segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Maia é aconselhado a frear defesa da pauta econômica até desfecho de nova denúncia
Painel - FSP
À espreita O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi aconselhado a diminuir a intensidade do apoio à agenda econômica e à pauta reformista do governo, ao menos enquanto o fantasma da nova denúncia pairar sobre a cabeça de Michel Temer. Para aliados, neste momento, o figurino de defensor de propostas liberais deve sair de cena para dar lugar ao de um personagem isento. Principal beneficiário de eventual queda do peemedebista, Maia avisou que ficará “mais quieto do que nunca”.
Sinal amarelo Aliados de Michel Temer identificam no assédio a Antonio Imbassahy uma tentativa de reacender a polêmica sobre a saída do PSDB do governo. Na cúpula do PMDB, a ordem é minar o fogo amigo. Nova crise no ninho tucano, explicam, fragilizaria o Planalto.
Ver para crer Na primeira denúncia, 21 deputados tucanos votaram pelo afastamento de Temer e 22 apoiaram o presidente. A ala pró-governo diz que, hoje, ao menos 25 parlamentares estariam com o peemedebista.
Olhos no futuro O PMDB colocou na conta do governador Geraldo Alckmin o fato de a bancada do PSDB de São Paulo ter votado praticamente inteira contra o governo. Recentemente, o tucano negou ter sido o responsável pelo resultado.
Não é comigo Alckmin disse que, com a sigla dividida, aconselhou o líder, que é paulista, a liberar a bancada para votar como julgasse melhor. Tenta diminuir a antipatia do PMDB às suas pretensões presidenciais para 2018.
Ah, vá! O governador reforçou que, se tivesse endossado a ofensiva da ala anti-Temer — que se mostrou menos numerosa –, transmitiria o sinal de que não consegue liderar os deputados.
Coisa nossa O PMDB está tão certo de que o presidente Michel Temer não será afastado que fez dele um dos principais homenageados de seu congresso nacional, dia 4 de outubro.
Coisa nossa 2 No ato, a história da sigla será apresentada em fases. Ulysses Guimarães será o ícone da resistência democrática, José Sarney aparecerá como o agente que consolidou a democracia e Temer como o que liderou a reconstrução do país pós-Dilma.
Sem pirotecnia Pessoas próximas à nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dizem que, em seu discurso de posse, nesta segunda (18), ela criticará vazamentos e ressaltará os danos de condenações midiáticas. Também defenderá o respeito ao devido processo legal e levantará a bandeira da harmonia entre os Poderes.
Em revista A colegas do Judiciário, Dodge explicou que a decisão de criar uma estrutura para revisar delações não tem conexão com caça às bruxas. Ela quer encontrar lacunas para novas investigações. Disse ter medo que, só com os relatos, as acusações não parem de pé.
Não mete a colher Relator da CPI da JBS, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) avisou aos colegas de comissão que não concorda com a convocação da jornalista Ticiana Villas Boas, mulher de Joesley, para falar ao colegiado.
Honrar os votos De maneira discreta, Ticiana visitou o marido na Superintendência da PF na última terça (12).
Fio da meada A expectativa no Judiciário é de que o debate em torno da validade das provas do acordo de colaboração premiada da J&F no STF reacenda na corte a discussão sobre o alcance da revisão das delações.

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