sábado, 31 de dezembro de 2011
Luto
O professor Paulo está muito triste pelo falecimento do Daniel Piza.
Ele deixou o blog nas minhas mãos.
Peços desculpas pelos erros e tenham um ótimo final de ano.
Ps. Daniel Piza junta-se ao time dos grandes jornalistas como o Paulo Francis, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux.
Ele deixou o blog nas minhas mãos.
Peços desculpas pelos erros e tenham um ótimo final de ano.
Ps. Daniel Piza junta-se ao time dos grandes jornalistas como o Paulo Francis, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux.
LUTO - SEM DANIEL PIZA O BRASIL FICA MAIS IGNORANTE
Jornalista e escritor Daniel Piza morre aos 41 anos
Vítima de AVC, colunista do 'Estado' e autor de 17 livros estava em Minas com a família
OESP
O jornalista Daniel Piza, 41 anos, morreu na noite desta sexta, 30, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Estava em Gonçalves (MG), onde passava as festas de fim de ano com a família. Chegou a ser socorrido pelo pai, que é médico, mas não resistiu.
Paulistano de 41 anos e corintiano fanático, Piza era colunista do jornal O Estado de S. Paulo, onde começou a carreira em 1991. Escrevia aos domingos no Caderno 2 e, desde 2004, assinava também uma coluna sobre futebol, além de manter um blog no portal estadão.com.br.
Advogado, formado no Largo de São Francisco, era escritor, com 17 livros publicados, entre eles Jornalismo Cultural (2003), a biografia Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro (2005), Aforismos sem Juízo (2008) e os contos de Noites Urbanas (2010). Traduziu títulos de autores como Herman Melville e Henry James, e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira. Fez também os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides.
Daniel Piza deixa mulher, Renata Gonçalves Piza, e três filhos. O sepultamento, ainda sem horário definido, será no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.
CarreiraNos anos de 1990, trabalhou nas editorias de Cultura do Estado, Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil, na cobertura de literatura e artes visuais. Em maio de 2000, retornou ao "Estado" como editor-executivo e colunista cultural.
No Estado, também foi o responsável por reportagens exclusivas, como o anúncio da aposentadoria do jogador Ronaldo. Entre as grandes coberturas que participou, está a Copa do Mundo de 2010.
Em seu último post, escreveu um breve recado aos leitores, desejando feliz 2012 e anunciando sua volta no dia 11.
Vítima de AVC, colunista do 'Estado' e autor de 17 livros estava em Minas com a família
OESP
O jornalista Daniel Piza, 41 anos, morreu na noite desta sexta, 30, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Estava em Gonçalves (MG), onde passava as festas de fim de ano com a família. Chegou a ser socorrido pelo pai, que é médico, mas não resistiu.
Paulistano de 41 anos e corintiano fanático, Piza era colunista do jornal O Estado de S. Paulo, onde começou a carreira em 1991. Escrevia aos domingos no Caderno 2 e, desde 2004, assinava também uma coluna sobre futebol, além de manter um blog no portal estadão.com.br.
Advogado, formado no Largo de São Francisco, era escritor, com 17 livros publicados, entre eles Jornalismo Cultural (2003), a biografia Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro (2005), Aforismos sem Juízo (2008) e os contos de Noites Urbanas (2010). Traduziu títulos de autores como Herman Melville e Henry James, e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira. Fez também os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides.
Daniel Piza deixa mulher, Renata Gonçalves Piza, e três filhos. O sepultamento, ainda sem horário definido, será no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.
CarreiraNos anos de 1990, trabalhou nas editorias de Cultura do Estado, Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil, na cobertura de literatura e artes visuais. Em maio de 2000, retornou ao "Estado" como editor-executivo e colunista cultural.
No Estado, também foi o responsável por reportagens exclusivas, como o anúncio da aposentadoria do jogador Ronaldo. Entre as grandes coberturas que participou, está a Copa do Mundo de 2010.
Em seu último post, escreveu um breve recado aos leitores, desejando feliz 2012 e anunciando sua volta no dia 11.
RÚSSIA
Após 20 horas, Rússia controla incêndio em submarino nuclear
Nove pessoas ficaram feridas; não houve vazamento de radiação
O Globo
MURMANSK, Rússia - A Rússia informou nesta sexta-feira que debelou totalmente o incêndio a bordo de um submarino nuclear atracado em um estaleiro no norte do país, após mais de 20 horas de combate às chamas. Não houve vazamento de radiação.
O submarino Yekaterinburg pegou fogo em um estaleiro onde passava por reparos. Após usarem helicópteros e barcos rebocadores para tentar conter as chamas, a solução foi submergir parcialmente a embarcação.
Pelo menos nove pessoas ficaram feridas pelo incêndio no estaleiro na região de Murmansk, no norte da Rússia. Testemunhas disseram que as chamas erguiam-se a até dez metros de altura na quinta-feira.
O reator nuclear da embarcação havia sido desligado antes dos reparos, e todas as armas haviam sido retiradas, segundo as autoridades.
"O incêndio no submarino foi totalmente debelado", disse o ministro das Emergências, Sergei Shoigu, a autoridades envolvidas na operação, segundo relato da agência de notícias Interfax.
A frota russa de submarinos nucleares, que já foi um orgulho da Marinha soviética, envolveu-se em vários incidentes nos últimos anos, dos quais o pior foi o naufrágio do submarino Kursk, em 2000, resultando na morte de todos os 118 tripulantes.
As explicações oficiais para o incêndio no Yekaterinburg, um submarino de 550 pés (167 metros) e 18,2 mil toneladas, foram vagas, mas acredita-se que o fogo começou na armação de madeira que sustentava a embarcação fora da água. O presidente Dmitry Medvedev ordenou que o caso seja investigado.
O Yekaterinburg tem capacidade para transportar 16 mísseis balísticos, com quatro ogivas cada, e 140 tripulantes. Em julho, ele lançou um míssil intercontinental no mar de Barents, durante um exercício militar.
Após o controle do incêndio, parte da tripulação permaneceu a bordo para verificar os níveis de dióxido de carbono, a temperatura e o comportamento dos reatores nucleares.
O Ministério das Emergências disse em nota que os indicadores de radiação no submarino estão normais, e que "não há ameaça à população local".
Nove pessoas ficaram feridas; não houve vazamento de radiação
O Globo
MURMANSK, Rússia - A Rússia informou nesta sexta-feira que debelou totalmente o incêndio a bordo de um submarino nuclear atracado em um estaleiro no norte do país, após mais de 20 horas de combate às chamas. Não houve vazamento de radiação.
O submarino Yekaterinburg pegou fogo em um estaleiro onde passava por reparos. Após usarem helicópteros e barcos rebocadores para tentar conter as chamas, a solução foi submergir parcialmente a embarcação.
Pelo menos nove pessoas ficaram feridas pelo incêndio no estaleiro na região de Murmansk, no norte da Rússia. Testemunhas disseram que as chamas erguiam-se a até dez metros de altura na quinta-feira.
O reator nuclear da embarcação havia sido desligado antes dos reparos, e todas as armas haviam sido retiradas, segundo as autoridades.
"O incêndio no submarino foi totalmente debelado", disse o ministro das Emergências, Sergei Shoigu, a autoridades envolvidas na operação, segundo relato da agência de notícias Interfax.
A frota russa de submarinos nucleares, que já foi um orgulho da Marinha soviética, envolveu-se em vários incidentes nos últimos anos, dos quais o pior foi o naufrágio do submarino Kursk, em 2000, resultando na morte de todos os 118 tripulantes.
As explicações oficiais para o incêndio no Yekaterinburg, um submarino de 550 pés (167 metros) e 18,2 mil toneladas, foram vagas, mas acredita-se que o fogo começou na armação de madeira que sustentava a embarcação fora da água. O presidente Dmitry Medvedev ordenou que o caso seja investigado.
O Yekaterinburg tem capacidade para transportar 16 mísseis balísticos, com quatro ogivas cada, e 140 tripulantes. Em julho, ele lançou um míssil intercontinental no mar de Barents, durante um exercício militar.
Após o controle do incêndio, parte da tripulação permaneceu a bordo para verificar os níveis de dióxido de carbono, a temperatura e o comportamento dos reatores nucleares.
O Ministério das Emergências disse em nota que os indicadores de radiação no submarino estão normais, e que "não há ameaça à população local".
BOA NOTÍCIA: VAI DIMINUIR O NÚMERO DE FILHOS DE DROGADAS
Vício em crack faz mulher buscar laqueadura
Ao menos cinco hospitais fazem o procedimento, sendo dois no interior, dois na capital e um em Porto Alegre
Esterilização só pode ser feita em mulheres a partir de 25 anos ou com dois filhos ou mais, com permissão escrita
JULIANA COISSI - FSP
O avanço do crack e outras drogas entre grávidas tem feito hospitais brasileiros realizarem laqueaduras a pedido das mulheres. A Folha ouviu cinco maternidades que adotam a prática -duas no interior, duas na capital e uma em Porto Alegre (RS).
Por lei, a laqueadura só pode ser feita em mulheres com mais de 25 anos ou com mais de dois filhos. Ela deve expressar por escrito a vontade, e é proibida a indução à prática.
Maternidades ouvidas pela Folha, porém, confirmam que a prática existe e que é cada vez mais comum nos partos ver mães que estão sob o vício do crack. A gravidez, muitas vezes, é resultado de abuso sofrido na rua, enquanto a mulher usava a droga.
Na capital, a maternidade estadual Leonor Mendes de Barros faz em média por ano 6.500 partos. Neste ano, 39 grávidas eram usuárias.
O hospital não tem levantamento das laqueaduras só em viciadas, mas a operação é feita uma ou duas vezes por mês em casos especiais -viciadas com algum distúrbio psiquiátrico ou soropositivas.
Apesar de depender da vontade da mulher, a pressão da família pesa na decisão.
"Tenho impressão de que ela é convencida. Geralmente, vem a mãe dela e nos diz "ela engravidou de novo e não se cuida, eu que cuido dos filhos dela", disse a supervisora do Planejamento Familiar Cristina Helena Rama.
Próximo à cracolândia, a Santa Casa de SP atende por mês de duas a três grávidas usuárias de crack, em geral jovens de 20 a 30 anos, andarilhas, sem pré-natal, levadas pelo resgate em trabalho de parto e sob efeito da droga.
Segundo a médica Sonia Tamanaha, do setor de planejamento familiar, são mulheres que sequer conseguem informar dados pessoais.
A Santa Casa não sabe estimar quantas delas passaram pela laqueadura.
Em Araraquara, a Santa Casa teve três casos de bebês que nasceram neste ano e em 2010 com crise de abstinência de cocaína, devido ao vício das mães. Neste ano, foram cinco viciadas em crack.
Diretor da maternidade da Santa Casa, Leonardo Alberto Cunha diz não ter dados das esterilizações, mas que ele já fez duas laqueaduras em dependentes químicas.
"As famílias nos procuram. Não é rotina, mas nesses casos eu executo, porque são casos de alta dependência. A mulher já tem dois, três bebês, um de cada pai." O procedimento ocorre, diz, com a avaliação de outros médicos.
Há casos também em Porto Alegre, no Grupo Hospitalar Conceição. Neste ano, em uma das maternidades do grupo, três de 111 grávidas viciadas passaram por laqueadura. Segundo o diretor-técnico Neio Lúcio Fraga Pereira, há consultório de rua que aborda pessoas com crack -entre elas, há grávidas.
Na Mater, em Ribeirão, um estudo mostrou que 23% das grávidas consumiam álcool. De janeiro a novembro deste ano, foram 357 laqueaduras -não há dados de usuárias.
REVERSÃO
Segundo o Ministério da Saúde, a laqueadura tubária é irreversível em 95% dos casos. A escolha tem partido das mulheres, convencidas pela família ou após orientação médica. Em 2010, foram 38.752 laqueaduras via SUS, número em queda desde 2007.
O ministério desconhece quantas envolvem viciadas.
Do Blog:
Que tempos!
Como o governo não erradica as drogas, ele "erradica" os filhos das drogadas.
A sociedade agradece.
Ao menos cinco hospitais fazem o procedimento, sendo dois no interior, dois na capital e um em Porto Alegre
Esterilização só pode ser feita em mulheres a partir de 25 anos ou com dois filhos ou mais, com permissão escrita
JULIANA COISSI - FSP
O avanço do crack e outras drogas entre grávidas tem feito hospitais brasileiros realizarem laqueaduras a pedido das mulheres. A Folha ouviu cinco maternidades que adotam a prática -duas no interior, duas na capital e uma em Porto Alegre (RS).
Por lei, a laqueadura só pode ser feita em mulheres com mais de 25 anos ou com mais de dois filhos. Ela deve expressar por escrito a vontade, e é proibida a indução à prática.
Maternidades ouvidas pela Folha, porém, confirmam que a prática existe e que é cada vez mais comum nos partos ver mães que estão sob o vício do crack. A gravidez, muitas vezes, é resultado de abuso sofrido na rua, enquanto a mulher usava a droga.
Na capital, a maternidade estadual Leonor Mendes de Barros faz em média por ano 6.500 partos. Neste ano, 39 grávidas eram usuárias.
O hospital não tem levantamento das laqueaduras só em viciadas, mas a operação é feita uma ou duas vezes por mês em casos especiais -viciadas com algum distúrbio psiquiátrico ou soropositivas.
Apesar de depender da vontade da mulher, a pressão da família pesa na decisão.
"Tenho impressão de que ela é convencida. Geralmente, vem a mãe dela e nos diz "ela engravidou de novo e não se cuida, eu que cuido dos filhos dela", disse a supervisora do Planejamento Familiar Cristina Helena Rama.
Próximo à cracolândia, a Santa Casa de SP atende por mês de duas a três grávidas usuárias de crack, em geral jovens de 20 a 30 anos, andarilhas, sem pré-natal, levadas pelo resgate em trabalho de parto e sob efeito da droga.
Segundo a médica Sonia Tamanaha, do setor de planejamento familiar, são mulheres que sequer conseguem informar dados pessoais.
A Santa Casa não sabe estimar quantas delas passaram pela laqueadura.
Em Araraquara, a Santa Casa teve três casos de bebês que nasceram neste ano e em 2010 com crise de abstinência de cocaína, devido ao vício das mães. Neste ano, foram cinco viciadas em crack.
Diretor da maternidade da Santa Casa, Leonardo Alberto Cunha diz não ter dados das esterilizações, mas que ele já fez duas laqueaduras em dependentes químicas.
"As famílias nos procuram. Não é rotina, mas nesses casos eu executo, porque são casos de alta dependência. A mulher já tem dois, três bebês, um de cada pai." O procedimento ocorre, diz, com a avaliação de outros médicos.
Há casos também em Porto Alegre, no Grupo Hospitalar Conceição. Neste ano, em uma das maternidades do grupo, três de 111 grávidas viciadas passaram por laqueadura. Segundo o diretor-técnico Neio Lúcio Fraga Pereira, há consultório de rua que aborda pessoas com crack -entre elas, há grávidas.
Na Mater, em Ribeirão, um estudo mostrou que 23% das grávidas consumiam álcool. De janeiro a novembro deste ano, foram 357 laqueaduras -não há dados de usuárias.
REVERSÃO
Segundo o Ministério da Saúde, a laqueadura tubária é irreversível em 95% dos casos. A escolha tem partido das mulheres, convencidas pela família ou após orientação médica. Em 2010, foram 38.752 laqueaduras via SUS, número em queda desde 2007.
O ministério desconhece quantas envolvem viciadas.
Do Blog:
Que tempos!
Como o governo não erradica as drogas, ele "erradica" os filhos das drogadas.
A sociedade agradece.
FIQUEI COMPADECIDO PELO PAPAI NOEL
Helicóptero com deputado e Papai Noel cai no Rio
FSP
DO RIO - Um helicóptero com o deputado estadual Miguel Jeovani (PR) e um homem vestido de Papai Noel caiu ontem à tarde em Araruama, na região dos Lagos do Estado do Rio.
O acidente ocorreu quando a aeronave foi obrigada a fazer um pouso de emergência.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Cabo Frio, os quatro passageiros do helicóptero -o deputado, o piloto, o copiloto e o Papai Noel- tiveram apenas ferimentos leves.
Antes do acidente, Jeovani informou em seu site que iria acompanhar a distribuição de presentes para as crianças da região. Ele chegou a desejar feliz 2012 a um de seu seguidores no Twitter pouco antes do acidente. A Folha não conseguiu contato com o deputado.
FSP
DO RIO - Um helicóptero com o deputado estadual Miguel Jeovani (PR) e um homem vestido de Papai Noel caiu ontem à tarde em Araruama, na região dos Lagos do Estado do Rio.
O acidente ocorreu quando a aeronave foi obrigada a fazer um pouso de emergência.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Cabo Frio, os quatro passageiros do helicóptero -o deputado, o piloto, o copiloto e o Papai Noel- tiveram apenas ferimentos leves.
Antes do acidente, Jeovani informou em seu site que iria acompanhar a distribuição de presentes para as crianças da região. Ele chegou a desejar feliz 2012 a um de seu seguidores no Twitter pouco antes do acidente. A Folha não conseguiu contato com o deputado.
ISLÃO DOS BÁRBAROS
A maior ameaça às mulheres? A lei islâmica.
Diana West - MSM
Onde estão agora todas as mulheres para se manifestarem enquanto meninas, moças e mulheres sofrem estupros de homens muçulmanos e estão sob a ameaça da lei islâmica?
Existe um fato: a segurança das mulheres na sociedade está sob ameaça, mas não pelas propostas ou cantadas indecorosas feitas por executivos esquisitos e ultrapassados. A segurança das mulheres está sob ameaça com a propagação do islamismo na sociedade ocidental, que está aceitando, sem questionar e nem mesmo fazer menção, a misoginia agressiva dessa religião.
Raras são as notícias e casuais são os vídeos online que confirmem as agressões em massa contra meninas e mulheres que são diretamente atribuíveis às crescentes comunidades islâmicas, em grande parte na Europa.
O real problema não desaparece só porque os meios de comunicação estão de boca fechada. No começo deste ano, a NRK, a televisão estatal da Noruega, fez uma reportagem mostrando que 100 por cento dos estupros em Oslo em 2010, em que os criminosos puderam ser identificados, foram cometidos por “homens de origem não ocidental” — o eufemismo aleijado usado para designar homens muçulmanos na Noruega. Usando como base um estudo divulgado pela polícia de Oslo neste ano, a NRK também mostrou, em sua reportagem, que dos 86 estupros em Oslo contra meninas, moças e mulheres entre 2005 e 2010 em que os criminosos puderam ser identificados, 83 foram cometidos por “homens de aparência não ocidental”. As vítimas, por outro lado, eram predominantemente moças brancas — “norueguesas étnicas”. O que é chocante é que esse escândalo, que coloca em dúvida as políticas de asilo e imigração do governo que aterrorizam as mulheres da Noruega, raramente vai parar nas manchetes.
Até muito recentemente, o silêncio também pairava sobre um fenômeno que ocorre há décadas na Inglaterra: gangues de estupradores —predominantemente muçulmanos, predominantemente paquistaneses — que aliciam meninas muito novas, geralmente de sangue inglês, para se tornarem propriedade sexual para uso pessoal e para prostituição. A crise alcançou agora proporções epidêmicas. De acordo com a Secretaria dos Direitos das Crianças, um número elevado de 10.000 meninas menores de idade podem estar sendo vítimas.
E daí? De acordo com o jornal Telegraph, “depois que um estudo acadêmico revelou que é preciso fazer muito mais para proteger as crianças de exploração sexual”, o governo da Inglaterra decidiu lançar uma “investigação que vai levar dois anos”. Nada de tomar medidas agora para proteger as meninas.
Melhor seguir o exemplo de uma cidade da Sérvia de 6 mil habitantes, onde, depois que cinco muçulmanos afegãos estupraram brutalmente uma turista inglesa, a população da cidade recentemente iniciou uma campanha de protesto. Eles tiraram seus filhos da escola até que, conforme reportagem do jornal Austrian Times, o governo remova completamente 2.500 estrangeiros ilegais de um centro construído para abrigar 120.
Bem-vindo ao mundo, não pós 11 de setembro de 2001, mas pós Theo van Gogh. O assassinato ritualista de van Gogh ocorreu sete anos atrás, neste mesmo mês, bem no coração da Europa. Foi retribuição, disse o muçulmano que o assassinou, pelo filme “Submissão” de van Gogh. O filme retrata a situação difícil das mulheres que vivem debaixo da lei islâmica. Ayaan Hirsi Ali, que escreveu o roteiro do filme, tem vivido desde então sob ameaça de morte por parte de muçulmanos. Ela recentemente abandonou a ideia de fazer uma continuação do filme como “arriscada demais”.
Onde estão agora todas as mulheres para se manifestarem enquanto meninas, moças e mulheres sofrem estupros de homens muçulmanos e estão sob a ameaça da lei islâmica?
Diana West - MSM
Onde estão agora todas as mulheres para se manifestarem enquanto meninas, moças e mulheres sofrem estupros de homens muçulmanos e estão sob a ameaça da lei islâmica?
Existe um fato: a segurança das mulheres na sociedade está sob ameaça, mas não pelas propostas ou cantadas indecorosas feitas por executivos esquisitos e ultrapassados. A segurança das mulheres está sob ameaça com a propagação do islamismo na sociedade ocidental, que está aceitando, sem questionar e nem mesmo fazer menção, a misoginia agressiva dessa religião.
Raras são as notícias e casuais são os vídeos online que confirmem as agressões em massa contra meninas e mulheres que são diretamente atribuíveis às crescentes comunidades islâmicas, em grande parte na Europa.
O real problema não desaparece só porque os meios de comunicação estão de boca fechada. No começo deste ano, a NRK, a televisão estatal da Noruega, fez uma reportagem mostrando que 100 por cento dos estupros em Oslo em 2010, em que os criminosos puderam ser identificados, foram cometidos por “homens de origem não ocidental” — o eufemismo aleijado usado para designar homens muçulmanos na Noruega. Usando como base um estudo divulgado pela polícia de Oslo neste ano, a NRK também mostrou, em sua reportagem, que dos 86 estupros em Oslo contra meninas, moças e mulheres entre 2005 e 2010 em que os criminosos puderam ser identificados, 83 foram cometidos por “homens de aparência não ocidental”. As vítimas, por outro lado, eram predominantemente moças brancas — “norueguesas étnicas”. O que é chocante é que esse escândalo, que coloca em dúvida as políticas de asilo e imigração do governo que aterrorizam as mulheres da Noruega, raramente vai parar nas manchetes.
Até muito recentemente, o silêncio também pairava sobre um fenômeno que ocorre há décadas na Inglaterra: gangues de estupradores —predominantemente muçulmanos, predominantemente paquistaneses — que aliciam meninas muito novas, geralmente de sangue inglês, para se tornarem propriedade sexual para uso pessoal e para prostituição. A crise alcançou agora proporções epidêmicas. De acordo com a Secretaria dos Direitos das Crianças, um número elevado de 10.000 meninas menores de idade podem estar sendo vítimas.
E daí? De acordo com o jornal Telegraph, “depois que um estudo acadêmico revelou que é preciso fazer muito mais para proteger as crianças de exploração sexual”, o governo da Inglaterra decidiu lançar uma “investigação que vai levar dois anos”. Nada de tomar medidas agora para proteger as meninas.
Melhor seguir o exemplo de uma cidade da Sérvia de 6 mil habitantes, onde, depois que cinco muçulmanos afegãos estupraram brutalmente uma turista inglesa, a população da cidade recentemente iniciou uma campanha de protesto. Eles tiraram seus filhos da escola até que, conforme reportagem do jornal Austrian Times, o governo remova completamente 2.500 estrangeiros ilegais de um centro construído para abrigar 120.
Bem-vindo ao mundo, não pós 11 de setembro de 2001, mas pós Theo van Gogh. O assassinato ritualista de van Gogh ocorreu sete anos atrás, neste mesmo mês, bem no coração da Europa. Foi retribuição, disse o muçulmano que o assassinou, pelo filme “Submissão” de van Gogh. O filme retrata a situação difícil das mulheres que vivem debaixo da lei islâmica. Ayaan Hirsi Ali, que escreveu o roteiro do filme, tem vivido desde então sob ameaça de morte por parte de muçulmanos. Ela recentemente abandonou a ideia de fazer uma continuação do filme como “arriscada demais”.
Onde estão agora todas as mulheres para se manifestarem enquanto meninas, moças e mulheres sofrem estupros de homens muçulmanos e estão sob a ameaça da lei islâmica?
JUDICIÁRIO CORRUPTO, JUSTIÇA BANDIDA. CAUSA E EFEITO. É SIMPLES.
A Justiça costuma tardar e falhar em processos que envolvem magistrados
FREDERICO VASCONCELOS - FSP
O ano termina desmentindo o imaginário popular. Quando se trata de processos envolvendo juízes, a Justiça costuma tardar e falhar.
Os três episódios a seguir não têm a ver diretamente com o embate entre as associações de magistrados e a corregedora nacional (as duas liminares concedidas ao apagar do ano judiciário jogaram luzes sobre um confronto sombrio, além de retardar investigações sobre magistrados).
1) Há um ano está na gaveta da subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques o caso em que o presidente do STJ, Ari Pargendler, foi acusado de assédio moral por um estagiário.
Supõe-se que, nesses doze meses em que o Ministério Público não conseguiu produzir um mero parecer ou denúncia, o presidente do STJ confiava que viria a afirmação de que fora alvo de uma acusação injusta. Igualmente, supõe-se que o jovem demitido do STJ imaginava que veria a Justiça ser feita.
Ambos, e a sociedade, chegarão a 2012 sem resposta.
2) No mesmo STF que preserva a identidade de acusados, identificando-os nos processos apenas pelas iniciais, Eliana Calmon Alves (com nome completo registrado nos autos) é alvo de queixa-crime instaurada por um juiz federal afastado do cargo por ela.
O juiz, que se diz vítima de difamação e injúria, já admitiu estar envolvido na talvez maior fraude do Judiciário.
Desde outubro, Calmon aguarda que o relator decida sobre a alegada decadência ou que pelo menos mande ouvir o Ministério Público. Ou seja, o acusador não exerceu o seu direito no prazo legal, o que seria suficiente para encerrar a pendenga.
3) Condenado pelo STJ, em 2008, a três anos de prisão em regime aberto por corrupção passiva, além de perda do cargo, o juiz Paulo Theotonio Costa viu frustradas todas as tentativas de procrastinar o trânsito em julgado da decisão e seu cumprimento.
O Ministério Público, por sua vez, acompanhou a inércia do Judiciário e não fez o processo andar.
FREDERICO VASCONCELOS - FSP
O ano termina desmentindo o imaginário popular. Quando se trata de processos envolvendo juízes, a Justiça costuma tardar e falhar.
Os três episódios a seguir não têm a ver diretamente com o embate entre as associações de magistrados e a corregedora nacional (as duas liminares concedidas ao apagar do ano judiciário jogaram luzes sobre um confronto sombrio, além de retardar investigações sobre magistrados).
1) Há um ano está na gaveta da subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques o caso em que o presidente do STJ, Ari Pargendler, foi acusado de assédio moral por um estagiário.
Supõe-se que, nesses doze meses em que o Ministério Público não conseguiu produzir um mero parecer ou denúncia, o presidente do STJ confiava que viria a afirmação de que fora alvo de uma acusação injusta. Igualmente, supõe-se que o jovem demitido do STJ imaginava que veria a Justiça ser feita.
Ambos, e a sociedade, chegarão a 2012 sem resposta.
2) No mesmo STF que preserva a identidade de acusados, identificando-os nos processos apenas pelas iniciais, Eliana Calmon Alves (com nome completo registrado nos autos) é alvo de queixa-crime instaurada por um juiz federal afastado do cargo por ela.
O juiz, que se diz vítima de difamação e injúria, já admitiu estar envolvido na talvez maior fraude do Judiciário.
Desde outubro, Calmon aguarda que o relator decida sobre a alegada decadência ou que pelo menos mande ouvir o Ministério Público. Ou seja, o acusador não exerceu o seu direito no prazo legal, o que seria suficiente para encerrar a pendenga.
3) Condenado pelo STJ, em 2008, a três anos de prisão em regime aberto por corrupção passiva, além de perda do cargo, o juiz Paulo Theotonio Costa viu frustradas todas as tentativas de procrastinar o trânsito em julgado da decisão e seu cumprimento.
O Ministério Público, por sua vez, acompanhou a inércia do Judiciário e não fez o processo andar.
KLAUBER CRISTOFEN PIRES DESMASCARA JORNAL NACIONAL QUE TENTA AMENIZAR A VIOLÊNCIA DA DITADURA DOS IRMÃOS CASTRO, IDOLATRADOS PELOS DÉBEIS MENTAIS E CLEPTOMANÍACOS DA ESQUERDA BRASILEIRA
Haja Mentira! Jornal Nacional pinta de rosa a repressão cubana
Klauber Cristofen Pires - MSM
Deixem-me dizer o que o Jornal Nacional, malgrado seus pomposamente alardeados "princípios editoriais", ocultou ao público: neste ano, até novembro, mais de 3 mil pessoas foram presas pelo regime comunista (comunista, sim!) cubano !
"Existe uma confusão. Isto não é comunismo, nem socialismo. É um capitalismo de estado, de clã familiar, um capitalismo militar."
Yoani Sánchez, autoproclamada "dissidente" cubana.
Quem tem acompanhado os acontecimentos em Cuba por fontes mais idôneas deve ter sofrido um "passamento", como dizem os caboclos ribeirinhos aqui da região Norte, ao ter assistido ao terceiro episódio da série jornalística exibida pelo Jornal Nacional sobre a ilha do medo, intitulada "Cubanos usam mensagens de texto para driblar a censura e a repressão política".
Imaginem se uma blogueira que mostra seu belo rostinho e escreve para vários jornais do mundo inteiro pode se apresentar como dissidente do regime comunista cubano, ainda mais exibindo sua luxuosa e confortável casa, mesmo para os muito superiores padrões brasileiros.
Aos desavisados, sonsos, crédulos e ingênuos: a Sra Yoáni Sanchez não é ninguém menos do que uma agente de desinformação (será que devo escrever "agenta"?) do próprio regime. Sua função é justamente esta, qual seja, a de causar duvida sobre a crueldade do aparato repressivo: Senão vejamos: é uma mulher razoavelmente bela e simpática, tem uma bela casa, envia suas mensagens pelo Twitter e diz que apanhou da polícia política - ainda que sem um hematomazinho que facilmente apareceria em sua alva tez.
Desta forma, os tontos que acreditam piamente em sua atividade pretensamente clandestina serão levados a crer que os que denunciam as atrocidades dos Castro e de sua gangue são uns exagerados, senão uns mentirosos mal-intencionados. Afinal, a vida em Cuba não seria tão ruim assim como pintam...; já aqueles dissidentes, eles pareceriam mais com um bando de mimados sem causa ou sob paga do império ianque para desestabilizar o paraíso caribenho...
Depois da pequena lavagem cerebral - trabalho fácil, pois as cabeças estavam ocas mesmo - vão sair por aí exibindo sua performance intelectual aos amigos, entre goles de cerveja e mordiscadas nas chochas batatinhas fritas afogadas de tanto óleo: "Em Cuba não vigora um comunismo, nem um socialismo: é um capitalismo de estado, um clã familiar, um capitalismo militar"...
Pois deixem-me dizer o que o Jornal Nacional, malgrado seus pomposamente alardeados "princípios editoriais", ocultou ao público: neste ano, até novembro, mais de 3 mil pessoas foram presas pelo regime comunista (comunista, sim!) cubano ! A notícia saiu no El Nuevo Herald, apenas um dia antes desta pantomima televisiva que está mais é para pré-estréia do BBB11. O Jornal Nacional perdeu mais uma chance de jogar uma água e sabão na sua reputação.
Abaixo, segue a notícia publicada no jornal de Miami, traduzida automaticamente pelo Google.
Relataram um aumento da repressão em Cuba
Por Juan Carlos Chávez
jcchavez@elnuevoherald.com
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Em novembro de havia mais de 3,170 prisões na ilha
A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), com sede em Havana, alertou a comunidade internacional sobre a repressão política contra o movimento de oposição. Em um relatório de progresso em Dezembro anunciou que até o momento 388 prisões foram temporárias, uso mais excessivo da força.
"Estamos muito preocupados com o aumento nas chamadas de baixa intensidade repressão política que consiste em prisões por horas, dias ou semanas", disse Elizardo Sanchez, diretor da CCDHRN ilegal.
Relatos de violência policial raramente podem ser verificados de forma independente porque as autoridades cubanas a impor barreiras para o fluxo de informações e renunciamos a qualquer ato de violência.
Mas de acordo com dados CCDHRN de janeiro a novembro em Cuba foram mais de 3,170 prisões pela polícia e agentes de segurança do Estado. O número representa mais de 800 casos, todos monitorados detenção temporária em 2010.
O nível de perseguição policial levou à rejeição de organizações de direitos humanos e governos democráticos. O Departamento de Estado dos Estados Unidos tem reiteradamente afirmado que a qualidade das liberdades individuais em Cuba é "pobre". Disse recentemente que o governo cubano continua a restringir direitos fundamentais, incluindo as relativas à liberdade de reunião imprensa fala e pacífica.
O recrudescimento da violência coincide com uma referência de passagem para os ataques maciços em praças públicas e vias explicitamente pronunciado por Raul Castro, durante a cerimônia de encerramento do VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, em abril deste ano.
Cuba tem sido um aumento significativo nas tentativas de protestos em meio a crescente violência e processos sem o apoio legal para silenciar a dissidência. Até agora este ano, tribunais cubanos mantiveram oito adversários a penas de prisão de até cinco anos.
Em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, houve uma onda de detenções em massa e perseguição de ativistas e jornalistas independentes. O grupo de Damas de Branco, esposas e mães de presos políticos, foi assediado por multidões pró-governo em frente à sede do grupo.
Na véspera, o ex-prisioneiros políticos e Angel Moya José Daniel Ferrer foi preso em 02 de dezembro depois de tentar organizar uma marcha pacífica na cidade oriental de Palma Soriano. Na demonstração, pelo menos, cinco adversários terminou com ferimentos na cabeça, golpes nos olhos e outras lesões.
Ferrer e Moya são membros do Grupo dos 75, dissidentes condenados em 2003 durante a repressão conhecida como Primavera Negra, que visa silenciar as vozes críticas e exigências para eleições livres. A imagem do ataque com a participação de cerca de 46 dissidentes mostra o adversário Henry Perales, 27 anos, com dois ferimentos na cabeça raspada precisou de nove pontos. Outra imagem mostra Abraham Cabrera com uma ferida de um ponto na testa.
A operação da polícia em Palma Soriano foi uma das operações policiais contra os dissidentes mais e em maior escala nos últimos anos. Todos os adversários foram liberados dentro de horas ou dias, embora um deles foi detido 12 dias foram feitas sem serem cobrados.
Perales disse segunda-feira que vai apresentar uma queixa formal contra seu agressor, que vencê-lo ferozmente com uma ferramenta ao ser transferidos em um ônibus.
Em uma entrevista por telefone de Havana, Perales, marido e pai de dois filhos, disse que sofre de tonturas e dores de cabeça graves, a gravidade dos ferimentos. "Foi um ataque covarde, quando a polícia e eu estava acertando apenas gritam pelos direitos humanos", disse Perales, um membro da União Patriótica Cubana ilegal.
Sanchez Perales disse que não morreu "milagre". Ele lembrou que o infrator não teve nenhum problema em usar uma ferramenta mais do que um quilograma. Sánchez foi cauteloso com o desenvolvimento da reclamação, explicou ele, os tribunais são plataformas e engrenagens de "domínio de Fidel Castro". Ele disse que vai insistir na responsabilidade política e moral das autoridades."Seria um milagre que acomodar a demanda", disse Sanchez. "Mas vamos continuar a apoiar Henry, do ponto de vista legal para a acusação contra o agressor, que era um agente da Segurança do Estado cubano".
Klauber Cristofen Pires - MSM
Deixem-me dizer o que o Jornal Nacional, malgrado seus pomposamente alardeados "princípios editoriais", ocultou ao público: neste ano, até novembro, mais de 3 mil pessoas foram presas pelo regime comunista (comunista, sim!) cubano !
"Existe uma confusão. Isto não é comunismo, nem socialismo. É um capitalismo de estado, de clã familiar, um capitalismo militar."
Yoani Sánchez, autoproclamada "dissidente" cubana.
Quem tem acompanhado os acontecimentos em Cuba por fontes mais idôneas deve ter sofrido um "passamento", como dizem os caboclos ribeirinhos aqui da região Norte, ao ter assistido ao terceiro episódio da série jornalística exibida pelo Jornal Nacional sobre a ilha do medo, intitulada "Cubanos usam mensagens de texto para driblar a censura e a repressão política".
Imaginem se uma blogueira que mostra seu belo rostinho e escreve para vários jornais do mundo inteiro pode se apresentar como dissidente do regime comunista cubano, ainda mais exibindo sua luxuosa e confortável casa, mesmo para os muito superiores padrões brasileiros.
Aos desavisados, sonsos, crédulos e ingênuos: a Sra Yoáni Sanchez não é ninguém menos do que uma agente de desinformação (será que devo escrever "agenta"?) do próprio regime. Sua função é justamente esta, qual seja, a de causar duvida sobre a crueldade do aparato repressivo: Senão vejamos: é uma mulher razoavelmente bela e simpática, tem uma bela casa, envia suas mensagens pelo Twitter e diz que apanhou da polícia política - ainda que sem um hematomazinho que facilmente apareceria em sua alva tez.
Desta forma, os tontos que acreditam piamente em sua atividade pretensamente clandestina serão levados a crer que os que denunciam as atrocidades dos Castro e de sua gangue são uns exagerados, senão uns mentirosos mal-intencionados. Afinal, a vida em Cuba não seria tão ruim assim como pintam...; já aqueles dissidentes, eles pareceriam mais com um bando de mimados sem causa ou sob paga do império ianque para desestabilizar o paraíso caribenho...
Depois da pequena lavagem cerebral - trabalho fácil, pois as cabeças estavam ocas mesmo - vão sair por aí exibindo sua performance intelectual aos amigos, entre goles de cerveja e mordiscadas nas chochas batatinhas fritas afogadas de tanto óleo: "Em Cuba não vigora um comunismo, nem um socialismo: é um capitalismo de estado, um clã familiar, um capitalismo militar"...
Pois deixem-me dizer o que o Jornal Nacional, malgrado seus pomposamente alardeados "princípios editoriais", ocultou ao público: neste ano, até novembro, mais de 3 mil pessoas foram presas pelo regime comunista (comunista, sim!) cubano ! A notícia saiu no El Nuevo Herald, apenas um dia antes desta pantomima televisiva que está mais é para pré-estréia do BBB11. O Jornal Nacional perdeu mais uma chance de jogar uma água e sabão na sua reputação.
Abaixo, segue a notícia publicada no jornal de Miami, traduzida automaticamente pelo Google.
Relataram um aumento da repressão em Cuba
Por Juan Carlos Chávez
jcchavez@elnuevoherald.com
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Em novembro de havia mais de 3,170 prisões na ilha
A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), com sede em Havana, alertou a comunidade internacional sobre a repressão política contra o movimento de oposição. Em um relatório de progresso em Dezembro anunciou que até o momento 388 prisões foram temporárias, uso mais excessivo da força.
"Estamos muito preocupados com o aumento nas chamadas de baixa intensidade repressão política que consiste em prisões por horas, dias ou semanas", disse Elizardo Sanchez, diretor da CCDHRN ilegal.
Relatos de violência policial raramente podem ser verificados de forma independente porque as autoridades cubanas a impor barreiras para o fluxo de informações e renunciamos a qualquer ato de violência.
Mas de acordo com dados CCDHRN de janeiro a novembro em Cuba foram mais de 3,170 prisões pela polícia e agentes de segurança do Estado. O número representa mais de 800 casos, todos monitorados detenção temporária em 2010.
O nível de perseguição policial levou à rejeição de organizações de direitos humanos e governos democráticos. O Departamento de Estado dos Estados Unidos tem reiteradamente afirmado que a qualidade das liberdades individuais em Cuba é "pobre". Disse recentemente que o governo cubano continua a restringir direitos fundamentais, incluindo as relativas à liberdade de reunião imprensa fala e pacífica.
O recrudescimento da violência coincide com uma referência de passagem para os ataques maciços em praças públicas e vias explicitamente pronunciado por Raul Castro, durante a cerimônia de encerramento do VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, em abril deste ano.
Cuba tem sido um aumento significativo nas tentativas de protestos em meio a crescente violência e processos sem o apoio legal para silenciar a dissidência. Até agora este ano, tribunais cubanos mantiveram oito adversários a penas de prisão de até cinco anos.
Em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, houve uma onda de detenções em massa e perseguição de ativistas e jornalistas independentes. O grupo de Damas de Branco, esposas e mães de presos políticos, foi assediado por multidões pró-governo em frente à sede do grupo.
Na véspera, o ex-prisioneiros políticos e Angel Moya José Daniel Ferrer foi preso em 02 de dezembro depois de tentar organizar uma marcha pacífica na cidade oriental de Palma Soriano. Na demonstração, pelo menos, cinco adversários terminou com ferimentos na cabeça, golpes nos olhos e outras lesões.
Ferrer e Moya são membros do Grupo dos 75, dissidentes condenados em 2003 durante a repressão conhecida como Primavera Negra, que visa silenciar as vozes críticas e exigências para eleições livres. A imagem do ataque com a participação de cerca de 46 dissidentes mostra o adversário Henry Perales, 27 anos, com dois ferimentos na cabeça raspada precisou de nove pontos. Outra imagem mostra Abraham Cabrera com uma ferida de um ponto na testa.
A operação da polícia em Palma Soriano foi uma das operações policiais contra os dissidentes mais e em maior escala nos últimos anos. Todos os adversários foram liberados dentro de horas ou dias, embora um deles foi detido 12 dias foram feitas sem serem cobrados.
Perales disse segunda-feira que vai apresentar uma queixa formal contra seu agressor, que vencê-lo ferozmente com uma ferramenta ao ser transferidos em um ônibus.
Em uma entrevista por telefone de Havana, Perales, marido e pai de dois filhos, disse que sofre de tonturas e dores de cabeça graves, a gravidade dos ferimentos. "Foi um ataque covarde, quando a polícia e eu estava acertando apenas gritam pelos direitos humanos", disse Perales, um membro da União Patriótica Cubana ilegal.
Sanchez Perales disse que não morreu "milagre". Ele lembrou que o infrator não teve nenhum problema em usar uma ferramenta mais do que um quilograma. Sánchez foi cauteloso com o desenvolvimento da reclamação, explicou ele, os tribunais são plataformas e engrenagens de "domínio de Fidel Castro". Ele disse que vai insistir na responsabilidade política e moral das autoridades."Seria um milagre que acomodar a demanda", disse Sanchez. "Mas vamos continuar a apoiar Henry, do ponto de vista legal para a acusação contra o agressor, que era um agente da Segurança do Estado cubano".
VEJA PARA ONDE VAI O IMPOSTO QUE VOCÊ PAGA DIARIAMENTE II
ITJ-SP fez pagamentos ilegais a 118 juízes
Após ação do CNJ, tribunal determinou a devolução em 2011 de pagamentos de folgas feitos em 2009 e 2010
Corte não comentou os repasses; pagamento ocorreu por meio da conversão de folgas em dias de licença-prêmio
FLÁVIO FERREIRA - FSP
O Tribunal de Justiça de São Paulo fez pagamentos ilegais a 118 juízes que somaram cerca de R$ 1 milhão nos anos de 2009 e 2010.
As verbas resultaram de uma conversão indevida de dias de folga, que não podem ser pagos em dinheiro, em dias de licença-prêmio, que podem ser indenizadas.
Após a abertura de um processo sobre o caso no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o próprio TJ anulou os pagamentos e determinou a devolução dos valores a partir de fevereiro deste ano.
As folgas foram obtidas pelos juízes por trabalhos em plantões ou na Justiça Eleitoral, por exemplo. Devem ser obrigatoriamente gozadas em dias de descanso.
Já as licenças-prêmio são um benefício pela assiduidade. A cada cinco anos de trabalho, os servidores têm direito a 90 dias de licença-prêmio, que podem ser convertidos em dinheiro.
Os pagamentos indevidos aos magistrados variaram de cerca de R$ 700 a R$ 62 mil.
Segundo a lei, a devolução dos valores deve ser parcelada e não pode superar R$ 2 mil por mês, o equivalente a 10% dos salários dos juízes.
A ilegalidade foi apontada ao CNJ pela Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário de São Paulo) em fevereiro de 2010.
Em sua primeira manifestação no processo do CNJ, o tribunal negou os pagamentos. Porém, em petição enviada ao conselho em março, o TJ afirmou:"Diante de verificação mais aprofundada, constatou-se a existência de alguns pleitos atendidos e pagamentos efetuados".
Em abril, o conselho determinou a notificação dos magistrados beneficiados para que eles se manifestassem.
Porém, em outubro de 2010, o tribunal enviou ofício ao CNJ informando que o caso já havia sido julgado internamente pelo Conselho Superior da Magistratura, órgão da cúpula da corte paulista.
O colegiado do TJ determinou que os juízes restituíssem os valores por meio de desconto em folha de pagamento ou compensação com créditos ainda não quitados, a partir de fevereiro. O conselho, então, arquivou o caso.
Juízes ouvidos pela Folha confirmaram descontos em seus vencimentos para a devolução das verbas.
Procurada pela reportagem, a assessoria do TJ informou que não comentaria os pagamentos porque o caso é relativo a gestões passadas e que, por conta do recesso, não foi possível consultar o processo sobre o tema.
No começo deste mês, após o início de uma inspeção do CNJ, o tribunal determinou a anulação de licenças-prêmio pagas por conta de períodos em que desembargadores trabalharam como advogados. O CNJ ainda apurou supostos pagamentos de auxílio-moradia de forma privilegiada.
Após ação do CNJ, tribunal determinou a devolução em 2011 de pagamentos de folgas feitos em 2009 e 2010
Corte não comentou os repasses; pagamento ocorreu por meio da conversão de folgas em dias de licença-prêmio
FLÁVIO FERREIRA - FSP
O Tribunal de Justiça de São Paulo fez pagamentos ilegais a 118 juízes que somaram cerca de R$ 1 milhão nos anos de 2009 e 2010.
As verbas resultaram de uma conversão indevida de dias de folga, que não podem ser pagos em dinheiro, em dias de licença-prêmio, que podem ser indenizadas.
Após a abertura de um processo sobre o caso no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o próprio TJ anulou os pagamentos e determinou a devolução dos valores a partir de fevereiro deste ano.
As folgas foram obtidas pelos juízes por trabalhos em plantões ou na Justiça Eleitoral, por exemplo. Devem ser obrigatoriamente gozadas em dias de descanso.
Já as licenças-prêmio são um benefício pela assiduidade. A cada cinco anos de trabalho, os servidores têm direito a 90 dias de licença-prêmio, que podem ser convertidos em dinheiro.
Os pagamentos indevidos aos magistrados variaram de cerca de R$ 700 a R$ 62 mil.
Segundo a lei, a devolução dos valores deve ser parcelada e não pode superar R$ 2 mil por mês, o equivalente a 10% dos salários dos juízes.
A ilegalidade foi apontada ao CNJ pela Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário de São Paulo) em fevereiro de 2010.
Em sua primeira manifestação no processo do CNJ, o tribunal negou os pagamentos. Porém, em petição enviada ao conselho em março, o TJ afirmou:"Diante de verificação mais aprofundada, constatou-se a existência de alguns pleitos atendidos e pagamentos efetuados".
Em abril, o conselho determinou a notificação dos magistrados beneficiados para que eles se manifestassem.
Porém, em outubro de 2010, o tribunal enviou ofício ao CNJ informando que o caso já havia sido julgado internamente pelo Conselho Superior da Magistratura, órgão da cúpula da corte paulista.
O colegiado do TJ determinou que os juízes restituíssem os valores por meio de desconto em folha de pagamento ou compensação com créditos ainda não quitados, a partir de fevereiro. O conselho, então, arquivou o caso.
Juízes ouvidos pela Folha confirmaram descontos em seus vencimentos para a devolução das verbas.
Procurada pela reportagem, a assessoria do TJ informou que não comentaria os pagamentos porque o caso é relativo a gestões passadas e que, por conta do recesso, não foi possível consultar o processo sobre o tema.
No começo deste mês, após o início de uma inspeção do CNJ, o tribunal determinou a anulação de licenças-prêmio pagas por conta de períodos em que desembargadores trabalharam como advogados. O CNJ ainda apurou supostos pagamentos de auxílio-moradia de forma privilegiada.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
VEJA PARA ONDE VAI O IMPOSTO QUE VOCÊ PAGA DIARIAMENTE
Salário de vereador sobe até 62% em seis capitais do país
Aprovação de reajustes para 2013 foi antecipada para evitar desgaste eleitoral
Aumentos representam efeito cascata da decisão de 2010 que elevou os contracheques do Congresso a R$ 26,7 mil
SÍLVIA FREIRE/FELIPE LUCHETE - FSP
As Câmaras Municipais de ao menos seis capitais brasileiras aprovaram reajustes de até 62% nos contracheques dos vereadores, se antecipando à ação programada apenas para o fim de 2012.
O objetivo da medida é evitar o desgaste político de votar aumento salarial em ano de eleições municipais. Com isso, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Maceió terão, a partir de janeiro de 2013, incremento da folha de pagamento dos vereadores.
No Rio de Janeiro, apesar de a lei estabelecer que o reajuste só pode entrar em vigor na legislatura seguinte, os vereadores já estão recebendo o aumento de 62%.
Uma ação popular foi proposta contra o pagamento.
Em São Paulo e em outras duas capitais, Porto Alegre e Goiânia, os vereadores também aprovaram ao longo deste ano outros reajustes, já em vigor -de 22,7%, 20,7% e 14,73%, respectivamente.
A justificativa foi recompor as perdas inflacionárias.
A onda de aumentos nas Câmaras foi motivada depois que o Congresso Nacional equiparou o salário de deputados federais e senadores ao teto do funcionalismo, em dezembro de 2010, elevando os contracheques em 62%, de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Logo após, o efeito cascata levou várias Assembleias Legislativas a também reajustar os vencimentos dos deputados estaduais.
Isso ocorre porque a Constituição vincula o salário de vereadores e deputados estaduais ao dos congressistas. Embora as Assembleias e Câmaras Municipais não sejam obrigadas a seguir os reajustes do Congresso, na prática é isso que ocorre na maioria dos casos.
A regra que define que os aumentos só passem a valer para as legislaturas seguintes tem o objetivo de evitar que haja legislação em causa própria.
COSTUME
A onda atual de reajustes nas cidades ganhou destaque após a Câmara de Campinas aprovar neste mês um aumento de 126%, elevando os salários de R$ 6.600 para R$ 15 mil a partir de 2013.
Em Curitiba, o presidente interino da Câmara, Sabino Picolo (DEM), disse que é costume da Casa antecipar a votação. "Os vereadores não querem desgaste em suas comunidades. E qualquer reajuste causa desgaste", disse.
O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), disse que decidiu votar o tema neste ano, entre outras coisas, porque isso evita que o projeto seja analisado depois da eleição de outubro, quando se saberá quem foi reeleito. "Aí, sim, vou legislar em causa própria."
O impacto do reajuste para os 41 vereadores da cidade é de R$ 2,8 milhões ao ano.
Em Porto Alegre, a Mesa Diretora da Câmara chegou a aprovar em outubro um aumento de 74%. A proposta, porém, foi vetada pelo Tribunal de Contas do Estado, que a considerou uma "afronta" à Constituição e um grave risco de lesão ao erário.
Em Vitória, a movimentação para engordar os salários também foi barrada.
A Comissão de Finanças da Câmara chegou a propor um reajuste de 21%. Diante da reação -o presidente da comissão, vereador Zezito Maio (PMDB), disse quase ter "apanhado" na rua-, a Câmara aprovou em outubro uma lei que congela os salários nos atuais R$ 7.430,40 até 2016.
Aprovação de reajustes para 2013 foi antecipada para evitar desgaste eleitoral
Aumentos representam efeito cascata da decisão de 2010 que elevou os contracheques do Congresso a R$ 26,7 mil
SÍLVIA FREIRE/FELIPE LUCHETE - FSP
As Câmaras Municipais de ao menos seis capitais brasileiras aprovaram reajustes de até 62% nos contracheques dos vereadores, se antecipando à ação programada apenas para o fim de 2012.
O objetivo da medida é evitar o desgaste político de votar aumento salarial em ano de eleições municipais. Com isso, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Maceió terão, a partir de janeiro de 2013, incremento da folha de pagamento dos vereadores.
No Rio de Janeiro, apesar de a lei estabelecer que o reajuste só pode entrar em vigor na legislatura seguinte, os vereadores já estão recebendo o aumento de 62%.
Uma ação popular foi proposta contra o pagamento.
Em São Paulo e em outras duas capitais, Porto Alegre e Goiânia, os vereadores também aprovaram ao longo deste ano outros reajustes, já em vigor -de 22,7%, 20,7% e 14,73%, respectivamente.
A justificativa foi recompor as perdas inflacionárias.
A onda de aumentos nas Câmaras foi motivada depois que o Congresso Nacional equiparou o salário de deputados federais e senadores ao teto do funcionalismo, em dezembro de 2010, elevando os contracheques em 62%, de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Logo após, o efeito cascata levou várias Assembleias Legislativas a também reajustar os vencimentos dos deputados estaduais.
Isso ocorre porque a Constituição vincula o salário de vereadores e deputados estaduais ao dos congressistas. Embora as Assembleias e Câmaras Municipais não sejam obrigadas a seguir os reajustes do Congresso, na prática é isso que ocorre na maioria dos casos.
A regra que define que os aumentos só passem a valer para as legislaturas seguintes tem o objetivo de evitar que haja legislação em causa própria.
COSTUME
A onda atual de reajustes nas cidades ganhou destaque após a Câmara de Campinas aprovar neste mês um aumento de 126%, elevando os salários de R$ 6.600 para R$ 15 mil a partir de 2013.
Em Curitiba, o presidente interino da Câmara, Sabino Picolo (DEM), disse que é costume da Casa antecipar a votação. "Os vereadores não querem desgaste em suas comunidades. E qualquer reajuste causa desgaste", disse.
O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), disse que decidiu votar o tema neste ano, entre outras coisas, porque isso evita que o projeto seja analisado depois da eleição de outubro, quando se saberá quem foi reeleito. "Aí, sim, vou legislar em causa própria."
O impacto do reajuste para os 41 vereadores da cidade é de R$ 2,8 milhões ao ano.
Em Porto Alegre, a Mesa Diretora da Câmara chegou a aprovar em outubro um aumento de 74%. A proposta, porém, foi vetada pelo Tribunal de Contas do Estado, que a considerou uma "afronta" à Constituição e um grave risco de lesão ao erário.
Em Vitória, a movimentação para engordar os salários também foi barrada.
A Comissão de Finanças da Câmara chegou a propor um reajuste de 21%. Diante da reação -o presidente da comissão, vereador Zezito Maio (PMDB), disse quase ter "apanhado" na rua-, a Câmara aprovou em outubro uma lei que congela os salários nos atuais R$ 7.430,40 até 2016.
LIBERTÉ, EGALITÉ, VANSIFUDÉ - CIRCO DOS HORRORES II
Racismo em concurso público
Percival Puggina - MSM
O governo gaúcho anunciou a realização de um concurso público para admissão de dez mil professores e informou que 18% dessas vagas constituirão cota reservada a "afrodescendentes".
A melhor maneira de alguém se tornar racionalmente inepto é ser politicamente correto. Incrível como a esquerda, que tanto detesta os Estados Unidos, os ianques, os anglicismos e os americanismos, gosta de macaquear toda tolice que surja por lá! A própria expressão "politicamente correto" (800 mil referências no Google) corresponde à tradução de political correctness (10 milhões de referências no Google), tendo ganho nos Estados Unidos, de tão usada, a abreviatura PC.
A palavra afrodescendente (263 mil referências no Google) é a forma que adquiriu no Brasil outro conceito born in USA - "afro-american" (6,6 milhões de referências). No formato nacional, virou um neologismo ainda mais ridículo, cuja etimologia diverge do significado que lhe foi atribuído. De um lado, porque muito provavelmente todos os humanos são afrodescendentes, originários do mesmo tronco africano. De outro, porque parcela numerosa da população daquele continente é formada por árabes, egípcios e berberes, que têm a pele clara. Ou seja: afrodescendente não quer dizer coisa alguma. Entender tal vocábulo como significando "negro" é racismo em forma pura, não miscigenada, pois dele se infere que a palavra substituída seja, de algum modo, depreciativa. Não é. Só é para quem for racista.
Que a lei de cotas raciais (arre!) não serve à justiça é coisa que poucos haverão de negar. Numa mesma rua de um mesmo bairro pobre, dois vizinhos, estudantes da mesma escola pública, com os mesmos mal remunerados professores, jogando futebol descalços com a mesma bola de meia prestam exame vestibular e tiram as mesmas notas. Por ser negro um consegue aprovação pela lei de cotas. O outro, por ser branco, não se classifica. Isso é discriminação racial. Não acontece? Acontece até pior. Escreveu-me outro dia um leitor relatando o caso de um vestibular para disputadíssimo curso. Havia 40 vagas ao todo. O último classificado pelas cotas fora o 142º lugar. O candidato que se classificou em 41º lugar ficou fora. De que modo isso serve à justiça? Ainda se poderia, com um senso bem elástico sobre o que seja justo, tolerar um sistema de cotas para acesso ao ensino superior que ponderasse a condição social num sentido amplo, mas ele envolveria irrealizável trabalho de investigação e classificação.
Pois bem, o governo Tarso Genro reservará 1,8 mil vagas para negros no concurso para o magistério público estadual. Neste caso, não se trata de favorecer a ascensão de um grupo social presumivelmente desfavorecido (tal presunção, tomada pela cor da pele, é realmente presunçosa). Trata-se de outra coisa porque todos os concorrentes às posições no magistério saíram, com o canudo da mão, pelas mesmas portas escolares e universitárias. A cor da pele, nesse sentido, é tão representativa de suas diferenças quanto o penteado ou o sapato.
Anuncia-se, então, um flagrante privilégio e uma ruptura com o princípio da igualdade de todos perante a lei. Não bastasse isso, a cota racial vai na contramão das promessas do governador Tarso Genro de qualificar o ensino público para que o Rio Grande do Sul recupere as posições perdidas no contexto da educação nacional. Como alcançar esse objetivo se a porta de entrada para o magistério vai levar em conta a cor da pele e não o desempenho nas provas do concurso de seleção? Vão ser politicamente corretos assim com o futuro deles mesmos e não com o futuro do Rio Grande do Sul!
Percival Puggina - MSM
O governo gaúcho anunciou a realização de um concurso público para admissão de dez mil professores e informou que 18% dessas vagas constituirão cota reservada a "afrodescendentes".
A melhor maneira de alguém se tornar racionalmente inepto é ser politicamente correto. Incrível como a esquerda, que tanto detesta os Estados Unidos, os ianques, os anglicismos e os americanismos, gosta de macaquear toda tolice que surja por lá! A própria expressão "politicamente correto" (800 mil referências no Google) corresponde à tradução de political correctness (10 milhões de referências no Google), tendo ganho nos Estados Unidos, de tão usada, a abreviatura PC.
A palavra afrodescendente (263 mil referências no Google) é a forma que adquiriu no Brasil outro conceito born in USA - "afro-american" (6,6 milhões de referências). No formato nacional, virou um neologismo ainda mais ridículo, cuja etimologia diverge do significado que lhe foi atribuído. De um lado, porque muito provavelmente todos os humanos são afrodescendentes, originários do mesmo tronco africano. De outro, porque parcela numerosa da população daquele continente é formada por árabes, egípcios e berberes, que têm a pele clara. Ou seja: afrodescendente não quer dizer coisa alguma. Entender tal vocábulo como significando "negro" é racismo em forma pura, não miscigenada, pois dele se infere que a palavra substituída seja, de algum modo, depreciativa. Não é. Só é para quem for racista.
Que a lei de cotas raciais (arre!) não serve à justiça é coisa que poucos haverão de negar. Numa mesma rua de um mesmo bairro pobre, dois vizinhos, estudantes da mesma escola pública, com os mesmos mal remunerados professores, jogando futebol descalços com a mesma bola de meia prestam exame vestibular e tiram as mesmas notas. Por ser negro um consegue aprovação pela lei de cotas. O outro, por ser branco, não se classifica. Isso é discriminação racial. Não acontece? Acontece até pior. Escreveu-me outro dia um leitor relatando o caso de um vestibular para disputadíssimo curso. Havia 40 vagas ao todo. O último classificado pelas cotas fora o 142º lugar. O candidato que se classificou em 41º lugar ficou fora. De que modo isso serve à justiça? Ainda se poderia, com um senso bem elástico sobre o que seja justo, tolerar um sistema de cotas para acesso ao ensino superior que ponderasse a condição social num sentido amplo, mas ele envolveria irrealizável trabalho de investigação e classificação.
Pois bem, o governo Tarso Genro reservará 1,8 mil vagas para negros no concurso para o magistério público estadual. Neste caso, não se trata de favorecer a ascensão de um grupo social presumivelmente desfavorecido (tal presunção, tomada pela cor da pele, é realmente presunçosa). Trata-se de outra coisa porque todos os concorrentes às posições no magistério saíram, com o canudo da mão, pelas mesmas portas escolares e universitárias. A cor da pele, nesse sentido, é tão representativa de suas diferenças quanto o penteado ou o sapato.
Anuncia-se, então, um flagrante privilégio e uma ruptura com o princípio da igualdade de todos perante a lei. Não bastasse isso, a cota racial vai na contramão das promessas do governador Tarso Genro de qualificar o ensino público para que o Rio Grande do Sul recupere as posições perdidas no contexto da educação nacional. Como alcançar esse objetivo se a porta de entrada para o magistério vai levar em conta a cor da pele e não o desempenho nas provas do concurso de seleção? Vão ser politicamente corretos assim com o futuro deles mesmos e não com o futuro do Rio Grande do Sul!
CIRCO DE HORRORES
Ano bom para os bandidos
Rodolfo Oliveira - MSM
Os bandidos no Brasil estão em polvorosa. Enquanto os nobres parlamentares brasileiros aprovam a Lei da Palmada e o desarmamento civil, os criminosos impõem, a ferro e fogo, a Lei da Bala. O Brasil é uma festa. Aqui, as pessoas chamam assassinos de “ex-ativista político” e terroristas de “jovens guerrilheiros ideológicos”. Tentem dar uma palmada no seu filho.
O moleque jogou gasolina na irmãzinha mais nova e tentou atear fogo na coitada. Você corre lá, arranca os fósforos da mão do guri e lhe aplica uma palmada no bumbum. Pronto. Você terá agora que lidar com todo tipo de militante politicamente correto e pró “direitos humanos” pelo resto da vida, militantes estes que lhe encherão o saco até você reconhecer que sim, “sou um monstro ignóbil, um ser vil, um destruidor de infâncias alheias e mereço ir para a cadeia por causada daquele atentado contra a juventude (a palmada)”.
Mas eu falava sobre a violência. De acordo com o Mapa da Violência 2012, 50 mil brasileiros morrem vítima da violência todos os anos. Um ser extraterrestre, vendo tais números, poderia me questionar. “Mas como?”. Simples, meu caro ET. Esses dados são consequência direta de uma política pró-bandido.
O pacote é completo e inclui a adequação de certas nomenclaturas à nova realidade (assassino de 17 anos de idade não é um assassino, e sim, um jovem em situação de risco e em conflito com a lei), a criação de mitos (vamos todos promover o desarmamento civil, ainda que 99% dos crimes sejam cometidos por bandidos com armas ilegais) e, também, a glorificação da carreira de bandido (no cinema, na literatura, na música popular brasileira, bandido é sempre o excluído lutando contra a falta de oportunidade de um mundo indiferente e capitalista, enquanto as forças da lei são os caretas).
O fato é que carreira de bandido, no Brasil, compensa, e muito. Ora, eu tenho uma arma ilegal (que eu comprei à luz do dia em um mercado popular) e a lei a meu favor (sabe como é, só faço 18 anos no ano que vem). Vou pular o muro da casa do leitor e roubar lá o que tiver de roubar, afinal, eu sei que o governo praticamente impede que cidadão de bem tenha uma arma legal para defender a si e a sua família.
Para o azar do leitor, ele estava em casa na hora do ocorrido e, ossos do ofício, toma um tiro e morre. Pergunta. O que acontecerá com o bandido? Nada, é um “jovem em conflito com a lei”. O que acontece ao leitor? Vira estatística. Feliz Natal, leitores, e se não desejo um feliz Natal para os bandidos também, é só porque eu sei que eles já tiveram um ótimo ano.
Publicado no jornal O Estado em 22 de dezembro.
Rodolfo Oliveira - MSM
Os bandidos no Brasil estão em polvorosa. Enquanto os nobres parlamentares brasileiros aprovam a Lei da Palmada e o desarmamento civil, os criminosos impõem, a ferro e fogo, a Lei da Bala. O Brasil é uma festa. Aqui, as pessoas chamam assassinos de “ex-ativista político” e terroristas de “jovens guerrilheiros ideológicos”. Tentem dar uma palmada no seu filho.
O moleque jogou gasolina na irmãzinha mais nova e tentou atear fogo na coitada. Você corre lá, arranca os fósforos da mão do guri e lhe aplica uma palmada no bumbum. Pronto. Você terá agora que lidar com todo tipo de militante politicamente correto e pró “direitos humanos” pelo resto da vida, militantes estes que lhe encherão o saco até você reconhecer que sim, “sou um monstro ignóbil, um ser vil, um destruidor de infâncias alheias e mereço ir para a cadeia por causada daquele atentado contra a juventude (a palmada)”.
Mas eu falava sobre a violência. De acordo com o Mapa da Violência 2012, 50 mil brasileiros morrem vítima da violência todos os anos. Um ser extraterrestre, vendo tais números, poderia me questionar. “Mas como?”. Simples, meu caro ET. Esses dados são consequência direta de uma política pró-bandido.
O pacote é completo e inclui a adequação de certas nomenclaturas à nova realidade (assassino de 17 anos de idade não é um assassino, e sim, um jovem em situação de risco e em conflito com a lei), a criação de mitos (vamos todos promover o desarmamento civil, ainda que 99% dos crimes sejam cometidos por bandidos com armas ilegais) e, também, a glorificação da carreira de bandido (no cinema, na literatura, na música popular brasileira, bandido é sempre o excluído lutando contra a falta de oportunidade de um mundo indiferente e capitalista, enquanto as forças da lei são os caretas).
O fato é que carreira de bandido, no Brasil, compensa, e muito. Ora, eu tenho uma arma ilegal (que eu comprei à luz do dia em um mercado popular) e a lei a meu favor (sabe como é, só faço 18 anos no ano que vem). Vou pular o muro da casa do leitor e roubar lá o que tiver de roubar, afinal, eu sei que o governo praticamente impede que cidadão de bem tenha uma arma legal para defender a si e a sua família.
Para o azar do leitor, ele estava em casa na hora do ocorrido e, ossos do ofício, toma um tiro e morre. Pergunta. O que acontecerá com o bandido? Nada, é um “jovem em conflito com a lei”. O que acontece ao leitor? Vira estatística. Feliz Natal, leitores, e se não desejo um feliz Natal para os bandidos também, é só porque eu sei que eles já tiveram um ótimo ano.
Publicado no jornal O Estado em 22 de dezembro.
BRASÍLIA E A PUTARIA DE SEMPRE
Velha história
Boas-vindas de líder do governo a Jader Barbalho, em sua volta ao Senado, reiteram influência das oligarquias regionais na política nacional
FSP - Editorial
Depois do escândalo que forçou sua renúncia em 2001, Jader Barbalho está de volta ao Senado. Duas vezes governador do Pará, ministro da Reforma Agrária e da Previdência no governo Sarney, ex-presidente do PMDB, o senador foi recebido pelo líder do governo na casa, Romero Jucá (PMDB-RR), como um "aliado importante".
Mais um, com efeito. Além do próprio Jucá e do reabilitado Barbalho, a base governista no Senado conta com figuras que, em outros tempos, eram vistas com desprezo pela militância petista. Os ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney, por exemplo, disputaram por anos a primazia de figurar como a principal "bête noire" nos furores do PT.
Não foram poucos os motivos para que, no passado, Barbalho estivesse sob o ataque dos que se colocavam como defensores da moralidade no trato dos recursos públicos.
No período que precedeu à sua renúncia, esteve no foco de uma série de suspeitas, envolvendo, por exemplo, desvio de recursos pertencentes ao banco do Estado do Pará, e a concessão, pela Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) de mais de R$ 9 milhões para construir um ranário, do qual nunca se teve notícia.
Mas o sapo virou príncipe, como se vê, no conto de fadas que se repete diariamente desde a ascensão do PT ao poder federal.
Jader Barbalho teve sua posse impedida em 2010 devido a uma interpretação demasiado estrita da Lei da Ficha Limpa. Seria inelegível o político que tenha renunciado ao cargo para evitar iminente cassação. De fato, foi isso o que ocorreu há dez anos -mas o Supremo Tribunal Federal considerou, não sem sólidos motivos, que a lei não poderia vigorar nas últimas eleições.
Nestas, vale também lembrar, o peemedebista obteve perto de 1,8 milhão de votos, contra os menos de 800 mil da segunda colocada, Marinor Brito (PSOL). Se Barbalho agora ocupa a cadeira de senador, não se pode dizer que a vontade da maioria dos eleitores paraenses foi desrespeitada.
Chega-se ao fundo da questão, que não é bonito de se ver. O prestígio local de políticos como Collor, Jucá, Sarney e Barbalho prepondera sobre a imagem que se tem de seu comportamento na esfera nacional.
Uma rede de patrimonialismo, compadrio, troca de favores e relações familiares, ao lado da constituição de verdadeiros feudos na área de telecomunicações, sustenta lideranças políticas atrasadas, não raro truculentas e corruptas, que, por sua vez, dão apoio aos presidentes da República.
Foi assim com Fernando Henrique, continuou com Lula, e subsiste no governo Dilma. A despeito dos discursos modernizantes, moralistas e triunfais que partem do Planalto, pouco ou nada se fez para modificar de fato a estrutura oligárquica da política brasileira.
Boas-vindas de líder do governo a Jader Barbalho, em sua volta ao Senado, reiteram influência das oligarquias regionais na política nacional
FSP - Editorial
Depois do escândalo que forçou sua renúncia em 2001, Jader Barbalho está de volta ao Senado. Duas vezes governador do Pará, ministro da Reforma Agrária e da Previdência no governo Sarney, ex-presidente do PMDB, o senador foi recebido pelo líder do governo na casa, Romero Jucá (PMDB-RR), como um "aliado importante".
Mais um, com efeito. Além do próprio Jucá e do reabilitado Barbalho, a base governista no Senado conta com figuras que, em outros tempos, eram vistas com desprezo pela militância petista. Os ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney, por exemplo, disputaram por anos a primazia de figurar como a principal "bête noire" nos furores do PT.
Não foram poucos os motivos para que, no passado, Barbalho estivesse sob o ataque dos que se colocavam como defensores da moralidade no trato dos recursos públicos.
No período que precedeu à sua renúncia, esteve no foco de uma série de suspeitas, envolvendo, por exemplo, desvio de recursos pertencentes ao banco do Estado do Pará, e a concessão, pela Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) de mais de R$ 9 milhões para construir um ranário, do qual nunca se teve notícia.
Mas o sapo virou príncipe, como se vê, no conto de fadas que se repete diariamente desde a ascensão do PT ao poder federal.
Jader Barbalho teve sua posse impedida em 2010 devido a uma interpretação demasiado estrita da Lei da Ficha Limpa. Seria inelegível o político que tenha renunciado ao cargo para evitar iminente cassação. De fato, foi isso o que ocorreu há dez anos -mas o Supremo Tribunal Federal considerou, não sem sólidos motivos, que a lei não poderia vigorar nas últimas eleições.
Nestas, vale também lembrar, o peemedebista obteve perto de 1,8 milhão de votos, contra os menos de 800 mil da segunda colocada, Marinor Brito (PSOL). Se Barbalho agora ocupa a cadeira de senador, não se pode dizer que a vontade da maioria dos eleitores paraenses foi desrespeitada.
Chega-se ao fundo da questão, que não é bonito de se ver. O prestígio local de políticos como Collor, Jucá, Sarney e Barbalho prepondera sobre a imagem que se tem de seu comportamento na esfera nacional.
Uma rede de patrimonialismo, compadrio, troca de favores e relações familiares, ao lado da constituição de verdadeiros feudos na área de telecomunicações, sustenta lideranças políticas atrasadas, não raro truculentas e corruptas, que, por sua vez, dão apoio aos presidentes da República.
Foi assim com Fernando Henrique, continuou com Lula, e subsiste no governo Dilma. A despeito dos discursos modernizantes, moralistas e triunfais que partem do Planalto, pouco ou nada se fez para modificar de fato a estrutura oligárquica da política brasileira.
BRASÍLIA É O LUPANAR MAIS CHIQUE DO PAÍS. ALI ROLA DE TUDO, BASTA SABER O QUANTO E A QUEM PAGAR E OS SEUS DESEJOS MAIS SECRETOS SERÃO ATENDIDOS.
Dois anos após escândalo no DF, ninguém foi denunciado
Roberto Maltchik - O Globo
BRASÍLIA - Na história recente da República, poucas investigações conseguiram reunir tantas provas materiais e testemunhais como a Operação Caixa de Pandora, que derrubou o esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Porém, dois anos após a ação policial e a revelação de vídeos e áudios em que até o então governador José Roberto Arruda (sem partido) foi pego recebendo dinheiro, a Procuradoria Geral da República (PGR) ainda não denunciou os investigados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Demora que causa perplexidade até mesmo entre integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Em agosto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que a denúncia sairia "sem falta" em 2011, logo após a sabatina que o reconduziu ao cargo por mais dois anos. Agora, porém, ele sustenta que precisa de mais tempo para construir uma denúncia robusta, que abrevie o processo judicial. A promessa é representar os acusados até o fim do primeiro semestre de 2012.
— Embora seja frustrante a demora, seria ainda mais frustrante a precipitação de oferecer uma denúncia que acabasse por não estar à altura da gravidade daquela situação — afirmou Gurgel.
A mesma Procuradoria, em 2006, levou dez meses para denunciar o esquema do mensalão, revelado em junho de 2005. O esquema montado pelo PT para estruturar uma rede de apoio com partidos aliados transformou 38 políticos, doleiros e empresários em réus no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para MP, faltaram documentos
Sob responsabilidade da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, a investigação do mensalão do DEM foi prejudicada, de acordo com o Ministério Público, pela falta de "vários documentos" no relatório entregue pela Polícia Federal. Documentos sem os quais seria "impossível o oferecimento da denúncia por causa da técnica própria da ação penal, que obriga o membro do Ministério Público Federal a apresentar as provas dos fatos que afirma", de acordo com a Procuradoria.
Entretanto, o conselheiro Luis Moreira, do CNMP, relator do processo que recomendou a demissão do ex-procurador Geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, suspeito de envolvimento do esquema, demonstrou perplexidade com o atraso.
— Se havia elementos para prender e pedir a intervenção federal no Distrito Federal, uma simples denúncia deveria bastar. Ou não havia elementos para pedir a intervenção federal. Pode ser que não tenha nada. Pode ter sido só uma ação midiática — afirmou Moreira.
Ao longo de 2011, a Procuradoria da República recebeu novos documentos e até novas gravações, ainda inéditas para o público. Seriam vídeos e áudios integrais com bem mais que os fragmentos que mostraram ao Brasil deputados distritais, secretários de governo e empresários, guardando maços de dinheiro em bolsas, sacolas e meias. As gravações são de autoria do ex-secretário de Arruda, Durval Barbosa, beneficiado com a delação premiada. A tarefa do MPF é provar que o dinheiro era público e fora desviado de contratos com prestadores de serviços do governo do Distrito Federal (GDF).
Durval Barbosa continua morando em Brasília, e colaborando ativamente com as investigações. Nos últimos meses, por diversas vezes, o delator esteve com os investigadores. Mas repassa informações que demandam comprovações, por meio de documentos em posse do GDF. Segundo o Ministério Público, recuperar essa documentação foi um trabalho "árduo" e "longo". A perícia de parte dos contratos e confissões de dívidas ocorre neste momento.
"Ela (procuradora) passou a requisitar toda essa documentação para atestar que as pessoas envolvidas nesse esquema criminoso tinham um vínculo com o governo do DF, a natureza desse vínculo, a extensão desses contratos. Se era com um órgão apenas ou mais de um, qual o montante desse material para exatamente verificar como era o funcionamento desse esquema de cobrança e pagamento de propinas", explicou a PGR, por meio da assessoria.
O advogado de José Roberto Arruda, Nélio Machado, provoca o MPF e diz que a demora para a apresentar a denúncia é um claro indício de que não há provas que sustentem as acusações contra o ex-governador.
— A demora é sintomática no sentido da dificuldade de se viabilizar essa ação penal. Implicitamente, há quase que uma confissão de que a prisão do ex-governador foi uma medida precipitada, açodada — disse Machado, referindo-se a prisão de Arruda, em fevereiro de 2010, sob a acusação de tentativa de suborno de seus acusadores.
Enquanto isso, coube ao Núcleo de Combate às Organizações Criminosas, do Ministério Público do Distrito Federal, e à Procuradoria Regional da República (PRR) imporem reveses aos acusados. O MPDF já entrou com mais de 30 ações penais e cíveis no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, enquanto o procurador Regional da República, Ronaldo Albo, se encarregou de denunciar à Justiça Federal os promotores Bandarra e Deborah Guerner, ambos suspeitos de receberem recursos do esquema criminoso.
Apesar das acusações e da recomendação do CNMP pela demissão do dois promotores, o MPF ainda não apresentou à Justiça a ação de perda de cargo, que ficou sob responsabilidade da procuradora Eliana Pires Rocha, que entrou em férias em 19 de novembro. Portanto, Bandarra e Guerner poderão retomar suas atividades, com proventos integrais, a partir de 2012. Bandarra está suspenso até 24 de fevereiro e Guerner está de licença médica até 7 de janeiro.
Roberto Maltchik - O Globo
BRASÍLIA - Na história recente da República, poucas investigações conseguiram reunir tantas provas materiais e testemunhais como a Operação Caixa de Pandora, que derrubou o esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Porém, dois anos após a ação policial e a revelação de vídeos e áudios em que até o então governador José Roberto Arruda (sem partido) foi pego recebendo dinheiro, a Procuradoria Geral da República (PGR) ainda não denunciou os investigados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Demora que causa perplexidade até mesmo entre integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Em agosto, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que a denúncia sairia "sem falta" em 2011, logo após a sabatina que o reconduziu ao cargo por mais dois anos. Agora, porém, ele sustenta que precisa de mais tempo para construir uma denúncia robusta, que abrevie o processo judicial. A promessa é representar os acusados até o fim do primeiro semestre de 2012.
— Embora seja frustrante a demora, seria ainda mais frustrante a precipitação de oferecer uma denúncia que acabasse por não estar à altura da gravidade daquela situação — afirmou Gurgel.
A mesma Procuradoria, em 2006, levou dez meses para denunciar o esquema do mensalão, revelado em junho de 2005. O esquema montado pelo PT para estruturar uma rede de apoio com partidos aliados transformou 38 políticos, doleiros e empresários em réus no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para MP, faltaram documentos
Sob responsabilidade da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, a investigação do mensalão do DEM foi prejudicada, de acordo com o Ministério Público, pela falta de "vários documentos" no relatório entregue pela Polícia Federal. Documentos sem os quais seria "impossível o oferecimento da denúncia por causa da técnica própria da ação penal, que obriga o membro do Ministério Público Federal a apresentar as provas dos fatos que afirma", de acordo com a Procuradoria.
Entretanto, o conselheiro Luis Moreira, do CNMP, relator do processo que recomendou a demissão do ex-procurador Geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, suspeito de envolvimento do esquema, demonstrou perplexidade com o atraso.
— Se havia elementos para prender e pedir a intervenção federal no Distrito Federal, uma simples denúncia deveria bastar. Ou não havia elementos para pedir a intervenção federal. Pode ser que não tenha nada. Pode ter sido só uma ação midiática — afirmou Moreira.
Ao longo de 2011, a Procuradoria da República recebeu novos documentos e até novas gravações, ainda inéditas para o público. Seriam vídeos e áudios integrais com bem mais que os fragmentos que mostraram ao Brasil deputados distritais, secretários de governo e empresários, guardando maços de dinheiro em bolsas, sacolas e meias. As gravações são de autoria do ex-secretário de Arruda, Durval Barbosa, beneficiado com a delação premiada. A tarefa do MPF é provar que o dinheiro era público e fora desviado de contratos com prestadores de serviços do governo do Distrito Federal (GDF).
Durval Barbosa continua morando em Brasília, e colaborando ativamente com as investigações. Nos últimos meses, por diversas vezes, o delator esteve com os investigadores. Mas repassa informações que demandam comprovações, por meio de documentos em posse do GDF. Segundo o Ministério Público, recuperar essa documentação foi um trabalho "árduo" e "longo". A perícia de parte dos contratos e confissões de dívidas ocorre neste momento.
"Ela (procuradora) passou a requisitar toda essa documentação para atestar que as pessoas envolvidas nesse esquema criminoso tinham um vínculo com o governo do DF, a natureza desse vínculo, a extensão desses contratos. Se era com um órgão apenas ou mais de um, qual o montante desse material para exatamente verificar como era o funcionamento desse esquema de cobrança e pagamento de propinas", explicou a PGR, por meio da assessoria.
O advogado de José Roberto Arruda, Nélio Machado, provoca o MPF e diz que a demora para a apresentar a denúncia é um claro indício de que não há provas que sustentem as acusações contra o ex-governador.
— A demora é sintomática no sentido da dificuldade de se viabilizar essa ação penal. Implicitamente, há quase que uma confissão de que a prisão do ex-governador foi uma medida precipitada, açodada — disse Machado, referindo-se a prisão de Arruda, em fevereiro de 2010, sob a acusação de tentativa de suborno de seus acusadores.
Enquanto isso, coube ao Núcleo de Combate às Organizações Criminosas, do Ministério Público do Distrito Federal, e à Procuradoria Regional da República (PRR) imporem reveses aos acusados. O MPDF já entrou com mais de 30 ações penais e cíveis no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, enquanto o procurador Regional da República, Ronaldo Albo, se encarregou de denunciar à Justiça Federal os promotores Bandarra e Deborah Guerner, ambos suspeitos de receberem recursos do esquema criminoso.
Apesar das acusações e da recomendação do CNMP pela demissão do dois promotores, o MPF ainda não apresentou à Justiça a ação de perda de cargo, que ficou sob responsabilidade da procuradora Eliana Pires Rocha, que entrou em férias em 19 de novembro. Portanto, Bandarra e Guerner poderão retomar suas atividades, com proventos integrais, a partir de 2012. Bandarra está suspenso até 24 de fevereiro e Guerner está de licença médica até 7 de janeiro.
IH, ELE VAI MATAR! NOOOSSA, ELE ESTÁ MATANDO! CRUZES, ELE MATOU!
Monitor diz que missão da Liga Árabe não é derrubar presidente
Protestos levam 500 mil às ruas e rebeldes sírios anunciam cessar-fogo
O Globo
DAMASCO - Um observador da Liga Árabe disse à multidão enfurecida em Douma, na Síria, que o trabalho de sua equipe é apenas observar e não ajudá-los a retirar do poder o presidente contra o qual se rebelam há nove meses. As imagens do observador, que não revelou seu nome, foram exibidas ao vivo pela al-Jazeera nesta sexta-feira. Os sírios atenderam os apelos da oposição e mais de 500 mil foram às ruas para mostrar a insatisfação com o regime de Bashar al-Assad, em uma das maiores manifestações desde o verão no país.
- Nosso objetivo é observar, não é remover o presidente, nosso objetivo é devolver paz e segurança à Síria - afirmou o monitor da Liga, falando em um alto-falante a partir de uma mesquita lotada de manifestantes.
O observador, entretanto, prometeu divulgar o sofrimento dos manifestantes:
- Pelo que ouvi aqui, sangue está sendo derramado.
Ativistas afirmam acreditar que muitos observadores são pró-governo ou acreditam que é muito difícil comunicar com o grupo longe de acompanhantes do governo. Dentro da mesquita de Douma, a multidão parecia suspeitar dos observadores. Um orador da mesquita tentou acalmar o público, pedindo que deixassem o observador falar. Mas um homem rompeu o silêncio imediatamente, gritando: “Meu filho é um mártir, eles o mataram”, puxando a cantoria de “Com sangue e alma, nós redimiremos os mártires.”
O observador, que pediu ao público que não o filmassem, mas que mesmo assim foi gravado pela al-Jazeera, afirmou:
- Nós, como monitores, não deveríamos falar, mas a situação me forçou a dizer algo: estamos monitorando os elementos de um protocolo assinado entre a Liga Árabe e o governo. Esta é uma missão humanitária para transmitir os problemas existentes e solucionar a crise.
O chefe da missão, o general sudanês Mustafa Dabi, tentou consertar o impacto de suas declarações de que “não havia nada de assustador” em Homs, uma cidade ocupada por militares há cinco meses e que enfrenta uma forte repressão do regime. Em um comunicado, a Liga afirmou que os comentários atribuídos a Dabi eram “infundados e incorretos”, e anunciou que os integrantes da missão só vã se expressar por escrito a partir de agora.
Desertores dizem que interromperam ataques
Riad al-Asad, comandante do Exército Livre Sírio, grupo de desertores das forças armadas de Bashar al-Assad, anunciou nesta sexta-feira que decretou um cessar-fogo das ações de suas tropas durante todo o período em que os observadores da Liga Árabe estiverem no país. Segundo o militar, ordem foi dada desde que a missão de paz chegou a Damasco.
- Dei a ordem para que todas as ações contra as forças do governo sejam interrompidas desde a chegada da missão da Liga, na sexta-feira passada. Não haverá operações, a não ser em situações em que tenhamos que nos defender – afirmou Riad.
Enquanto os rebeldes militares interrompem as atividades, os protestos continuaram a sofrer repressão. Centenas de manifestantes na cidade de Douma entraram em choque com forças de Assad que tentavam reprimir a multidão, atirando gás lacrimogêneo e bombas de prego. Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas no confronto. A oposição diz que pelo menos 35 pessoas foram mortas em todo o país nesta sexta-feira.
Os registros dos observadores da Liga Árabe têm gerado muitas dúvidas na oposição síria, já que, após uma visita à cidade de Homs, sede dos protestos contro o governo, o chefe dos monitores, o sudanês Mustafá Dabi, minimizou a gravidade dos confrontos dizendo que não havia “Nada de assustador” no local.
Pouco antes do grupo de fiscalização chegar a Homs, o Exército sírio retirou das ruas os tanques de guerra, que representavam a maior prova da repressão do regime de Assad a manifestações da oposição.
No entanto, o grupo de ativistas do Comitê de Coordenações Locais sírio afirma que ao menos 130 pessoas, entre elas seis crianças, foram assassinadas no país desde a chegada da missão da Liga Árabe, pois forças do governo teriam aumentado a repressão em zonas “voláteis” e afastadas na Síria.
Protestos levam 500 mil às ruas e rebeldes sírios anunciam cessar-fogo
O Globo
DAMASCO - Um observador da Liga Árabe disse à multidão enfurecida em Douma, na Síria, que o trabalho de sua equipe é apenas observar e não ajudá-los a retirar do poder o presidente contra o qual se rebelam há nove meses. As imagens do observador, que não revelou seu nome, foram exibidas ao vivo pela al-Jazeera nesta sexta-feira. Os sírios atenderam os apelos da oposição e mais de 500 mil foram às ruas para mostrar a insatisfação com o regime de Bashar al-Assad, em uma das maiores manifestações desde o verão no país.
- Nosso objetivo é observar, não é remover o presidente, nosso objetivo é devolver paz e segurança à Síria - afirmou o monitor da Liga, falando em um alto-falante a partir de uma mesquita lotada de manifestantes.
O observador, entretanto, prometeu divulgar o sofrimento dos manifestantes:
- Pelo que ouvi aqui, sangue está sendo derramado.
Ativistas afirmam acreditar que muitos observadores são pró-governo ou acreditam que é muito difícil comunicar com o grupo longe de acompanhantes do governo. Dentro da mesquita de Douma, a multidão parecia suspeitar dos observadores. Um orador da mesquita tentou acalmar o público, pedindo que deixassem o observador falar. Mas um homem rompeu o silêncio imediatamente, gritando: “Meu filho é um mártir, eles o mataram”, puxando a cantoria de “Com sangue e alma, nós redimiremos os mártires.”
O observador, que pediu ao público que não o filmassem, mas que mesmo assim foi gravado pela al-Jazeera, afirmou:
- Nós, como monitores, não deveríamos falar, mas a situação me forçou a dizer algo: estamos monitorando os elementos de um protocolo assinado entre a Liga Árabe e o governo. Esta é uma missão humanitária para transmitir os problemas existentes e solucionar a crise.
O chefe da missão, o general sudanês Mustafa Dabi, tentou consertar o impacto de suas declarações de que “não havia nada de assustador” em Homs, uma cidade ocupada por militares há cinco meses e que enfrenta uma forte repressão do regime. Em um comunicado, a Liga afirmou que os comentários atribuídos a Dabi eram “infundados e incorretos”, e anunciou que os integrantes da missão só vã se expressar por escrito a partir de agora.
Desertores dizem que interromperam ataques
Riad al-Asad, comandante do Exército Livre Sírio, grupo de desertores das forças armadas de Bashar al-Assad, anunciou nesta sexta-feira que decretou um cessar-fogo das ações de suas tropas durante todo o período em que os observadores da Liga Árabe estiverem no país. Segundo o militar, ordem foi dada desde que a missão de paz chegou a Damasco.
- Dei a ordem para que todas as ações contra as forças do governo sejam interrompidas desde a chegada da missão da Liga, na sexta-feira passada. Não haverá operações, a não ser em situações em que tenhamos que nos defender – afirmou Riad.
Enquanto os rebeldes militares interrompem as atividades, os protestos continuaram a sofrer repressão. Centenas de manifestantes na cidade de Douma entraram em choque com forças de Assad que tentavam reprimir a multidão, atirando gás lacrimogêneo e bombas de prego. Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas no confronto. A oposição diz que pelo menos 35 pessoas foram mortas em todo o país nesta sexta-feira.
Os registros dos observadores da Liga Árabe têm gerado muitas dúvidas na oposição síria, já que, após uma visita à cidade de Homs, sede dos protestos contro o governo, o chefe dos monitores, o sudanês Mustafá Dabi, minimizou a gravidade dos confrontos dizendo que não havia “Nada de assustador” no local.
Pouco antes do grupo de fiscalização chegar a Homs, o Exército sírio retirou das ruas os tanques de guerra, que representavam a maior prova da repressão do regime de Assad a manifestações da oposição.
No entanto, o grupo de ativistas do Comitê de Coordenações Locais sírio afirma que ao menos 130 pessoas, entre elas seis crianças, foram assassinadas no país desde a chegada da missão da Liga Árabe, pois forças do governo teriam aumentado a repressão em zonas “voláteis” e afastadas na Síria.
SOCIALISMO SÓ É BOM NO BUMBUM DOS OUTROS
‘O regime cubano sabe que vai cair’, diz dissidente
Guillermo Fariñas afirma que governo tenta evitar ter o mesmo destino de Kadafi
Bruno Rivas - El Comercio / GDA
O Globo
HAVANA - Em Santa Clara, a 270 quilômetros de Havana, está localizado o memorial de Che Guevara, uma figura que se converteu em símbolo da Revolução Cubana e do governo dos irmãos Castro. Paradoxalmente, nesta mesma cidade vive um personagem que luta contra a ditadura castrista, mas que, diferentemente do argentino, o faz de forma pacífica: o dissidente Guillermo Fariñas.
O psicólogo cubano está na oposição desde a década de 1990 e, por esta razão, foi preso em várias oportunidades. Sua extrema magreza e lentidão ao falar são sinais deixados pelas detenções e pelas greves de fome, que o levaram a ganhar o prêmio Sajarov à liberdade de consciência em 2010. Numa delas, ele ficou mais de quatro meses sem comer, chamando a atenção do mundo. Este foi um dos fatores que teriam levado Raul Castro a libertar 52 presos políticos.
EL COMERCIO - As reformas econômicas de Raúl Castro deixam a desigualdade social em Cuba mais evidente?
GUILLERMO FARIÑAS - O regime sabe que vai cair. Mas, além da geração histórica, Fidel e Raúl sabem que não têm mais estatura histórica para manter o status que existe há mais de 50 anos. Eles querem que não ocorra como na Líbia. A família de Kadafi se agarrou ao poder e perdeu tudo. Inclusive as vidas. Porém, eles não se importam com o seu futuro, mas com de seus filhos, netos e bisnetos. Eles têm propriedades na Espanha, na Argentina e no Chile, além de negócios com Bacardi e a indústria de vinhos. Têm muito o que perder.
Há ostentações de riqueza?
FARIÑAS - São muito comunistas, mas vivem como capitalistas. A cada seis meses mudam de carro. É isso que se chama de consumismo capitalista, apesar de serem hierarcas comunistas. Por isso reprimem as Damas de Branco. Elas, com seu prêmio e reputação em um país eminentemente machista, podem se transformar em um exemplo perigoso. Eles estão preparando todo o cenário para que a aterrissagem no capitalismo seja o mais suave possível e sem custo político para eles. Dão liberdades econômicas restritas para os pequenos empresários ficarem dependentes do estado e não possam se converter em perigo político no futuro. Eles querem ficar na História como pessoas que nunca se venderam ao capitalismo, mas desde o momento em que Fidel Castro aceitou as intervenções estrangeiras, se rendeu para segurar no poder. Ele se interessa somente pelo poder. Não é fascista, nem comunista, peronista, estalinista ou chavista. É fidelista. Pensa que tudo pode girar em torno dele e por isso acredita que é um Deus na terra.
Qual é o seu sonho?
FARIÑAS - Gostaria que um dia todos os cubano pudessem se sentar em uma mesa para discutir o futuro de Cuba. Estou falando de Luis Posada Carriles, ícone do terrorismo anticastrista, e de Abelardo Gómez Barros, ícone do terrorismo comunista. Que todo mundo possa se sentar para falar e pensar em Cuba. Conheci representantes e senadores da época capitalista que me contaram que eles discutiam na Câmara, decidiam o que tinham que decidir, e, depois, fora do Capitólio, tomavam cerveja juntos.
E como está sua saúde?
FARIÑAS - Deteriorada. Tenho uma trombose muito perigosa, que pode causar a morte. Estou tomando medicamentos anticoagulantes. Se me fazem uma ferida, sangro na hora. As greves de fome me causaram um desgaste ósseo que me provoca muita dor nas articulações, mas acredito que principal é o espírito.
E como o espírito está?
FARIÑAS - Um tenente-coronel de segurança do Estado e militares chineses e vietnamitas me ensinaram a ter dor, sofrer e não falar enquanto me torturavam. Para a dor sumir, pensava em outra coisa. Estou preparado para isso. Oxalá que possa seguir contribuindo, mas estamos atravessando um momento histórico único e não podemos nos sentar enquanto isso passa. O futuro de Cuba está em jogo. Se não conseguirmos fazer uma mudança sem derramamento de sangue, isto vai ser um desastre.
O ano que está terminando foi marcado pela queda de ditadores em todo mundo. Isso pode ocorrer em Cuba?
FARIÑAS - Acredito que estão evitando a todo custo qualquer coisa que possa provocar uma mobilização social como ocorreu no Oriente Médio e no norte da África. A primavera árabe nos deu lições como lutadores pela democracia, mas também para o aparato de controle cubano. Eles evitam a visualização da oposição pelos cidadãos. Há um ano estão realizando uma série de manobras de corte neoliberal dentro do governo cubano, ainda que durante 40 anos tenham falado mal deste sistema. Isto nos favorece como oposição porque o nível de insatisfação é grande. Tentarão criar a ditadura perfeita, como o PRI no México.
É possível haver uma alternativa para enfrentar o partido que o governo quer criar?
FARIÑAS - Isto depende de três fatores: as associações de dissidentes daqui, das organizações no exílio e do governo cubano. O último é o mais importante porque o regime criado durante muitos anos seus próprios dissidentes. Enfim, eu diria que a oposição não está dividida, mas atomizada. Tanto pela manobra do governo como pela personalidade de seus próprios líderes.
Guillermo Fariñas afirma que governo tenta evitar ter o mesmo destino de Kadafi
Bruno Rivas - El Comercio / GDA
O Globo
HAVANA - Em Santa Clara, a 270 quilômetros de Havana, está localizado o memorial de Che Guevara, uma figura que se converteu em símbolo da Revolução Cubana e do governo dos irmãos Castro. Paradoxalmente, nesta mesma cidade vive um personagem que luta contra a ditadura castrista, mas que, diferentemente do argentino, o faz de forma pacífica: o dissidente Guillermo Fariñas.
O psicólogo cubano está na oposição desde a década de 1990 e, por esta razão, foi preso em várias oportunidades. Sua extrema magreza e lentidão ao falar são sinais deixados pelas detenções e pelas greves de fome, que o levaram a ganhar o prêmio Sajarov à liberdade de consciência em 2010. Numa delas, ele ficou mais de quatro meses sem comer, chamando a atenção do mundo. Este foi um dos fatores que teriam levado Raul Castro a libertar 52 presos políticos.
EL COMERCIO - As reformas econômicas de Raúl Castro deixam a desigualdade social em Cuba mais evidente?
GUILLERMO FARIÑAS - O regime sabe que vai cair. Mas, além da geração histórica, Fidel e Raúl sabem que não têm mais estatura histórica para manter o status que existe há mais de 50 anos. Eles querem que não ocorra como na Líbia. A família de Kadafi se agarrou ao poder e perdeu tudo. Inclusive as vidas. Porém, eles não se importam com o seu futuro, mas com de seus filhos, netos e bisnetos. Eles têm propriedades na Espanha, na Argentina e no Chile, além de negócios com Bacardi e a indústria de vinhos. Têm muito o que perder.
Há ostentações de riqueza?
FARIÑAS - São muito comunistas, mas vivem como capitalistas. A cada seis meses mudam de carro. É isso que se chama de consumismo capitalista, apesar de serem hierarcas comunistas. Por isso reprimem as Damas de Branco. Elas, com seu prêmio e reputação em um país eminentemente machista, podem se transformar em um exemplo perigoso. Eles estão preparando todo o cenário para que a aterrissagem no capitalismo seja o mais suave possível e sem custo político para eles. Dão liberdades econômicas restritas para os pequenos empresários ficarem dependentes do estado e não possam se converter em perigo político no futuro. Eles querem ficar na História como pessoas que nunca se venderam ao capitalismo, mas desde o momento em que Fidel Castro aceitou as intervenções estrangeiras, se rendeu para segurar no poder. Ele se interessa somente pelo poder. Não é fascista, nem comunista, peronista, estalinista ou chavista. É fidelista. Pensa que tudo pode girar em torno dele e por isso acredita que é um Deus na terra.
Qual é o seu sonho?
FARIÑAS - Gostaria que um dia todos os cubano pudessem se sentar em uma mesa para discutir o futuro de Cuba. Estou falando de Luis Posada Carriles, ícone do terrorismo anticastrista, e de Abelardo Gómez Barros, ícone do terrorismo comunista. Que todo mundo possa se sentar para falar e pensar em Cuba. Conheci representantes e senadores da época capitalista que me contaram que eles discutiam na Câmara, decidiam o que tinham que decidir, e, depois, fora do Capitólio, tomavam cerveja juntos.
E como está sua saúde?
FARIÑAS - Deteriorada. Tenho uma trombose muito perigosa, que pode causar a morte. Estou tomando medicamentos anticoagulantes. Se me fazem uma ferida, sangro na hora. As greves de fome me causaram um desgaste ósseo que me provoca muita dor nas articulações, mas acredito que principal é o espírito.
E como o espírito está?
FARIÑAS - Um tenente-coronel de segurança do Estado e militares chineses e vietnamitas me ensinaram a ter dor, sofrer e não falar enquanto me torturavam. Para a dor sumir, pensava em outra coisa. Estou preparado para isso. Oxalá que possa seguir contribuindo, mas estamos atravessando um momento histórico único e não podemos nos sentar enquanto isso passa. O futuro de Cuba está em jogo. Se não conseguirmos fazer uma mudança sem derramamento de sangue, isto vai ser um desastre.
O ano que está terminando foi marcado pela queda de ditadores em todo mundo. Isso pode ocorrer em Cuba?
FARIÑAS - Acredito que estão evitando a todo custo qualquer coisa que possa provocar uma mobilização social como ocorreu no Oriente Médio e no norte da África. A primavera árabe nos deu lições como lutadores pela democracia, mas também para o aparato de controle cubano. Eles evitam a visualização da oposição pelos cidadãos. Há um ano estão realizando uma série de manobras de corte neoliberal dentro do governo cubano, ainda que durante 40 anos tenham falado mal deste sistema. Isto nos favorece como oposição porque o nível de insatisfação é grande. Tentarão criar a ditadura perfeita, como o PRI no México.
É possível haver uma alternativa para enfrentar o partido que o governo quer criar?
FARIÑAS - Isto depende de três fatores: as associações de dissidentes daqui, das organizações no exílio e do governo cubano. O último é o mais importante porque o regime criado durante muitos anos seus próprios dissidentes. Enfim, eu diria que a oposição não está dividida, mas atomizada. Tanto pela manobra do governo como pela personalidade de seus próprios líderes.
MACONHA SINTÉTICA ESTÁ DEIXANDO MARINES DOIDÕES
EUA apuram uso de droga por soldados
FSP
As Forças Armadas dos EUA investigaram em 2011 mais de 1.100 militares suspeitos de usar uma espécie de maconha sintética chamada "spice", difícil de detectar em exames, mais potente e que pode causar alucinações que duram dias. Segundo a Marinha, dois anos atrás, só 29 marines e soldados haviam sido investigados; neste ano, foram 700.
FSP
As Forças Armadas dos EUA investigaram em 2011 mais de 1.100 militares suspeitos de usar uma espécie de maconha sintética chamada "spice", difícil de detectar em exames, mais potente e que pode causar alucinações que duram dias. Segundo a Marinha, dois anos atrás, só 29 marines e soldados haviam sido investigados; neste ano, foram 700.
CRISE EUROPEIA - ESPANHA
Espanha anuncia cortes 'extraordinários'
Plano de austeridade prevê tesourada de € 8,9 bi no Orçamento e aumento de impostos para arrecadar € 6,2 bilhões
Medida do novo premiê foi anunciada junto com deficit de 8% em 2011, valor maior que o previsto por antecessor FSP
O ano de 2012 será de ainda mais contenção para os espanhóis. Ontem, o novo governo anunciou como pretende driblar a crise: com um grande corte de € 8,9 bilhões (R$ 21,5 bilhões) no Orçamento e aumento de impostos para arrecadar € 6,2 bilhões (R$ 15 bilhões).
As medidas já são uma resposta ao anúncio, também feito ontem, do deficit espanhol de 2011, que chegou a 8% do PIB (Produto Interno Bruto) -dois pontos percentuais maior do que era previsto.
Os cortes afetarão principalmente o Ministério do Fomento, que perderá € 1,6 bilhão (R$ 3,9 bi). As pastas da Indústria, da Economia e de Assuntos Exteriores sofrerão com cortes de € 1 bilhão (R$ 2,4 bilhões) cada uma.
E, segundo a vice-premiê, Soraya Sáenz de Santamaría, os espanhóis devem se preparar: tais medidas são apenas "o início do início". Antes de assumir como primeiro-ministro, em 21 de dezembro, Mariano Rajoy havia manifestado a intenção de cortar € 16,5 bilhões (quase R$ 40 bilhões) do Orçamento para 2012.
"Estamos diante de uma situação extraordinária e imprevista" que exigiu medidas "extraordinárias e imprevistas", disse a número dois do governo após a reunião do Conselho de Ministros.
O novo plano de austeridade surge em meio a um escândalo de corrupção e mau uso do dinheiro público que envolve a família real, num momento que a Espanha enfrenta o maior índice de desemprego da Europa -22,5%-, com perspectiva de crescimento perto de zero em 2012.
CONTENÇÃO
Entre as medidas para conter gastos, está o congelamento dos salários dos funcionários públicos e do valor do salário mínimo em € 641,40 (cerca de R$ 1.550) -após ter sido reduzido em 5% em 2010, durante o governo Zapatero. Os servidores também terão um aumento na jornada semanal de 35 horas para 37 horas e meia.
O governo ainda cortará vagas ociosas no serviço público, com exceção de "serviços essenciais", em áreas como saúde, educação e segurança.
Já o aumento de impostos atingirá os espanhóis que declaram mais do que € 300 mil por ano. Para eles, o imposto de renda ficará entre 0,7% e 7% maior, proporcionalmente à renda declarada.
Segundo o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, só com essa medida, espera-se arrecadar mais de € 4,1 bilhões. Pesará mais no bolso também o imposto sobre imóveis com valor "acima da média" nos próximos dois anos.
Os únicos beneficiados serão os pensionistas, que terão um reajuste de 1% no valor das aposentadorias. O aumento custará aos cofres espanhóis € 968,5 milhões.
BODES EXPIATÓRIOS
A União Geral de Trabalhadores foi uma das primeiras a reagir ao pacote, criticando as escolhas do novo governo. "Os funcionários públicos voltam a ser os bodes expiatórios para aliviar as contas deficitárias do Estado", disse o sindicato, em comunicado.
O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), do ex-premiê Zapatero, também condenou o plano. "Rajoy disse que não ia subir os impostos. Ele cometeu uma fraude com seus eleitores e enganou todos os espanhóis", disse Inmaculada Piñero, representante do partido no Congresso espanhol.
Apesar de saudar o "significativo pacote" de austeridade, o comissário da União Europeia para Assuntos Monetários, Olli Rehn, lamentou o deficit maior do que os 6% previstos.
Após o anúncio, o principal indicador da Bolsa espanhola subiu 0,92%, mas fechou 2011 com queda de 13,11%.
Plano de austeridade prevê tesourada de € 8,9 bi no Orçamento e aumento de impostos para arrecadar € 6,2 bilhões
Medida do novo premiê foi anunciada junto com deficit de 8% em 2011, valor maior que o previsto por antecessor FSP
O ano de 2012 será de ainda mais contenção para os espanhóis. Ontem, o novo governo anunciou como pretende driblar a crise: com um grande corte de € 8,9 bilhões (R$ 21,5 bilhões) no Orçamento e aumento de impostos para arrecadar € 6,2 bilhões (R$ 15 bilhões).
As medidas já são uma resposta ao anúncio, também feito ontem, do deficit espanhol de 2011, que chegou a 8% do PIB (Produto Interno Bruto) -dois pontos percentuais maior do que era previsto.
Os cortes afetarão principalmente o Ministério do Fomento, que perderá € 1,6 bilhão (R$ 3,9 bi). As pastas da Indústria, da Economia e de Assuntos Exteriores sofrerão com cortes de € 1 bilhão (R$ 2,4 bilhões) cada uma.
E, segundo a vice-premiê, Soraya Sáenz de Santamaría, os espanhóis devem se preparar: tais medidas são apenas "o início do início". Antes de assumir como primeiro-ministro, em 21 de dezembro, Mariano Rajoy havia manifestado a intenção de cortar € 16,5 bilhões (quase R$ 40 bilhões) do Orçamento para 2012.
"Estamos diante de uma situação extraordinária e imprevista" que exigiu medidas "extraordinárias e imprevistas", disse a número dois do governo após a reunião do Conselho de Ministros.
O novo plano de austeridade surge em meio a um escândalo de corrupção e mau uso do dinheiro público que envolve a família real, num momento que a Espanha enfrenta o maior índice de desemprego da Europa -22,5%-, com perspectiva de crescimento perto de zero em 2012.
CONTENÇÃO
Entre as medidas para conter gastos, está o congelamento dos salários dos funcionários públicos e do valor do salário mínimo em € 641,40 (cerca de R$ 1.550) -após ter sido reduzido em 5% em 2010, durante o governo Zapatero. Os servidores também terão um aumento na jornada semanal de 35 horas para 37 horas e meia.
O governo ainda cortará vagas ociosas no serviço público, com exceção de "serviços essenciais", em áreas como saúde, educação e segurança.
Já o aumento de impostos atingirá os espanhóis que declaram mais do que € 300 mil por ano. Para eles, o imposto de renda ficará entre 0,7% e 7% maior, proporcionalmente à renda declarada.
Segundo o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, só com essa medida, espera-se arrecadar mais de € 4,1 bilhões. Pesará mais no bolso também o imposto sobre imóveis com valor "acima da média" nos próximos dois anos.
Os únicos beneficiados serão os pensionistas, que terão um reajuste de 1% no valor das aposentadorias. O aumento custará aos cofres espanhóis € 968,5 milhões.
BODES EXPIATÓRIOS
A União Geral de Trabalhadores foi uma das primeiras a reagir ao pacote, criticando as escolhas do novo governo. "Os funcionários públicos voltam a ser os bodes expiatórios para aliviar as contas deficitárias do Estado", disse o sindicato, em comunicado.
O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), do ex-premiê Zapatero, também condenou o plano. "Rajoy disse que não ia subir os impostos. Ele cometeu uma fraude com seus eleitores e enganou todos os espanhóis", disse Inmaculada Piñero, representante do partido no Congresso espanhol.
Apesar de saudar o "significativo pacote" de austeridade, o comissário da União Europeia para Assuntos Monetários, Olli Rehn, lamentou o deficit maior do que os 6% previstos.
Após o anúncio, o principal indicador da Bolsa espanhola subiu 0,92%, mas fechou 2011 com queda de 13,11%.
SEMPRE O POBRE PAGA A CONTA
Baixa renda pagará por barreira a têxteis
Varejo alega que barreira à importação representa retrocesso e maior custo em roupa barata para classes C e D
Cobrança por volume no lugar do preço do produto eleva imposto dos mais baratos e reduz nos caros, diz varejo
AGNALDO BRITO - FSP
A mudança na forma de tributar a importação de itens do vestuário vai atingir as classes de menor renda no Brasil. A avaliação é da ABVTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), organização que representa 15% do setor no país.
A entidade (que representa bandeiras como Marisa, Riachuelo, C&A, Pernambucanas, Renner, Walmart e outras) criticou o plano do governo federal de mudar o regime de tributação de produtos têxteis importados.
Após reunião com representantes da indústria têxtil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse - no início desta semana em São Paulo - que o país deverá adotar um novo regime tributário sobre a importação do setor.
A ideia é abandonar a aplicação de uma alíquota sobre o produto importado e passar a impor um valor fixo sobre o quilo do produto. A mudança está em avaliação pela Camex (Câmara do Comércio Exterior), órgão do MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
"A substituição da base de cálculo fixada pelo preço do produto (ad valorem) pelo peso do produto (ad rem) é um grave retrocesso na política internacional brasileira de abertura de mercado", afirma José Eduardo Guzzardi, diretor da associação.
A entidade sustenta ainda que a medida vai beneficiar apenas consumidores que adquirem produtos mais sofisticados. O custo tributário deixará de considerar o valor agregado.
Ocorre o inverso com os produtos destinados aos consumidores de menor renda. Neste caso, como a tributação considera o peso do produto, não mais seu valor. A taxa sobre o item pode subir muito, sustenta a entidade do varejo têxtil.
O Brasil adota a alíquota de 35% sobre a importação de vestuário, a mais elevada autorizada pela OMC (Organização Mundial do Comércio). A entidade multilateral do comércio internacional terá de ser consultada pelo Brasil para avaliar a mudança do regime tributário.
"É uma distribuição de renda às avessas. Quem compra produtos com menor valor agregado, ou seja, a maioria da população, pagará mais impostos", diz Guzzardi.
A ABVTex afirma que as importações de produtos têxteis ajuda no controle da inflação interna e que a participação do vestuário importado equivale a 8% do varejo nacional, o que "não representa ameaça à indústria".
ÂNCORA INFLACIONÁRIA
O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Aguinaldo Diniz Filho, refutou os argumentos do setor varejista. De acordo com ele, a indústria brasileira tem sido âncora da inflação desde o Plano Real.
"O IPCA, do IBGE, acumula alta de 295% desde o início do Plano Real. A alta do vestuário foi de 187%. Isso foi feito com a ajuda da indústria local", diz.
Varejo alega que barreira à importação representa retrocesso e maior custo em roupa barata para classes C e D
Cobrança por volume no lugar do preço do produto eleva imposto dos mais baratos e reduz nos caros, diz varejo
AGNALDO BRITO - FSP
A mudança na forma de tributar a importação de itens do vestuário vai atingir as classes de menor renda no Brasil. A avaliação é da ABVTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), organização que representa 15% do setor no país.
A entidade (que representa bandeiras como Marisa, Riachuelo, C&A, Pernambucanas, Renner, Walmart e outras) criticou o plano do governo federal de mudar o regime de tributação de produtos têxteis importados.
Após reunião com representantes da indústria têxtil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse - no início desta semana em São Paulo - que o país deverá adotar um novo regime tributário sobre a importação do setor.
A ideia é abandonar a aplicação de uma alíquota sobre o produto importado e passar a impor um valor fixo sobre o quilo do produto. A mudança está em avaliação pela Camex (Câmara do Comércio Exterior), órgão do MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
"A substituição da base de cálculo fixada pelo preço do produto (ad valorem) pelo peso do produto (ad rem) é um grave retrocesso na política internacional brasileira de abertura de mercado", afirma José Eduardo Guzzardi, diretor da associação.
A entidade sustenta ainda que a medida vai beneficiar apenas consumidores que adquirem produtos mais sofisticados. O custo tributário deixará de considerar o valor agregado.
Ocorre o inverso com os produtos destinados aos consumidores de menor renda. Neste caso, como a tributação considera o peso do produto, não mais seu valor. A taxa sobre o item pode subir muito, sustenta a entidade do varejo têxtil.
O Brasil adota a alíquota de 35% sobre a importação de vestuário, a mais elevada autorizada pela OMC (Organização Mundial do Comércio). A entidade multilateral do comércio internacional terá de ser consultada pelo Brasil para avaliar a mudança do regime tributário.
"É uma distribuição de renda às avessas. Quem compra produtos com menor valor agregado, ou seja, a maioria da população, pagará mais impostos", diz Guzzardi.
A ABVTex afirma que as importações de produtos têxteis ajuda no controle da inflação interna e que a participação do vestuário importado equivale a 8% do varejo nacional, o que "não representa ameaça à indústria".
ÂNCORA INFLACIONÁRIA
O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Aguinaldo Diniz Filho, refutou os argumentos do setor varejista. De acordo com ele, a indústria brasileira tem sido âncora da inflação desde o Plano Real.
"O IPCA, do IBGE, acumula alta de 295% desde o início do Plano Real. A alta do vestuário foi de 187%. Isso foi feito com a ajuda da indústria local", diz.
171 BRAZUCA
WSJ adverte: Fique de olho em Abilio Diniz em 2012
VEJA
A entrega da presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar para o Casino dará o que falar, diz jornal
O empresário Abilio Diniz foi citado pelo jornal norte-americano Wall Street Journal como um dos 12 empresários a serem acompanhados de perto em 2012. De acordo com a publicação, a entrega da presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar (GPA) em junho para o Casino vai dar o que falar no início do próximo ano.
Diniz, fundador e presidente do conselho do GPA, vendeu 24,5% do grupo para a empresa francesa em 2005 - fatia que foi elevada para 48,1% em 2011. Uma das cláusulas do contrato de acionistas previa a entrega do controle da companhia ao Casino em junho de 2012. No entanto, no ano passado, o empresário brasileiro protagonizou um episódio polêmico envolvendo essa questão.
Diniz teria idealizado, junto à gestora Estáter, uma tentativa de fusão com o grupo francês Carrefour, sem comunicar Jean-Charles Naouri, presidente do grupo Casino. Naouri disse ter ficado sabendo das negociações por meio da imprensa e acionou Diniz na Câmara Internacional de Arbitragem, por quebra de contrato.
Chegada a hora de cumprir o acordo, o WSJ chama a atenção para esse momento e ressalta que há controvérsias sobre o convencimento do empresário sobre a entrega. O jornal norte-americano também destaca na lista o executivo Tim Cook, que substitui Steve Jobs no comando da Apple; Akio Toyoda, presidente da Toyota; Tom Horton, CEO que tentará salvar a American Airlines; entre outros.
VEJA
A entrega da presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar para o Casino dará o que falar, diz jornal
O empresário Abilio Diniz foi citado pelo jornal norte-americano Wall Street Journal como um dos 12 empresários a serem acompanhados de perto em 2012. De acordo com a publicação, a entrega da presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar (GPA) em junho para o Casino vai dar o que falar no início do próximo ano.
Diniz, fundador e presidente do conselho do GPA, vendeu 24,5% do grupo para a empresa francesa em 2005 - fatia que foi elevada para 48,1% em 2011. Uma das cláusulas do contrato de acionistas previa a entrega do controle da companhia ao Casino em junho de 2012. No entanto, no ano passado, o empresário brasileiro protagonizou um episódio polêmico envolvendo essa questão.
Diniz teria idealizado, junto à gestora Estáter, uma tentativa de fusão com o grupo francês Carrefour, sem comunicar Jean-Charles Naouri, presidente do grupo Casino. Naouri disse ter ficado sabendo das negociações por meio da imprensa e acionou Diniz na Câmara Internacional de Arbitragem, por quebra de contrato.
Chegada a hora de cumprir o acordo, o WSJ chama a atenção para esse momento e ressalta que há controvérsias sobre o convencimento do empresário sobre a entrega. O jornal norte-americano também destaca na lista o executivo Tim Cook, que substitui Steve Jobs no comando da Apple; Akio Toyoda, presidente da Toyota; Tom Horton, CEO que tentará salvar a American Airlines; entre outros.
PRÁTICAS PETISTAS
Brasileiros já pagaram R$ 1,5 trilhão em impostos neste ano
O Globo
Ano deve fechar com um aumento de 11% em relação a 2010
SÃO PAULO - Os brasileiros já tiveram de desembolsar R$ 1,5 trilhão só para pagar impostos neste ano. A cifra foi registrada às 17h desta quinta-feira pelo "impostômetro", painel eletrônico mantido pela Associação Comercial de São Paulo e que registra em tempo real a arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais.
A previsão da entidade é que o total em 2011 chegue a R$ 1,51 trilhão,o que representará um aumento nominal de 17,1% e real (descontada a inflação do período) de 11% na comparação com o R$ 1,29 trilhão registrado no ano passado.
O Globo
Ano deve fechar com um aumento de 11% em relação a 2010
SÃO PAULO - Os brasileiros já tiveram de desembolsar R$ 1,5 trilhão só para pagar impostos neste ano. A cifra foi registrada às 17h desta quinta-feira pelo "impostômetro", painel eletrônico mantido pela Associação Comercial de São Paulo e que registra em tempo real a arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais.
A previsão da entidade é que o total em 2011 chegue a R$ 1,51 trilhão,o que representará um aumento nominal de 17,1% e real (descontada a inflação do período) de 11% na comparação com o R$ 1,29 trilhão registrado no ano passado.
PRÁTICAS PETISTAS
PT aparelha até o futebol em Brasília
Além do Brasília e do Sobradinho, clubes adquiridos por figuras próximas ao governador Agnelo Queiroz, outros times da capital estão nas mãos de petistas
Gabriel Castro - VEJA
A edição de VEJA desta semana mostra uma face nova do aparelhamento petista, que não poupa sindicatos, entidades estudantis e organizações não-governamentais. A reportagem mostra como dois clubes de futebol de pouca expressão foram adquiridos por pessoas próximas ao governador Agnelo Queiroz, em circunstâncias que chamaram a atenção do Ministério Público. O Brasília agora pertence a Luis Carlos Alcoforado, advogado do governador. o Sobradinho passou a ser controlado pela família de Paulo Tadeu, o principal secretário do governo. Mas esses não foram os únicos episódios.
O Botafogo-DF, cópia do original carioca, nasceu depois que o empresário Walter Teodoro, que tem fortes ligações com o PT e fez campanha para Agnelo, comprou um antigo clube do Distrito Federal. O histórico do administrador não é dos melhores: duas faculdades falidas e indícios de irregularidades na aplicação de recursos do Ministério da Educação. Com senso de oportunidade acurado, Teodoro agora avalia mudar o nome do clube, que passaria a se chamar Nacional – coincidentemente, o nome do Estádio Nacional de Brasília, o elefante branco de 70.000 lugares que está sendo construído para a Copa de 2014.
O gigante de custo quase bilionário deve ficar às moscas durante os jogos do Candangão. Mas o espaço, localizado no centro da capital, tem tudo para se transformar em uma rentável arena de shows. Já em 2012, o governo deve escolher a empresa responsável pela gestão do estádio. Dirigentes de clubes apostam que as concorrentes terão, obrigatoriamente, de se vincular a algum time de futebol para participar da disputa. Essa pode ser a explicação para o súbito interesse pelo combalido futebol local.
Além da administração do estádio, outra intenção pode justificar o súbito interesse do grupo petista pelo futebol local. O caminho já foi desbravado uma década atrás, pelo ex-senador Luiz Estevão, dono do Brasiliense: "É muito comum um clube de futebol pagar 10 000 de salário e obrigar o jogador a assinar um recibo de 30 000”, explica um promotor com experiência na área. A diferença, claro, não é destinada a obras de caridade.
Pioneiro - A lógica petista da ocupação de espaços se repete no Santa Maria Esporte Clube, agora controlado por Erivaldo Alves, que já foi vice-presidente do PT local e hoje trabalha no gabinete do líder petista na Câmara Legislativa, Wasny de Roure. E no Brazlândia, que está sob a influência de Bolivar Rocha, até pouco tempo secretário pessoal de Agnelo.
Mas justiça seja feita: o pioneiro clube apropriado pelos petistas foi o Ceilândia: chegou a usar uma estrela vermelha como símbolo e é presidido há anos por Ari de Almeida, que integrou o diretório do PT no Distrito Federal. Hoje, Ari também é administrador regional de Ceilândia, por indicação de Agnelo Queiroz.
Foi Ari quem negociou, ainda em 2010 e com o apoio de Agnelo, um patrocínio da União Química para a equipe. Os interesses se completavam: Agnelo era diretor da Anvisa e tinha influência sobre decisões que interessavam à empresa farmacêutica. Em ano eleitoral, o petista ganhou apoio político na maior cidade-satélite do Distrito Federal. E o dirigente do Ceilândia viu a equipe, turbinada pelo patrocinador, conquistar o título distrital depois de seis triunfos seguidos do Brasiliense de Luiz Estevão.
Curiosamente, Luís Carlos Alcoforado era advogado da União Química, na época da parceria com o Ceilândia. Ele, entretanto, nega ter participado das negociações. A empresa, por sua vez, diz que não fechou acordo algum com o clube.
Se seguir a lógica de outras unidades da federação, a politização do futebol deve ter consequências negativas para o futebol do Distrito Federal. Mas, pelo menos para o Brasília, a troca de comando parece ter dado sorte: o clube, que havia sido rebaixado para a segunda divisão local no campeonato de 2011, conseguiu reverter a decisão em um controverso julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal e deve jogar a elite do futebol candango em 2012.
Os adversários dizem que os métodos usados para convencer um dos conselheiros a mudar de voto e manter o time na primeira divisão não foram os mais corretos. Alcoforado nega. Fato é que, agora, a briga ameaça atrasar a disputa de 2012. Se o prejuízo ficar apenas nisso, será o menor dos males.
Além do Brasília e do Sobradinho, clubes adquiridos por figuras próximas ao governador Agnelo Queiroz, outros times da capital estão nas mãos de petistas
Gabriel Castro - VEJA
A edição de VEJA desta semana mostra uma face nova do aparelhamento petista, que não poupa sindicatos, entidades estudantis e organizações não-governamentais. A reportagem mostra como dois clubes de futebol de pouca expressão foram adquiridos por pessoas próximas ao governador Agnelo Queiroz, em circunstâncias que chamaram a atenção do Ministério Público. O Brasília agora pertence a Luis Carlos Alcoforado, advogado do governador. o Sobradinho passou a ser controlado pela família de Paulo Tadeu, o principal secretário do governo. Mas esses não foram os únicos episódios.
O Botafogo-DF, cópia do original carioca, nasceu depois que o empresário Walter Teodoro, que tem fortes ligações com o PT e fez campanha para Agnelo, comprou um antigo clube do Distrito Federal. O histórico do administrador não é dos melhores: duas faculdades falidas e indícios de irregularidades na aplicação de recursos do Ministério da Educação. Com senso de oportunidade acurado, Teodoro agora avalia mudar o nome do clube, que passaria a se chamar Nacional – coincidentemente, o nome do Estádio Nacional de Brasília, o elefante branco de 70.000 lugares que está sendo construído para a Copa de 2014.
O gigante de custo quase bilionário deve ficar às moscas durante os jogos do Candangão. Mas o espaço, localizado no centro da capital, tem tudo para se transformar em uma rentável arena de shows. Já em 2012, o governo deve escolher a empresa responsável pela gestão do estádio. Dirigentes de clubes apostam que as concorrentes terão, obrigatoriamente, de se vincular a algum time de futebol para participar da disputa. Essa pode ser a explicação para o súbito interesse pelo combalido futebol local.
Além da administração do estádio, outra intenção pode justificar o súbito interesse do grupo petista pelo futebol local. O caminho já foi desbravado uma década atrás, pelo ex-senador Luiz Estevão, dono do Brasiliense: "É muito comum um clube de futebol pagar 10 000 de salário e obrigar o jogador a assinar um recibo de 30 000”, explica um promotor com experiência na área. A diferença, claro, não é destinada a obras de caridade.
Pioneiro - A lógica petista da ocupação de espaços se repete no Santa Maria Esporte Clube, agora controlado por Erivaldo Alves, que já foi vice-presidente do PT local e hoje trabalha no gabinete do líder petista na Câmara Legislativa, Wasny de Roure. E no Brazlândia, que está sob a influência de Bolivar Rocha, até pouco tempo secretário pessoal de Agnelo.
Mas justiça seja feita: o pioneiro clube apropriado pelos petistas foi o Ceilândia: chegou a usar uma estrela vermelha como símbolo e é presidido há anos por Ari de Almeida, que integrou o diretório do PT no Distrito Federal. Hoje, Ari também é administrador regional de Ceilândia, por indicação de Agnelo Queiroz.
Foi Ari quem negociou, ainda em 2010 e com o apoio de Agnelo, um patrocínio da União Química para a equipe. Os interesses se completavam: Agnelo era diretor da Anvisa e tinha influência sobre decisões que interessavam à empresa farmacêutica. Em ano eleitoral, o petista ganhou apoio político na maior cidade-satélite do Distrito Federal. E o dirigente do Ceilândia viu a equipe, turbinada pelo patrocinador, conquistar o título distrital depois de seis triunfos seguidos do Brasiliense de Luiz Estevão.
Curiosamente, Luís Carlos Alcoforado era advogado da União Química, na época da parceria com o Ceilândia. Ele, entretanto, nega ter participado das negociações. A empresa, por sua vez, diz que não fechou acordo algum com o clube.
Se seguir a lógica de outras unidades da federação, a politização do futebol deve ter consequências negativas para o futebol do Distrito Federal. Mas, pelo menos para o Brasília, a troca de comando parece ter dado sorte: o clube, que havia sido rebaixado para a segunda divisão local no campeonato de 2011, conseguiu reverter a decisão em um controverso julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal e deve jogar a elite do futebol candango em 2012.
Os adversários dizem que os métodos usados para convencer um dos conselheiros a mudar de voto e manter o time na primeira divisão não foram os mais corretos. Alcoforado nega. Fato é que, agora, a briga ameaça atrasar a disputa de 2012. Se o prejuízo ficar apenas nisso, será o menor dos males.
QUE NOTÍCIA MAIS TRISTE! A GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO, CHEGOU A UM PONTO EM QUE O POVO NÃO CONSEGUE MAIS CRIAR OS PRÓPRIOS FILHOS...
Sem dinheiro, pais gregos entregam filhos a adoção
Com aumento da pobreza, crescem também casos de crianças abandonadas
País enfrenta grave crise econômica e as medidas de austeridade do governo pesam sobre a classe média grega
DO “GUARDIAN”
Mesmo antes de a crise econômica atingir a Grécia, Dimitris Gasparinatos já encontrava dificuldade de sustentar seus seis filhos e quatro filhas. Sua mulher, Christina, que tentava pagar as contas com o salário mensal de € 960 do marido, estava infeliz e desesperada.
Atolado em dívidas, o casal devia dinheiro para o açougueiro, para o padeiro e para o dono da mercearia -as mesmas pessoas que haviam lhes permitido continuar vivendo em Patras, a oeste de Atenas. Em seu minúsculo apartamento, a família vivia em meio à imundície.
"Psicologicamente estávamos todos em meio a uma bagunça", disse Gasparinatos. "Dormíamos em colchonetes no chão, não pagávamos o aluguel por meses, tínhamos que fazer alguma coisa."
E, então, às vésperas do Natal, aos 42 anos de idade, Gasparinatos decidiu entregar ao Estado a guarda de três de seus filhos e de uma filha.
"Tenho vergonha de dizer, mas cheguei ao ponto de não ter nem € 2 (R$ 4,8) para comprar pão", afirmou. "Não queríamos separar a família, mas achamos que seria melhor para eles, se quatro dos nossos filhos fossem enviados para uma instituição por dois ou três anos."
No dia seguinte, sua mulher, de 37 anos, foi à prefeitura e solicitou que seus filhos fossem "salvos".
"Ela estava visivelmente transtornada", disse Theoharis Massaras, o prefeito da cidade. "Os pedidos de auxílio social dispararam. No ano passado, demos comida para 400 famílias em Patras no Natal. Neste ano, 1.200 pediram ajuda e elas não eram de baixa renda. Muitos tinham bons trabalhos até este ano, quando seus comércios e negócios fecharam", afirmou o prefeito.
Segundo ele, "pedir para recolher crianças foi algo novo". Ele disse não ter podido acreditar quando foi à casa da família e viu as condições de pobreza e sujeira.
Em uma nação orgulhosa como a Grécia, onde a família vem em primeiro lugar, o pedido de ajuda dos Gasparinatos rapidamente virou notícia. Mas testemunhos de ONGs, médicos e enfermeiros sugerem que eles não são um caso único no país.
Enquanto a Grécia se prepara para enfrentar o quinto ano de recessão, a crise se amplia, a pobreza e o desemprego aumentam, crescem as evidências de que a sociedade está aos pedaços.
De bebês recém-nascidos abandonados na porta de clínicas a crianças entregues para doação, a luta da nação para pagar suas contas ganha proporções dramáticas.
Com o avanço da pobreza, 500 famílias recentemente entregaram seus filhos para abrigos da ONG SOS Children's Village, segundo o jornal grego "Kathimerini". Um bebê foi deixado em um berçário, com um bilhete que dizia: "Não voltarei para pegar a Anna. Não tenho dinheiro. Sinto muito. Sua mãe".
"Infelizmente, houve um aumento enorme de famílias passando necessidade", afirmou Dimitris Tzouras, assistente social da organização.
Na semana passada, Gasparinatos recebeu boas novas. Ao saber do caso da família pela TV, a viúva de um magnata doou dinheiro para se mudarem para outra casa.
Com aumento da pobreza, crescem também casos de crianças abandonadas
País enfrenta grave crise econômica e as medidas de austeridade do governo pesam sobre a classe média grega
DO “GUARDIAN”
Mesmo antes de a crise econômica atingir a Grécia, Dimitris Gasparinatos já encontrava dificuldade de sustentar seus seis filhos e quatro filhas. Sua mulher, Christina, que tentava pagar as contas com o salário mensal de € 960 do marido, estava infeliz e desesperada.
Atolado em dívidas, o casal devia dinheiro para o açougueiro, para o padeiro e para o dono da mercearia -as mesmas pessoas que haviam lhes permitido continuar vivendo em Patras, a oeste de Atenas. Em seu minúsculo apartamento, a família vivia em meio à imundície.
"Psicologicamente estávamos todos em meio a uma bagunça", disse Gasparinatos. "Dormíamos em colchonetes no chão, não pagávamos o aluguel por meses, tínhamos que fazer alguma coisa."
E, então, às vésperas do Natal, aos 42 anos de idade, Gasparinatos decidiu entregar ao Estado a guarda de três de seus filhos e de uma filha.
"Tenho vergonha de dizer, mas cheguei ao ponto de não ter nem € 2 (R$ 4,8) para comprar pão", afirmou. "Não queríamos separar a família, mas achamos que seria melhor para eles, se quatro dos nossos filhos fossem enviados para uma instituição por dois ou três anos."
No dia seguinte, sua mulher, de 37 anos, foi à prefeitura e solicitou que seus filhos fossem "salvos".
"Ela estava visivelmente transtornada", disse Theoharis Massaras, o prefeito da cidade. "Os pedidos de auxílio social dispararam. No ano passado, demos comida para 400 famílias em Patras no Natal. Neste ano, 1.200 pediram ajuda e elas não eram de baixa renda. Muitos tinham bons trabalhos até este ano, quando seus comércios e negócios fecharam", afirmou o prefeito.
Segundo ele, "pedir para recolher crianças foi algo novo". Ele disse não ter podido acreditar quando foi à casa da família e viu as condições de pobreza e sujeira.
Em uma nação orgulhosa como a Grécia, onde a família vem em primeiro lugar, o pedido de ajuda dos Gasparinatos rapidamente virou notícia. Mas testemunhos de ONGs, médicos e enfermeiros sugerem que eles não são um caso único no país.
Enquanto a Grécia se prepara para enfrentar o quinto ano de recessão, a crise se amplia, a pobreza e o desemprego aumentam, crescem as evidências de que a sociedade está aos pedaços.
De bebês recém-nascidos abandonados na porta de clínicas a crianças entregues para doação, a luta da nação para pagar suas contas ganha proporções dramáticas.
Com o avanço da pobreza, 500 famílias recentemente entregaram seus filhos para abrigos da ONG SOS Children's Village, segundo o jornal grego "Kathimerini". Um bebê foi deixado em um berçário, com um bilhete que dizia: "Não voltarei para pegar a Anna. Não tenho dinheiro. Sinto muito. Sua mãe".
"Infelizmente, houve um aumento enorme de famílias passando necessidade", afirmou Dimitris Tzouras, assistente social da organização.
Na semana passada, Gasparinatos recebeu boas novas. Ao saber do caso da família pela TV, a viúva de um magnata doou dinheiro para se mudarem para outra casa.
TEM UM PSICOPATA QUERENDO SE ENCONTRAR COM ALLAH E UM MONTE DE IDIOTAS QUE VÃO ACOMPANHÁ-LO (TALVEZ PENSANDO NAS HURIS)
Irã lançará mísseis de longo alcance em exercício militar
Teerã dá demonstração de força em momento de tensão renovada com Ocidente
TEERÃ - Num momento de renovada tensão com o Ocidente, com ameaças recíprocas sobre o crucial Estreito de Ormuz, o Irã decidiu dar uma demonstração de força. Nesta sexta-feira, anunciou que, durante um exercício naval de rotina no sábado, vai testar também mísseis de longo alcance, alguns com capacidade para atingir Israel e bases americanas no Oriente Médio.
Nos últimos dias, EUA e Irã trocaram acusações sobre o estreito, considerado pelo próprio governo americano como a mais importante rota mundial do petróleo. Teerã diz que vai fechar o canal caso, por conta de seu programa nuclear, seja alvo de novoa sanções do Ocidente. Washington, por sua vez, disse que não vai aceitar uma interrupção na rota.
"A Marinha iraniana vai testar vários tipos de seus mísseis, incluindo os mísseis de longo alcance, no Golfo Pérsico no sábado", disse o almirante Mahmoud Mousavi, subcomandante da Marinha, citado pela agência de notícia estatal Fars.
EUA e Israel já disseram que não descartam uma ação militar contra o Irã se fracassarem os esforços diplomáticos para resolver a disputa sobre o programa nuclear, que Teerã afirma ter apenas fins pacíficos, mas que o Ocidente suspeita ser para construir um arsenal nuclear.
O Irã afirma que teria forte poder de retaliação se for atacado. No sábado, a República Islâmica iniciou um exercício naval de dez dias de duração.
"O lançamento de mísseis é a parte final do exercício naval", disse Mousavi. "A fase final do exercício é preparar a Marinha para confrontar o inimigo em situações de guerra."
O Estreito de Ormuz liga o Golfo Pérsico — e países produtores de petróleo como Bahrein, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — ao Oceano Índico. O próprio Irã é o quarto maior produtor mundial de petróleo e depende da exportação do produto para obter 80% de suas divisas.
Um relatório da ONU indicando que o Irã realizou atividades relacionadas ao desenvolvimento de artefato nuclear levou ao debate de novas sanções, que desta vez poderiam atingir o petróleo e que enfureceram Teerã.
A União Europeia deve decidir em janeiro se boicotará o petróleo iraniano. E países como Japão e Coreia do Sul estão sob pressão americana para parar de comprar óleo do país. Assim, o governo americano espera forçar Teerã a paralisar seu programa nuclear.
Teerã dá demonstração de força em momento de tensão renovada com Ocidente
TEERÃ - Num momento de renovada tensão com o Ocidente, com ameaças recíprocas sobre o crucial Estreito de Ormuz, o Irã decidiu dar uma demonstração de força. Nesta sexta-feira, anunciou que, durante um exercício naval de rotina no sábado, vai testar também mísseis de longo alcance, alguns com capacidade para atingir Israel e bases americanas no Oriente Médio.
Nos últimos dias, EUA e Irã trocaram acusações sobre o estreito, considerado pelo próprio governo americano como a mais importante rota mundial do petróleo. Teerã diz que vai fechar o canal caso, por conta de seu programa nuclear, seja alvo de novoa sanções do Ocidente. Washington, por sua vez, disse que não vai aceitar uma interrupção na rota.
"A Marinha iraniana vai testar vários tipos de seus mísseis, incluindo os mísseis de longo alcance, no Golfo Pérsico no sábado", disse o almirante Mahmoud Mousavi, subcomandante da Marinha, citado pela agência de notícia estatal Fars.
EUA e Israel já disseram que não descartam uma ação militar contra o Irã se fracassarem os esforços diplomáticos para resolver a disputa sobre o programa nuclear, que Teerã afirma ter apenas fins pacíficos, mas que o Ocidente suspeita ser para construir um arsenal nuclear.
O Irã afirma que teria forte poder de retaliação se for atacado. No sábado, a República Islâmica iniciou um exercício naval de dez dias de duração.
"O lançamento de mísseis é a parte final do exercício naval", disse Mousavi. "A fase final do exercício é preparar a Marinha para confrontar o inimigo em situações de guerra."
O Estreito de Ormuz liga o Golfo Pérsico — e países produtores de petróleo como Bahrein, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — ao Oceano Índico. O próprio Irã é o quarto maior produtor mundial de petróleo e depende da exportação do produto para obter 80% de suas divisas.
Um relatório da ONU indicando que o Irã realizou atividades relacionadas ao desenvolvimento de artefato nuclear levou ao debate de novas sanções, que desta vez poderiam atingir o petróleo e que enfureceram Teerã.
A União Europeia deve decidir em janeiro se boicotará o petróleo iraniano. E países como Japão e Coreia do Sul estão sob pressão americana para parar de comprar óleo do país. Assim, o governo americano espera forçar Teerã a paralisar seu programa nuclear.
E QUANDO O ESTADO FALIR, QUEM VAI SUSTENTAR ESSE MONTE DE...CIDADÃOS?
Governo aumenta em 19,4% gastos com Bolsa FamíliaDAIENE CARDOSO - Agência Estado
No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o governo federal gastou 19,4% a mais com o programa Bolsa Família, superando a meta de inclusão de 320 mil novas famílias. Em 2011 foram transferidos R$ 16,699 bilhões a 13,352 milhões de famílias brasileiras, contra R$ 13,4 bilhões do ano anterior. De acordo com balanço divulgado hoje (30) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o aumento se deve ao reajuste de 45% no benefício variável pago a crianças e adolescentes de até 15 anos e de 15% para jovens entre 16 e 17 anos, além da inclusão de grávidas e de mulheres que amamentam.
Com o aumento do benefício pago a crianças e jovens, o governo federal passou a desembolsar em abril R$ 1,4 bilhão por mês. A decisão de aumentar o valor dos benefícios dessa faixa etária se deve à revelação do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que 40% dos 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza têm até 14 anos de idade.
Além do reajuste no benefício de crianças e jovens, este ano o governo autorizou a ampliação do limite de pagamentos por família (de três para cinco pessoas de até 15 anos). O ministério informa que, com a medida, foram pagos 1,3 milhão de novos benefícios.
A inclusão de mães que amamentam bebês de até 6 meses de idade (chamadas de nutrizes) em novembro e de gestantes, que passaram a receber o Bolsa Família este mês, foi o destaque do programa. Nas duas situações, as mulheres só podem receber o benefício se a família estiver inscrita no Cadastro Único e se estiver dentro do limite de cinco benefícios por família. O governo já paga 93.186 benefícios a nutrizes (o que corresponde a R$ 2,9 milhões) e 25.305 a grávidas - um acréscimo de R$ 809,7 mil na folha de pagamento do Bolsa Família.
Os benefícios do programa de distribuição de renda variam de R$ 32,00 a R$ 306,00, dependendo do perfil econômico da família e da quantidade de filhos de até 17 anos. Até março, o governo pagava de R$ 22,00 a R$ 200,00. O governo permite até cinco pagamentos de R$ 32,00 por núcleo familiar, dois de R$ 38,00 por adolescentes de 16 e 17 anos e R$ 70,00 às famílias sem filhos em extrema pobreza (cuja renda mensal por pessoa não ultrapassa R$ 70,00).
Estimativas do ministério indicam que 800 mil famílias extremamente pobres ainda não são atendidas pelo programa, por isso a meta é atingir 100% de cobertura até 2013. Com a parceria entre União, Estados e municípios, 407 mil famílias com renda de até R$ 70 por pessoa foram cadastradas em 2011 e devem ser incluídas no programa.
No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o governo federal gastou 19,4% a mais com o programa Bolsa Família, superando a meta de inclusão de 320 mil novas famílias. Em 2011 foram transferidos R$ 16,699 bilhões a 13,352 milhões de famílias brasileiras, contra R$ 13,4 bilhões do ano anterior. De acordo com balanço divulgado hoje (30) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o aumento se deve ao reajuste de 45% no benefício variável pago a crianças e adolescentes de até 15 anos e de 15% para jovens entre 16 e 17 anos, além da inclusão de grávidas e de mulheres que amamentam.
Com o aumento do benefício pago a crianças e jovens, o governo federal passou a desembolsar em abril R$ 1,4 bilhão por mês. A decisão de aumentar o valor dos benefícios dessa faixa etária se deve à revelação do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que 40% dos 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza têm até 14 anos de idade.
Além do reajuste no benefício de crianças e jovens, este ano o governo autorizou a ampliação do limite de pagamentos por família (de três para cinco pessoas de até 15 anos). O ministério informa que, com a medida, foram pagos 1,3 milhão de novos benefícios.
A inclusão de mães que amamentam bebês de até 6 meses de idade (chamadas de nutrizes) em novembro e de gestantes, que passaram a receber o Bolsa Família este mês, foi o destaque do programa. Nas duas situações, as mulheres só podem receber o benefício se a família estiver inscrita no Cadastro Único e se estiver dentro do limite de cinco benefícios por família. O governo já paga 93.186 benefícios a nutrizes (o que corresponde a R$ 2,9 milhões) e 25.305 a grávidas - um acréscimo de R$ 809,7 mil na folha de pagamento do Bolsa Família.
Os benefícios do programa de distribuição de renda variam de R$ 32,00 a R$ 306,00, dependendo do perfil econômico da família e da quantidade de filhos de até 17 anos. Até março, o governo pagava de R$ 22,00 a R$ 200,00. O governo permite até cinco pagamentos de R$ 32,00 por núcleo familiar, dois de R$ 38,00 por adolescentes de 16 e 17 anos e R$ 70,00 às famílias sem filhos em extrema pobreza (cuja renda mensal por pessoa não ultrapassa R$ 70,00).
Estimativas do ministério indicam que 800 mil famílias extremamente pobres ainda não são atendidas pelo programa, por isso a meta é atingir 100% de cobertura até 2013. Com a parceria entre União, Estados e municípios, 407 mil famílias com renda de até R$ 70 por pessoa foram cadastradas em 2011 e devem ser incluídas no programa.
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