PMDB reivindica o cargo. O ministro deve se filiar ao partido, mas deixa o posto para disputar as eleições do ano que vem
Sarney Filho (PV): Pasta pode ser redistribuída, uma vez que PV não vota com o governo e o ministro é indicação da família Sarney
Aloysio Nunes (PSDB): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando#decide sobre possível candidatura nas eleições de 2018
Marcos Pereira (PRB): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando#decide sobre possível candidatura nas eleições de 2018
Leonardo Picciani (PMDB): Pasta deve continuar sob o comando do PMDB do Rio
Osmar Terra (PMDB): Ministro deve se candidatar a deputado federal
Luislinda Valois (PSDB): Deve ser exonerada por causa de polêmicas e da crise interna do PSDB, mas não há cobiça pela pasta, que tem orçamento limitado
Marx Beltrão (PMDB): Ministro deve se filiar ao PSD e concorrer às eleições de 2018. PMDB quer manter o cargo
Antonio Imbassahy (PSDB): PMDB reivindica o posto.
O presidente e seu núcleo político preferem fazer uma reforma completa em dezembro, antecipando a exoneração de 17 ministros que vão se candidatar no ano que vem e precisariam deixar o cargo em abril.
Após reação negativa de pelo menos cinco partidos, o presidente passou a considerar novos cenários para fazer em duas etapas as mudanças que serão determinantes na fase final de seu governo.
Nesta quarta-feira (15), em conversa reservada, Temer disse que fará apenas um ajuste em dezembro, uma vez que uma alteração ampla neste momento pode prejudicar os resultados de sua administração.
Em conversas com aliados, ele afirmou ainda que vai ouvir presidentes e líderes das siglas da base e admitiu que é praticamente impossível adotar o critério eleitoral como norma geral.
O presidente já começou a rediscutir as regras que deve adotar para redistribuir os ministérios. A linha de corte das eleições ainda é considerada o principal critério, defendido pelos principais auxiliares de Temer: os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Moreira disse nesta quarta-feira (15) à Folha que exonerar os ministros que disputarão as eleições "é bom para o país, mas nem tanto para o governo" e que o presidente ainda está avaliando os critérios que utilizará em sua reforma ministerial.
O Palácio do Planalto está disposto a negociar a permanência de alguns ministros que vão disputar eleições. Henrique Meirelles (Fazenda), Gilberto Kassab (Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior), por exemplo, ainda não decidiram se disputarão eleições.
Eles poderiam ficar em seus postos até o início de abril, quando a legislação eleitoral obriga que os futuros candidatos deixem seus cargos.
Temer também vai estudar os pedidos de outros ministros que querem continuar no cargo até essa data.
Os políticos que ocupam os cargos de primeiro escalão reclamam que a saída prematura de suas pastas, antes do fim do ano, os impediria de colher os benefícios dos projetos desenvolvidos pela máquina federal -com impacto em suas bases eleitorais.
O presidente pode dilatar o prazo da troca ministerial para permitir que as ações dos ministérios sejam finalizadas. Nesse caso, ele discutiria, caso a caso, a data de exoneração de cada titular.
Integrantes do governo dizem ser provável a realização de uma reforma por etapas. A primeira mudança deve ser a nomeação de novos ministros para os cargos ocupados pelo PSDB, que está em processo de desembarque do governo, e substituições em outras pastas.
Aliados de Temer dizem que Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), alvo de críticas frequentes de partidos do "centrão", pode ser deslocado para o Turismo.
O atual ministro, Marx Beltrão, sairia do cargo porque deve trocar o PMDB pelo PSD, que já tem dois postos no primeiro escalão.
Editoria de Arte/Folhapress |
Ricardo Barros (PP): PP não quer abrir mão do posto
Mendonça Filho (DEM): Tendência é que DEM mantenha a pasta, mas ministro deve sair para disputar eleições
Raul Jungmann (PPS): Ministro pretende se candidatar, o que o levaria a deixar o cargo na reforma
Ronaldo Nogueira (PTB): Ministro deve sair, mas PTB quer manter o ministério e ganhar espaço na Esplanada
Maurício Quintella (PR): PR pretende manter o espaço, mesmo que o ministro deixe o cargo para as eleições
Henrique Meirelles (PSD): Temer quer manter o ministro no cargo até março, mesmo que ele decida disputar o Planalto em 2018
Gilberto Kassab (PSD): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando decide sobre possível candidatura no ano que vem
Bruno Araújo (PSDB): Pediu demissão. PP e PMDB reivindicam o posto; Gilberto Occhi, do PP, é o favorito para o cargo
Blairo Maggi (PP): Por mais espaço no governo, PP diz que abre mão do posto em troca do Ministério das Cidades
Helder Barbalho (PMDB): Ministro deve deixar o cargo na reforma para se candidatar ao governo do Pará
Fernando Coelho (Sem partido): PMDB reivindica o cargo. O ministro deve se filiar ao partido, mas deixa o posto para disputar as eleições do ano que vem
Sarney Filho (PV): Pasta pode ser redistribuída, uma vez que PV não vota com o governo e o ministro é indicação da família Sarney
Aloysio Nunes (PSDB): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando#decide sobre possível candidatura nas eleições de 2018
Marcos Pereira (PRB): Ministro quer permanecer no cargo até março, quando#decide sobre possível candidatura nas eleições de 2018
Leonardo Picciani (PMDB): Pasta deve continuar sob o comando do PMDB do Rio
Osmar Terra (PMDB): Ministro deve se candidatar a deputado federal
Luislinda Valois (PSDB): Deve ser exonerada por causa de polêmicas e da crise interna do PSDB, mas não há cobiça pela pasta, que tem orçamento limitado
Marx Beltrão (PMDB): Ministro deve se filiar ao PSD e concorrer às eleições de 2018. PMDB quer manter o cargo
Antonio Imbassahy (PSDB): PMDB reivindica o posto.
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