Revista alemã diz que Washington se infiltrou na rede de informática no prédio da UE e até em Bruxelas
A acusação feita pela revista tem como base documentos de 2010, quando o departamento de Inteligência dos EUA trocou informações consideradas "estritamente confidenciais", narrando a espionagem de encontros diplomáticos da UE e da ONU. Além de gampos nos sistemas de informática, Washington utilizou microfones e câmeras nos prédios a fim de ter acesso aos assuntos discutidos nas reuniões. Os correios etrônicos e os documentos internos não tinham, assim, segredos para os norte-americanos.
Agência Efe
Na África do Sul atualmente, Obama terá que explicar mais um escândalo de espionagem
A representação da EU nas Nações Unidas em Nova York era vigiada da mesma forma, dizem os documentos. Segundo o jornal português o Público, os europeus são claramente designados nos arquivos de Washington como “alvos a atacar” e as operações da NSA teriam sido levadas até Bruxelas, sede da Comissão Europeia.
“Há mais de cinco anos”, afirma a revista alemã, especialistas em segurança da UE descobriram um sistema de escutas na rede de comunicações telefônicas e de Internet no edifício Justus-Lipsius, e que conduzia até ao quartel-general da NATO, nos arredores de Bruxelas. Em 2013, a UE confirmou a descoberta de um sistema de escutas telefônicas nas suas representações em vários países, incluindo França e Alemanha.
A notícia veio no mesmo dia que o presidente do Equador, Rafael Correa, revelou ter conversado ao telefone com o vice-presidente norte-americano, Joseph Biden, que lhe pediu que recusasse o pedido de asilo político ao ex-funcionário da CIA.
“Falámos do caso Snowden e ele transmitiu-me de maneira muito cortês o pedido dos EUA”, disse Correa numa conferência de imprensa. “Eu transmiti-lhe a posição equatoriana: vice-presidente, obrigada pelo telefonema. Como fizemos no caso de [Julian] Assange com Inglaterra, vamos ouvir toda a gente, mas tomaremos a nossa decisão de forma soberana, ainda que, com o nosso afeto e respeito pelos Estados Unidos, levemos em conta o que diz esse país”, disse Correa
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