domingo, 30 de junho de 2013

Novo documento revela que EUA espiaram União Europeia e ONU
Revista alemã diz que Washington se infiltrou na rede de informática no prédio da UE e até em Bruxelas

OM
A revista alemã Der Spiegel piorou a situação dos EUA em relação ao escândalo de espionagem norte-americano ao redor do mundo. Na noite deste sábado (29/06) o periódico - que será publicado amanhã - revelou que a NSA (Agência Nacional de Segurança) também espiou as comunicações da UE (União Europeia) e da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo a imprensa europeia, a Der Spiegel teve acesso aos documentos vazados pelo ex-funcionário da CIA, Edward Snowden.
A acusação feita pela revista tem como base documentos de 2010, quando o departamento de Inteligência dos EUA trocou informações consideradas "estritamente confidenciais", narrando a espionagem de encontros diplomáticos da UE e da ONU. Além de gampos nos sistemas de informática, Washington utilizou microfones e câmeras nos prédios a fim de ter acesso aos assuntos discutidos nas reuniões. Os correios etrônicos e os documentos internos não tinham, assim, segredos para os norte-americanos.
Agência Efe

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A representação da EU nas Nações Unidas em Nova York era vigiada da mesma forma, dizem os documentos. Segundo o jornal português o Público, os europeus são claramente designados nos arquivos de Washington como “alvos a atacar” e as operações da NSA teriam sido levadas até Bruxelas, sede da Comissão Europeia.
“Há mais de cinco anos”, afirma a revista alemã, especialistas em segurança da UE descobriram um sistema de escutas na rede de comunicações telefônicas e de Internet no edifício Justus-Lipsius, e que conduzia até ao quartel-general da NATO, nos arredores de Bruxelas. Em 2013, a UE confirmou a descoberta de um sistema de escutas telefônicas nas suas representações em vários países, incluindo França e Alemanha.
A notícia veio no mesmo dia que o presidente do Equador, Rafael Correa, revelou ter conversado ao telefone com o vice-presidente norte-americano, Joseph Biden, que lhe pediu que recusasse o pedido de asilo político ao ex-funcionário da CIA.
“Falámos do caso Snowden e ele transmitiu-me de maneira muito cortês o pedido dos EUA”, disse Correa numa conferência de imprensa. “Eu transmiti-lhe a posição equatoriana: vice-presidente, obrigada pelo telefonema. Como fizemos no caso de [Julian] Assange com Inglaterra, vamos ouvir toda a gente, mas tomaremos a nossa decisão de forma soberana, ainda que, com o nosso afeto e respeito pelos Estados Unidos, levemos em conta o que diz esse país”, disse Correa

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