Reinaldo Azevedo - VEJA
A presidente Dilma Rousseff recebeu algumas lideranças “jovens” no Planalto — a juventude chapa-branca, ou chapa-vermelha, alimentada, no mais das vezes, com dinheiro público. No grupo, estavam, por exemplo, representantes da União da Juventude Socialista (UJS), a tropa de choque do PC do B que comandou a hostilidade à blogueira Yoani Sánchez em sua viagem ao Brasil.
Vejam um vídeo em que um valente da UJS defende as hostilidades a Yoani, acusando-a de receber dinheiro dos EUA, uma mentira cretina, e justifica a ditadura cubana. Volto em seguida.
Voltei
Havia outros rematados democratas presentes ao encontro, como os companheiros do “Levante Popular da Juventude”. Vocês já ouviram falar dessa turma.
Havia outros rematados democratas presentes ao encontro, como os companheiros do “Levante Popular da Juventude”. Vocês já ouviram falar dessa turma.
Em março do ano passado, o “Levante” produziu um espetáculo grotesco de agressões e baixaria às portas do Clube Militar, no Rio. Enquanto os confrontos aconteciam, quem passava casualmente por ali, num passeio aparentemente sem compromisso? Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul! O conjunto me interessou e comecei a pesquisar: quem era e o que queria o tal “Levanta Popular da Juventude”? Descobri algumas coisas e escrevi um post no dia 4 de abril de 2012.
Vale a pena relembrar. Vocês assistirão, por exemplo, a um vídeo em que um “rapper” canta uma musiquinha bacana, cujo refrão é o seguinte: “Eu sou aquele que acredita em encarar o choque”, numa referência, claro!, às forças da legalidade. Segue o post publicado em 4 de abril de 2012. Volto depois de tudo para encerrar.
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Vejam esta foto.
Aquele senhor sentado na primeira fileira, com a mão no rosto, com ar vetusto, é Tarso Genro (PT), governador do Rio Grande do Sul. O que ela faz ali? Vamos ver.
No dia 29 do mês passado, um bando de fascistoides cercou o Clube Militar. A turma xingou e agrediu militares da reserva que participavam de um seminário. A foto de um rapaz dando uma cusparada num idoso tem de se tornar um emblema do que esses caras entendem por democracia e civilidade. “Descobriu-se”, vejam que coincidência!, que ninguém menos do que Tarso Genro passava por ali, por acaso… O valente não teve dúvida: “encontrado” por jornalistas, concedeu uma entrevista e acusou de provocação… as vítimas!!! A todos pareceu normal que um governador de estado estivesse passeando, solerte, pelas ruas da capital de um outro estado, topando, de súbito, com um protesto!!!
Pois é…
Aquela manifestação, a exemplo de outras que têm sido feitas em frente à casa de pessoas acusadas de colaborar com a tortura, foi convocada por um certo “Levante Popular da Juventude”. As ações obviamente ilegais do grupo têm merecido ampla cobertura do jornalismo — E SEMPRE EM TOM FAVORÁVEL! O que antes se chamava “grande imprensa” não se interessou nem sequer em saber quem é essa gente, de onde vem, o que pensa. No dia 27 de março, contei aqui quem são eles.
O tal “Levante” é só uma nova fachada do MST, que anda em baixa. João Pedro Stedile, o nosso leninista do capital alheio — já que seu movimento vive de dinheiro público — resolveu levar a sua “revolução” do campo para as cidades (afinal, ele é, reitero, um leninista).
A cobertura dos jornais tem sido asquerosa. Diz-se que o “Levante Popular da Juventude” luta apenas, que coisa bonita!, pela instalação da Comissão da Verdade. Enquanto isso, sai por aí xingando pessoas, cuspindo nelas, pichando as suas casas. Então agora volto à foto lá do alto.
Encontro
Entre os dias 1º e 5 de fevereiro, o grupo promoveu o “1º Acampamento do Levante Popular da Juventude”.Aconteceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e reuniu, segundo os próprios organizadores, 1.200 pessoas, vindas de 17 estados. Isso explica, por exemplo, por que ações de vandalismo contra as respectivas casas de supostos torturadores aconteceram em vários estados, ao mesmo tempo, numa coordenação que a imprensa chamou de “surpreendente”. “Juventude” não é categoria social, política ou de pensamento. O “jovem” por trás do movimento é João Pedro Stedile — com suas ideias do fim do século 19. Na fotos abaixo, ele aparece dando a sua “aula” de levante.
Entre os dias 1º e 5 de fevereiro, o grupo promoveu o “1º Acampamento do Levante Popular da Juventude”.Aconteceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e reuniu, segundo os próprios organizadores, 1.200 pessoas, vindas de 17 estados. Isso explica, por exemplo, por que ações de vandalismo contra as respectivas casas de supostos torturadores aconteceram em vários estados, ao mesmo tempo, numa coordenação que a imprensa chamou de “surpreendente”. “Juventude” não é categoria social, política ou de pensamento. O “jovem” por trás do movimento é João Pedro Stedile — com suas ideias do fim do século 19. Na fotos abaixo, ele aparece dando a sua “aula” de levante.
Muito bem! Tarso Genro foi um dos convidados de honra do “acampamento”. É o que mostra aquela primeira foto. Isso significa que ele tem intimidade com o “Levante Popular da Juventude” e conhece, então, a sua agenda. Parece-me que o fato põe em dúvida a coincidência entre o protesto no clube militar e a sua estada no Rio — justamente nas imediações do Clube Militar.
Abaixo, seguem algumas fotos do evento. Ao fim de tudo, um vídeo que chega a ser engraçado de tão patético.
Agora vejam este vídeo, em que um sujeito, por assim dizer, canta um rap sobre as ocupações promovidas pelo MST. Volto para encerrar.
A apresentação foi feita durante a “II Feira e Festa da Agricultura e Agroindústria Camponesa”, evento paralelo ao 1º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude. O refrão é claro: “Eu sou aquele que acredita em encarar o choque”. É um conclamação em favor do confronto com as forças da legalidade.
O vídeo é um troço patético. Um coroa, com a máscara revolucionária — que tira ao menos para cantar — se fantasia de cantor de rap para passar mensagens revolucionárias…
Eis aí: revelado, agora com imagens, o grande mistério do “Levante Popular da Juventude”. É só o velho leninista João Pedro Stedile brincando de fazer revolução. Mas Tarso, um governador de Estado, assistiu a tudo atentamente, no acampamento e nas imediações do Clube Militar.
Que futuro nos aguarda quando um governador de estado participa de uma patuscada como essa? Não muito bom! De toda sorte, é um comportamento compatível com o ministro da Justiça que levou o Brasil a abrigar um assassino, condenado em seu país à prisão perpétua.
Voltei
Dilma levou essa gente para dentro do palácio como sinal de seu esforço de “dialogar com a sociedade”. A presidente, em suma, que dialogar com quem não acredita em conversa.
Dilma levou essa gente para dentro do palácio como sinal de seu esforço de “dialogar com a sociedade”. A presidente, em suma, que dialogar com quem não acredita em conversa.
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