Sindicado das escolas privadas de SP defende cancelamento do Enem
Vazamento pode ter ocorrido em outros locais, argumenta representante
Renata Honorato - VEJA
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieees), que representa 10.000 escolas privadas, defende o cancelamento do Enem 2011 em todo o território nacional. Segundo Benjamim Ribeiro da Silva, presidente da instituição, o vazamento de questões dias antes da prova configura erro grave na realização da avaliação. "Nesse caso, deve ocorrer o mesmo que acontece nos concursos públicos: se vazou é preciso cancelar."
Instituído em 1998 como ferramenta de medição da qualidade do ensino médio, o Enem foi transfigurado, em 2009, em vestibular. Desde então, coleciona turbulências, como furto de provas e erros de impressão. O problema que sacode a edição 2011, contudo, é mais grave. Dias antes de sua realização, em 22 e 23 de outubro, alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso a 14 questões que constavam da avaliação federal. Pior: suspeita-se que estudantes de outras instituições viram os testes. Isso configura um ataque ao princípio da isonomia do exame, segundo o qual todos os participantes devem estar submetidos às mesmas condições ao realizar a prova. O episódio também revela uma falha no processo de aplicação do Enem, ainda a ser detalhada pela investigação em curso na Polícia Federal.
Silva ressalta que um vazamento das questões, como o constatado em Fortaleza, prejudica os demais participantes da avaliação federal. Na capital cearense, o Colégio Christus distribuiu, dias antes da realização da avaliação nacional, um caderno com 14 questões quer caíram no Enem 2011.
Para o presidente do sindicato, a falha na segurança só reforça as restrições que instituições de ensino privadas do estado mantêm em relação ao Enem. "É impossível realizar uma única prova simultaneamente em um país de dimensão continental como o Brasil", diz. "Atualmente, o exame nacional garante acesso de estudantes a universidades, e isso é algo muito sério, já que estão em disputa um número limitado de vagas."
O representante das escolas privadas paulistas afirmou ainda que o vazamento pode ter se estendido a outras escolas. "Não tenho a menor dúvida de que o mesmo aconteceu em outros estados."
Do Blog:
Mais um pouco estoura uma guerra civil entre os alunos do Enem. E a culpa é dos organizadores dessa porcaria.
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