Acusados de queimar três assaltantes ainda vivos são absolvidos em Mato Grosso
O Globo
SÃO PAULO - Cinco homens foram absolvidos - após 10 horas de julgamento - da acusação de participação nas mortes de três assaltantes em Matupá, no Mato Grosso, em novembro de 1990. O crime ficou conhecido como "Chacina de Matupá". Na ocasião, Ivacir Garcia dos Santos, de 31 anos, Arci Garcia dos Santos, de 28; e Osvaldo José Bachinan, de 32 anos, foram queimados em praça pública, ainda vivos.
O júri popular entendeu que não havia provas contra os réus Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade. Contra o vídeo exibido pelo Ministério Público, com as imagens dos assaltantes sendo torturados e queimados vivos em praça pública, os advogados disseram que a responsabilidade sobre o crime foi do Estado de Mato Grosso, por intermédio das polícias Civil e Militar, que entregaram os assaltantes aos populares após a negociação de rendição. Os advogados alegaram, ainda, que os réus são, na verdade, vítimas, que presenciaram a ação de três assaltantes que fizeram reféns uma mulher grávida e cinco crianças.
Com esse resultado, sobe para sete o número de envolvidos no crime absolvidos pelo Tribunal do Júri de Matupá. Num primeiro julgamento, realizado no dia 4 de outubro, os jurados absolveram Santo Caioni e Alcindo Mayer. Apenas o acusado Valdemir Pereira Bueno, que admitiu ter jogado combustível nos assaltantes, foi condenado a oito anos de reclusão em regime inicialmente fechado.
No próximo dia 17 está marcado o julgamento dos réus Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mario Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva. No dia 24 serão julgados Antonio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath, Enio Carlos Lacerda e José Antônio Correia. O processo do réu Arlindo Capitani foi desmembrado sob alegação de que ele não foi intimado para o júri popular do dia 4 de outubro. Segundo a Justiça de Mato Grosso, ainda não há previsão para o julgamento dele.
Do Blog:
Sinceramente, será que alguém sente a falta desses malacos. Creio que não. Nem a mãe que os pariu.
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