Os “golpes” via Congresso
Lauro Jardim - VEJA
Ninguém no Planalto aposta no retorno de Fernando Lugo ao poder no Paraguai, é óbvio, mas muita gente acha que se não houver uma reação forte aos acontecimentos no Paraguai, outros governos sofrerão tentativas de afastamento via Congresso.
No curto prazo, avalia-se no Planalto, este tipo de deposição poderia atingir o boliviano Evo Morales, mas no médio pode atingir todo o continente, inclusive a turma não-bolivariana.
Na hipótese de a oposição vencer as eleições na Venezuela – o que pode ocorrer se a saúde do coronel Chávez fraquejar – este tipo de manobra atingiria o candidato Henrique Capriles, que dificilmente terá maioria no Congresso.
Na Colômbia, o atual presidente Juan Santos sofre forte oposição do seu antecessor, Álvaro Uribe, que tenta ser candidato de novo. Nos três casos, a reação popular seria muito maior que no Paraguai.
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