sábado, 29 de junho de 2013

Dilma desiste de participar do encerramento da Copa das Confederações
Presidente foi vaiada na abertura dos jogos em Brasília
Antes de saber da ausência, Blatter afirmou que ficaria 'feliz' se ela estivesse no Maracanã
Luiza Damé - O Globo

Constrangimento: Dilma foi vaiada na cerimônia de abertura da Copa das Confederações
Foto: REUTERS
Constrangimento: Dilma foi vaiada na cerimônia de abertura da Copa das Confederações REUTERS
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff desistiu de assistir à final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, domingo, no Maracanã. A assessoria do Palácio do Planalto disse que a presidente recebeu o convite da Fifa para a abertura e o encerramento, mas não confirmou presença na última partida da competição. Na abertura, no estádio Mané Garrincha, Dilma foi vaiada ao aparecer no telão, quando foi citada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e quando declarou aberta a Copa.
À tarde, durante entrevista coletiva no Maracanã, Blatter demonstrou certo desconforto ao ser perguntado sobre a ausência da presidente Dilma no encerramento do torneio, dizendo que gostaria de tê-la ao seu lado.
- Não recebi a confirmação se a presidente estará na final. Essa é uma questão para esse lado da mesa - disse o dirigente, apontando para Aldo Rebelo, ministro dos Esportes. - Eu ficarei feliz se ela estiver lá... mas não sou profeta e não posso dizer se ela estará lá ou não - comentou.
A avaliação de interlocutores da presidente é que, em meio a onda de protestos no país, o público do Maracanã seria hostil a Dilma. Além disso, dizem auxiliares da presidente, neste fim de semana, a presidente deve se reunir com ministros para discutir a proposta de plebiscito que mandará ao Congresso na próxima terça-feira. Dilma também deve preparar a reunião ministerial prevista para os próximos dias.
Outro tema que poderá ocupar o fim de semana da presidente é a contratação de médicos brasileiros e estrangeiros para atender nas zonas carentes desse profissionais. Dilma pode convocar, ao Palácio da Alvorada, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para continuar o debate do edital, que será lançado em julho.
Publicamente, a presidente havia manifestado disposição de assistir à final, especialmente se o Brasil estivesse em campo. Em fevereiro, na visita oficial à Nigéria, Dilma disse ao presidente Goodluck Jonathan que gostaria de assistir à decisão ao seu lado.
- Asseguro que sua seleção será muito bem recebida no Brasil para a Copa das Confederações. Tenho certeza que o presidente Goodluck Jonathan e eu assistiremos juntos à final Brasil e Nigéria no Maracanã - afirmou na ocasião.

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