sábado, 27 de setembro de 2014

Kerry: Estado Islâmico representa ameaça única para o mundo
Para derrotar grupo extremista, EUA planejam treinar 15 mil sírios da oposição; Casa Branca comemora apoio britânico aprovado por Parlamento
OM
“Temos mirado incansavelmente a Al-Qaeda e seus afiliados, mas o Estado Islâmico agora representa uma ameaça profunda e única para todo o mundo” afirmou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em comunicado na tarde desta sexta-feira (26/09).
Efe
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Horas antes da declaração de Kerry, o general norte-americano Martin Dempsey anunciou que será necessário treinar entre 12 mil  e 15 mil membros da oposição moderada da Síria para tomar o terreno conquistado pelo grupo jihadista, já que os bombardeios aéreos não serão suficientes para combatê-lo na Síria.
Além disso, Dempsey ressaltou que, se considerar necessário, recomendará ao presidente Barack Obama o envio de militares na primeira linha de combate, apesar de Washington ter descartado a presença de tropas terrestres nessas operações até o momento.
Nesta tarde, a Casa Branca comemorou o apoio aprovado hoje pelo Parlamento britânico para se unir à coalização internacional arquitetada pelos EUA contra o Estado Islâmico. “Sob a liderança norte-americana, o mundo está respondendo com uma unidade que mostra que não vamos permitir que esses criminosos nos dividam”, declarou Kerry no comunicado.
Assim como a França, o Reino Unido descartou, até o momento, a participação nos ataques aéreos na Síria, restringindo as operações apenas em posições do grupo jihadista no Iraque.
Efe
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Por enquanto, os ataques contra posições do EI na Síria, que começaram nesta semana, foram realizados pela Força Aérea dos EUA com a colaboração de cinco países árabes: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Catar e Bahrein.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, anunciou hoje que um líder do EI morreu durante ataque aéreo da coalizão internacional na província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria.
Em entrevista à Agência Efe por telefone, o ativista explicou que, embora sua organização ainda não tenha verificado o nome do homem morto, trata-se de um alto comandante do EI, de origem árabe e "provavelmente iraquiano", que foi atacado pela aviação internacional quando saía de um quartel do grupo extremista. Os Estados Unidos ainda não confirmaram a baixa.
Efe
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Apesar da ofensiva internacional comandada pelos Estados Unidos, o grupo continua a avançar. Nesta manhã, a cidade de Ali Shar, na fronteira entre Síria e Turquia e na periferia oriental do enclave curdo de Kobani, foi tomada pelos jihadistas.
Paralelamente, os campos de petróleo sob controle do EI na província síria de Deir ez Zor suspenderam o funcionamento após ataques da coalizão internacional. Os ataques danificaram, sobretudo, refinarias que estavam nas mãos dos jihadistas, mas não prejudicaram as reservas de petróleo. 
Efe
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