segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Redução das chances de Lula ser candidato faz PC do B discutir candidatura própria para 2018
Painel - FSP 
O sol e a peneira No reflexo mais explícito do estrago que a ofensiva judicial fez às pretensões do ex-presidente Lula, o PC do B, parceiro histórico do PT em eleições nacionais, decidiu iniciar consulta aos seus dirigentes para buscar uma alternativa para 2018. A decisão foi tomada após uma série de reuniões ao longo da última semana. O depoimento de Antonio Palocci ao juiz Sergio Moro alastrou a sensação de que o petista não conseguirá ser candidato. E a sigla quer ter o próprio plano B até novembro.
Não é por mal Integrantes da legenda estão divididos sobre o movimento, mas ele foi deflagrado. Não haverá gesto hostil a Lula. Se ele puder concorrer, a aliança está assegurada — o problema, dizem, é que cada vez menos gente dentro e fora do PT acredita nessa possibilidade.
Erro de cálculo O recente ataque de Ciro Gomes (PDT-CE) a Lula foi um outro sintoma do movimento de desagregação da esquerda. Em revide, o PT afirma que, ao partir para cima do petista, o pré-candidato do PDT ao Planalto minou as chances de uma aliança caso o ex-presidente não possa ser candidato.
Chega para lá Integrantes de movimentos sociais ligados ao PT dizem que o gesto aumentou a rejeição a Ciro.
Esquenta Apesar de Palocci, Lula segue em agenda de candidato. Nesta semana, o PT formará uma comissão para definir detalhes da caravana de Lula por Minas Gerais, em outubro.
Road show Geraldo Alckmin tem feito uma série de conversas com economistas. A mais recente foi com Joaquim Levy, ministro da Fazenda de Dilma Rousseff e atual diretor financeiro do Banco Mundial. O governador tem encontro agendado na Casa das Garças, no Rio.
Road show 2 Alckmin esteve também com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e Eduardo Giannetti da Fonseca, que assessorou a ex-senadora Marina Silva em suas campanhas pela Presidência.
Tira a poeira Diante do impasse da reforma política, deputados desengavetam projetos que limitam o número de partidos. João Gualberto (PSDB-BA) propõe cancelar registros de legendas que não conseguirem obter pelo menos 500 mil votos nas eleições.
Fica a dica Em sessão no TRF 1, o procurador José Alfredo de Paula Silva, que vai assumir a coordenação da Lava Jato em Brasília, afirmou que a atuação de Raquel Dodge, nova chefe do MPF, será marcada pela discrição. Segundo ele, o órgão “não pode querer ser um ator da agenda política”.
Fica a dica 2 “Não é nosso papel. Nós já temos poder demais com o que fazemos. A nossa responsabilidade é muito grande para que queiramos amplificá-la indevidamente”, disse Paula Silva.
Na torcida Crítico de Janot, o ministro Gilmar Mendes participará da posse de Dodge nesta segunda (18). O presidente Michel Temer fará um discurso rápido antes de embarcar para os EUA.
Chama o reforço A defesa de Ricardo Saud e Joesley Batista vai apensar pareceres em peça que será enviada ao ministro Edson Fachin, do STF, na tentativa de evitar a rescisão da colaboração premiada da J&F.

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