quarta-feira, 27 de junho de 2012

HUNGRIA: MALACOS DE 12 ANOS JÁ PODEM SER RECLUSOS EM INSTITUIÇÕES PARA MENORES. TAÍ UM EXEMPLO QUE PODERIA SER COPIADO NO BRASIL

Hungria rebaixa idade penal para 12 anos em casos de crimes graves
Novo código penal também endurece a lei contra injúrias aos símbolos nacionais
Opera Mundi/Agência Efe
O Parlamento húngaro aprovou uma reforma do código penal que rebaixa a idade penal de 14 para 12 anos em casos de crimes contra a vida e a integridade física.
A nova legislação, que foi aprovada na noite desta segunda-feira (25/06) com os votos dos deputados do conservador Fidesz (União Cívica Húngara), o partido conservador governista, entrará em vigor a partir de 2013, informou a imprensa local hoje. A legenda ocupa 227 dos 336 assentos do Parlamento local.
O escritório local da Unicef, por sua vez, reprovou a decisão do Parlamento. Em comunicado, a organização aponta que, com esta legislação, a Hungria "viola gravemente o Acordo de Direitos de Menores da ONU".
Diferentes organizações civis também protestaram contra a aprovação dessa lei. O principal argumento usado pelos que não apoiam a redução da idade penal é que as crianças envolvidas neste tipo de crime, geralmente, também são vítimas da falta de estrutura familiar.
Desta forma, os coletivos contrários a redução penal na Hungria, além da anulação desta medida, também cobram do Executivo mais medidas disciplinares e de ajuda.
A nova legislação contempla que as crianças a partir de 12 anos poderão ser condenadas com um máximo de quatro anos de internamento em centros específicos para menores.
O novo código penal também endurece a lei contra injúrias aos símbolos nacionais, como a chamada "Santa Coroa", que foi usada pelos reis húngaros e que ainda hoje é considerada um símbolo da história da Hungria pela direita e pelos nacionalistas, apesar do país ter se tornado uma república desde 1918.
Essa modificação, que se une à proteção que o código oferece ao hino, a bandeira e o escudo nacionais, foi proposta pelo partido ultranacionalista Jobbik e ganhou apoio entre os membros do Fidesz.

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