Protesto contra Vladimir Putin tem 40.000 inscritos
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Manifestação é sinal de rejeição às promessas de mudanças feitas pelo Kremlin
Programado para este sábado em Moscou, um protesto contra o governo e as contestadas eleições parlamentares russas já tem mais de 40.000 inscritos, segundo os organizadores. Num sinal de rejeição às mudanças políticas prometidas pelo presidente Dmitri Medvedev, o comício tem como objetivo pressionar o premiê e candidato à Presidência Vladimir Putin. O líder do partido Rússia Unida vem respondendo às críticas da oposição com concessões mínimas e se mostra confiante numa vitória na eleição presidencial em março do próximo ano.
Reunindo facções liberais, nacionalistas, anarquistas, ambientalistas e da juventude, os organizadores da manifestação chegaram a um acordo com o governo sobre como proceder, quem deve discursar ou liderar o movimento. Após os debates, foi criada uma lista de 19 porta-vozes, entre eles o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, o blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, o cantor de rock Yuri Shevchuk e o escritor Boris Akunin.
"Tenho certeza absoluta de que até um milhão de pessoas estão prontas para tomar parte nesses comícios. Eu vejo o humor do povo", disse Navalny. "Eles roubaram cerca de um milhão de votos. E isso só em Moscou. Eu acho que essas pessoas estão completamente insatisfeitas com o que aconteceu e estão prontas para defender seus direitos, inclusive saindo às ruas", criticou o blogueiro.
Após uma onda de mobilização inédita contra Putin, a oposição russa decidiu organizar a nova manifestação por rejeitar as propostas de Putin e do presidente Dmitri Medvedev, que negaram a principal exigência do movimento: uma nova eleição parlamentar no lugar da que deu, em 4 de dezembro, a maioria do Parlamento ao partido governista, o Rússia Unida.
A oposição acusa o partido de Putin de cometer irregularidades na votação, o que também foi sustentado por observadores internacionais. Na última quinta-feira, Medvedev prometeu aprovar medidas para diminuir o controle do país pelo Kremlin, como a volta das eleições para governadores regionais.
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