Devolvam meu avião, pede Obama ao Irã
Presidente americano quer de volta o "drone" que foi interceptado na semana passada; Teerã ainda não respondeu
Especula-se que o avião-robô seja parte da ação de espionagem dos EUA contra instalações nucleares do país persa
SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou ontem ter pedido ao Irã que devolva o avião-espião não tripulado americano interceptado dentro do espaço aéreo do país na semana passada.
"Vamos ver como os iranianos responderão", disse Obama após receber o premiê iraquiano, Nuri Al Maliki, que viajou a Washington para ultimar os detalhes da retirada americana do Iraque, no próxima dia 31.
Obama não quis explicar que missão o avião do tipo RQ 170, equipado com sensores e câmeras ultrapotentes, fazia ao sobrevoar o Irã nem em que circunstâncias os EUA perderam controle dele.
A TV iraniana divulgou imagens do avião, que aparece sob vários ângulos em aspecto intacto, reforçando a versão de Teerã de que o aparelho foi desviado de sua rota teleguiada por meio de uma armadilha eletrônica antes de pousar sob controle das forças iranianas.
Especialistas dizem que o avião era uma ferramenta crucial para espionar as centrais nucleares do Irã, que as potências ocidentais acreditam ser destinadas à produção da bomba atômica. Teerã diz que quer apenas produzir energia elétrica e fazer pesquisa médica.
O acompanhamento aéreo é tido como parte de operações clandestinas destinadas a monitorar e sabotar atividades iranianas.
Ontem ocorreu a terceira explosão em um mês contra instalações industriais do Irã, gerando suspeitas de ação guiada por forças externas.
A detonação, ocorrida em uma usina de aço na província de Yazd (centro), deixou ao menos sete mortos.
Autoridades locais disseram que há estrangeiros entre os mortos, mas não revelaram a sua nacionalidade.
Um jornal alemão afirmou no mês passado que a Coreia do Norte estava abastecendo o Irã com material usado no processo nuclear em locais acobertados, o que poderia sinalizar que as vítimas da explosão de ontem são norte-coreanos.
Do Blog:
Eu pensava que os EUA tinham escolhido o pior presidente da sua história quando foi eleito G. W. Bush, mas agora vi que não. Os norte-americanos conseguiram uma proeza: escolheram um cara pior ainda, que não entende porcaria alguma do que está fazendo. Se não fosse a máquina de guerra dos EUA e a crise europeia, a sua fragilidade/incapacidade ficaria mais exposta do que já está.
Sua política externa é confusa, a primavera islâmica conta com o apoio dele (e deixa Israel, parceiro tradicional, em segundo plano); ignora a América Latina (único continente onde os EUA mantém uma balança comercial favorável), permitindo o avanços dos governos bolivarianos e a sobrevivência das FARC.
No plano interno, não consegue articular um acordo com o Congresso e a economia padece por conta disso. Tenta arrebanhar apoio e simpatia com políticas duvidosas voltadas para as minorias (os "frascos e comprimidos"). A sorte dele é que os republicanos estão mais perdidos do que o Stevie Wonder em um tiroteio.
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